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16 Novembro 2016

No seu discurso de 5 de novembro o Papa Francisco se dirige pela terceira vez aos movimentos populares, convocados a Roma, para que persistam no seu papel de protagonistas de uma mudança estrutural da sociedade; para que a vida seja digna. E os chama de poetas sociais, porque os considera promotores de um processo no qual convergem milhões de pequenas e grandes ações concatenadas de modo criativo, como numa poesia.

O comentário é de Guido Viale, sociólogo e escritor italiano, publicado por Huffington Post, 11-11-2016. A tradução é de Benno Dischinger.

Diante dos desastres que estão pondo talvez o futuro do planeta e da convivência, o Papa acentua as três finalidades que deveriam manter unidos todos aqueles aos quais dirige a sua mensagem, independentemente das diversas crenças e opiniões que os podem dividir em outros campos.

Aquelas três finalidades são:

1.- Por a economia a serviço dos povos;

2.- Construir a paz e a justiça;

3.- Defender a Mãe Terra.

O quadro de referência permanece sendo sempre aquele dos 3 T enunciado e desenvolvido no primeiro dos encontros com os movimentos populares em 2014: terra, teto e trabalho. Mas de permeio ocorreu a encíclica Laudato si’, que pôs em evidência como por Terra se deve entender todo o ambiente e não só o objeto direto dos cuidados do mundo camponês; que teto, casa não é somente aquilo a que têm direito todos aqueles que hoje não têm nenhum deles, e sim a comunidade e o seu território, fora do qual não pode desenvolver-se uma vida digna de ser vivida; e que trabalho não é só um empenho e uma retribuição, embora seja preciso empenhar-se para que todos tenham uma, mas é a possibilidade de desenvolver na atividade a livre expressão das próprias capacidades e a valorização dos próprios recursos.

Isto não isenta o Papa do elencar explicitamente os outros pontos sobre os quais é impossível que os movimentos populares não se encontrem de acordo; integração urbana para os quarteirões populares; eliminação da discriminação, da violência contra as mulheres e das novas formas de escravidão; o fim de todas as guerras, do crime organizado e da repressão; liberdade de expressão e de comunicação democrática; ciência e tecnologia a serviço dos povos, um projeto de vida que rejeite o consumismo e recupere a solidariedade, o amor entre nós e o respeito pela natureza como valores essenciais... e a felicidade de viver bem; o colonialismo ideológico globalizante – denuncia – procura impor receitas supra culturais que não respeitam a identidade dos povos. É a globalização da indiferença. Vós, ao invés, releva Francisco, andai em outra estrada que é, ao mesmo tempo, local e universal: aquela das pequenas e grandes ações concatenadas de modo criativo.

O escopo comum é em todo caso aquele de realizar uma mudança que esteja em condições de deslocar o primado do dinheiro e pôr novamente no centro o ser humano.

O objetivo enunciado explicitamente, como já o fora na encíclica Louvado Seja, é socializar o governo do dinheiro, que não é a moeda com a qual fazemos a despesa todos os dias ou com a qual se realizam os investimentos que respondem às necessidades de uma comunidade, mas é o capital financeiro que nos governa com a pancada do medo, da desigualdade, da violência econômica, social, cultural e militar que gera sempre mais violência numa espiral descendente que parece não mais terminar.

Isto me parece ser o tema central e a novidade principal deste discurso: o capital não governa mais o mundo com a promessa de um futuro melhor, de uma emancipação de todos, embora realizada de modo individual, de um bem-estar a conseguir também aceitando ser explorados. Hoje o capital governa com o medo: medo do pior, terror do desconhecido, temor diante do estranho. Há um terrorismo de base que deriva do controle global do dinheiro sobre a terra e ameaça a inteira humanidade; terrorismo de estado.

Quando este terror, que foi semeado nas periferias com massacres, saques, opressão e injustiça, explode nos centros com diversas formas de violência, até mesmo com atentados odiosos e vis, os cidadãos que ainda conservam alguns direitos são tentados pela falsa segurança dos muros físicos ou sociais. É o envolvente avanço do racismo e da xenofobia no centro do mundo, que tem um preço pesado também para quem a pratica ou pensa de beneficiar-se com ela: Cidadãos murados, aterrorizados, de um lado; excluídos, exilados, ainda mais aterrorizados, do outro (aqueles que vêm da periferia)... O medo, além de ser um bom negócio para os mercadores de armas e de morte, os enfraquece, os desestabiliza, destrói as nossas defesas psicológicas e espirituais, nos anestesia ante o sofrimento dos outros e por fim nos torna cruéis.

A questão do pavor e da luta contra o pavor é, portanto, o tema político, mas também social, cultural e pessoal central para toda a nossa época. Contra ele Francisco exorta os movimentos a se empenharem na verdadeira política, superando o setorialismo que os impele a uma luta sem saída e escapando do cancro da corrupção, que devasta as relações entre cidadãos e instituições. Não nos deixemos enganar. Como vocês têm dito: continuemos a trabalhar para construir pontes entre os povos, pontes que permitam abater os muros da exclusão e da exploração. Na parábola de Jesus que cura a mão atrofiada de um homem, restituindo-lhe assim a dignidade que vem da possibilidade de trabalhar, Francisco lê a promessa de um resgate do desemprego, de uma condição imposta que atrofia as potencialidades humanas de quem a sofre.

Uma promessa que muitos movimentos assumem para traduzir em realidade. E aqui Francisco reconheceu o tema do trabalho, da atividade que responde a uma necessidade de resgate pessoal e social, a um dos temas colocados no centro da encíclica Louvado Seja: aquele da luta contra os descartes da sociedade hodierna.

Quando vós, os pobres organizados, inventais para vós o vosso trabalho, criando uma cooperativa, recuperando uma fábrica falida, reciclando os rejeitos da sociedade dos consumos, enfrentando a inclemência do tempo para vender numa praça, reivindicando um pedacinho de terra a cultivar para nutrir quem tem fome, quando fazeis isto... procurai sanar, mesmo que só um pouquinho, mesmo que precariamente, esta atrofia do sistema socioeconômico imperante que é o desemprego.

Isto é um projeto-ponte dos povos ante o projeto-muro do dinheiro. Porque o contrário do desenvolvimento, poder-se-ia dizer, é a atrofia, a paralisia. E nós devemos ajudar a curar o mundo de sua morte moral. O escândalo provocado pelo domínio das finanças, do dinheiro para fazer dinheiro, retorna ao centro do discurso com a injunção, dirigida aos governos antes ainda do que aos povos, de envergonhar-se do modo como são tratados prófugos e migrantes e inverter roteiro de 360 graus nas políticas adotadas neste campo: Quando ocorre a bancarrota de um banco, imediatamente aparecem somas escandalosas para salvá-lo, mas, quando ocorre esta bancarrota da humanidade, não existe quase uma milésima parte para salvar aqueles irmãos que tanto sofrem.

Assim, o medo endurece o coração e se transforma em crueldade cega que se recusa ver o sangue, a dor, a fisionomia do outro. Neste modo, promoção social, luta contra o governo global do dinheiro, construção de pontes e políticas de acolhida se reconectam no convicto a ir à raiz do problema: que é a capacidade de voltar a fixar o nosso olhar na fisionomia e nas vivências do nosso próximo.

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