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O cardeal Burke, o Donald Trump da Igreja católica?

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05 Janeiro 2017

No Natal, Leonardo Boff brincou com o cardeal Raymond Burke: “é o Donald Trump da Igreja católica”, embora “já tenha sido neutralizado”. “Na cúria”, acrescentou. O matiz é importante, porque longe de ter sido neutralizado na política interna e externa da Igreja, o cardeal extremista emergiu como o líder daquilo que o New York Times qualificou como a “Igreja militante”.

A reportagem é de Cameron Doody e publicada por Religión Digital, 03-01-2017. A tradução é de André Langer.

Com esta qualificação, o jornal refere-se a uma associação dos elementos mais reacionários do catolicismo. Eles utilizam todas as armas retóricas ao seu alcance – incluindo a desinformação, a misoginia, o racismo ou o medo – para defender o Ocidente daquilo que qualificam como uma “crise” de civilização. Esta teria sido provocada por uma mistura de secularismo ascendente, políticas econômicas que servem apenas às elites e o auge do islamismo radical. Algo parecido com o que Trump pretende em sua tentativa de “tornar a América novamente grande”.

O porquê da comparação do teólogo Boff de Burke com Trump foi que o cardeal, assim como o magnata, parece aspirar nada menos que a um poder absoluto. No seu caso, com sua pretensão de “corrigir” o Papa Francisco sobre as “dubia” suscitadas pela Amoris Laetitia. Mas isto não acaba nem com as semelhanças, nem com as conexões entre o cardeal e o presidente eleito. De acordo com o que o BuzzFeed News descobriu em novembro, Burke seria o elo de ligação entre o republicano e alguns dos grupos mais extremistas da Igreja, especificamente nas suas relações com o novo conselheiro presidencial, Steve Bannon.

No verão de 2014, Bannon interveio em uma conferência organizada no Vaticano pelo Instituto Dignitatis Humanae, presenciada pelo cardeal Burke em sua função de presidente do conselho assessor do mesmo.

Em seu discurso, Bannon reavivou alguns dos fantasmas mais abomináveis de toda a história do Ocidente, como a Batalha de Tours em 732, o Cerco de Viena em 1529 ou o assassinato do arquiduque Franz Ferdinand em 1914, que deu lugar à Primeira Guerra Mundial.

E tudo isso para dar substância à sua chamada nova Cruzada por parte da “Igreja militante” contra as forças tenebrosas que ameaçam o mundo de hoje:

“...Estamos no começo de um conflito brutal e sangrento que – se as pessoas nesta sala, as pessoas da Igreja, não se unirem para formar o que penso ser um aspecto da Igreja militante, não se mantêm firmes na nova barbárie que acaba de começar – erradicará completamente tudo o que herdamos dos últimos 2000, 2500 anos.”

Para Bannon, estes perigos para o mundo civilizado são dois. Primeiro, o avanço implacável de um agressivo secularismo que minou as raízes “judeu-cristãs” da nossa sociedade. Segundo, o auge de um “conservadorismo libertário” que substituiu o “capitalismo ilustrado”, que tanta riqueza gerou no Ocidente.

Estes dois fatores juntos originaram, segundo Bannon, o fenômeno Estado Islâmico, que essa “Igreja militante” tem que enfrentar, alinhando-se inclusive com os movimentos populistas que também surgiram na Europa e nos Estados Unidos em resposta às políticas das elites seculares e libertárias.

“...Eu pediria a todos deste público, porque são os impulsores, promotores de opinião e líderes de pensamento na Igreja católica de hoje, que considerassem...daqui a 500 anos, o que dirão de mim? O que dirão do que você fez no começo desta crise?”

As armas que Bannon tomou diante desta “crise” da civilização são a desinformação, a misoginia, o racismo ou o medo do outro. Como recordou o jornal espanhol La Vanguardia em novembro – quando se soube de sua escolha para integrar a equipe de Trump – com uma lista de algumas das frases e manchetes mais polêmicas que Bannon criou durante sua etapa à frente do portal de notícias ultradireita Breitbart News:

“O medo é uma coisa boa. O medo leva a tomar decisões.”

“Sou um leninista. Lênin queria destruir o Estado e esse é também o meu objetivo. Quero derrubar tudo e destruir tudo o que hoje está estabelecido.”

“O que temos que fazer é dar uma bofetada no Partido Republicano.”

“Não quero que minhas filhas vão a uma escola com judeus. Não gosto dos judeus nem da forma como criam seus ranhosos filhos.”

“Preferirias que teu filho tivesse feminismo ou câncer?”

“Abolir a escravidão foi uma má ideia.”

“A solução contra o assedio na internet é simples: as mulheres deveriam se desconectar.”

“Nenhuma pessoa envolvida no calote do aquecimento global merece a mínima pitada de respeito. Elas são pura escória.”

“As mulheres não conseguem trabalhos tecnológicos porque não fazem bem as entrevistas.”

“Todos os jovens muçulmanos do Ocidente são uma bomba relógio; cada vez simpatizam mais com os radicais e terroristas.”

“A pílula anticoncepcional faz com que as mulheres deixem de ser atraentes e se tornem loucas.”

O “batismo” de Bannon pelo cardeal Burke faz pensar que a “Igreja militante” que o assessor de Trump convoca para defender o Ocidente já abandonou suas armas tradicionais de missas e rosários. Terá passado a um ataque aos valores mais queridos da sociedade moderna – respeito, igualdade e tolerância – e tudo isto em chave militarista e triunfalista.

Nem mesmo a própria Igreja fala ainda em “Igreja militante”, tendo-o São João Paulo II substituído no Catecismo de 1992 pelo termo “peregrinos na terra”. Mas isso dá no mesmo, como nos recordaria Leonardo Boff.

“Estas pessoas realmente acreditam que deveriam corrigir o Papa”, disse o teólogo em sua entrevista do dia do Natal. “Como se estivessem acima do Papa”. Agora se poderia acrescentar, à luz do exemplo de Bannon e Burke: como se estivessem também acima das autoridades temporais. Acima, inclusive, da sabedoria coletiva do Ocidente secular.

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