09 Dezembro 2016
Um terço dos ursos-polares pode desaparecer até 2050 em razão do derretimento das calotas polares, aponta estudo divulgado nesta quarta-feira (7) pela revista britânica "Royal Society Biology Letters".
A informação é publicada por portal Uol, 08-12-2016.
O estudo chega às mesma conclusões de pesquisas realizadas pela União Internacional para a conservação da natureza (UICN, na sigla em inglês), que já classificavam o urso-polar (Ursus maritimus) como uma espécie "vulnerável". O novo relatório traz números precisos e estima que cerca de 30% dos 26 mil ursos-polares que existem no planeta podem desaparecer nos próximos 35 anos.
Os pesquisadores cruzaram dados sobre as calotas polares, recolhidos via satélite, durante 35 anos. As informações reunidas mostram as mudanças sofridas pelos 19 grupos de animais repartidos em quatro zonas ecológicas. "Os ursos-polares dependem das calotas para diferentes aspectos de suas vidas", explica o estudo, realizado pelo serviço de peixes e da vida selvagem de Anchorage, no Alasca.
E é justamente o derretimentos dessas placas de gelo, provocado pelo aquecimento do planeta, que preocupa os pesquisadores. Na Antártida, por exemplo, as temperaturas registraram um aumento duas vezes maior do que a média mundial.
De acordo com especialistas do clima, se essa tendência persistir, em 2030 a região, que normalmente é congelada o ano todo, não terá mais gelo durante os verões.
Mas não são apenas as questões climáticas que ameaçam os ursos-polares. Um estudo publicado na semana passada alertava para a possibilidade de que o desaparecimento da espécie também poderia estar ligado a um fenômeno de esterilidade nos machos, provocado pela ingestão de produtos químicos na alimentação.
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Um terço dos ursos-polares pode desaparecer nos próximos 35 anos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU