05 Outubro 2016
Francisco já está em Amatrice. Segundo acaba de confirmar a Sala de Imprensa, o Papa chegou à cidade, epicentro do terremoto que devastou há algumas semanas o centro da Itália, poucos minutos depois das 9h. Como adiantou Religión Digital, Bergoglio quis fazer uma visita surpresa à região, sem anúncio, sem presença de políticos nem autoridades: queria visitar os homens, mulheres e crianças que sofrem a devastação.
A reportagem é de Jesús Bastante e publicada por Religión Digital, 04-10-2016. A tradução é de André Langer.
Francisco chegou em um Golf preto com os vidros escuros até a localidade. Acompanhado por Domenico Giani e pelo bispo de Rieti, dom Domenico Pompili, neste momento o Papa encontra-se nos barracões que substituem temporariamente a escola, que ficou totalmente destruída após o terremoto. Ali esperavam crianças e jovens que abraçaram e beijaram Francisco. “Obrigado por estar aqui”, foi o grito unânime.
“Sintam-me perto, rezo por vocês. Proximidade e oração, apenas isto”, disse o Papa, emocionado como todos os presentes. Especialmente emotivo foi o encontro com um homem que perdeu sua mulher e seus dois filhos durante o terremoto, e que se agarrou nas mãos do Papa como a um madeiro no meio da tempestade. É impossível tratar de definir os sentimentos desse homem ao encontrar-se com o sucessor de Pedro.
“Esperei para vir, porque não queria incomodar. Senti a necessidade de estar perto de vocês. Ofereço-lhes a proximidade da oração. Sempre há um futuro. Há tantos entes queridos que nos deixaram! Vamos rezar por eles, esperemos sempre com confiança. Proximidade e oração, esta é a minha oferta a vocês. Para que o Senhor abençoe a todos vocês e Nossa Senhora cuide de vocês nesse movimento de tristeza e dor e de provação. Sigam em frente, sempre há futuro. Há tantos entes queridos que nos deixaram. Caíram aqui. Peçamos a Nossa Senhora por eles; vamos fazê-lo juntos”, pediu o Pontífice, que rezou com as vítimas uma Ave-Maria, antes de depositar uma coroa de flores e rezar na chamada “zona vermelha”.
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Francisco reza diante das ruínas da zona zero de Amatrice - Instituto Humanitas Unisinos - IHU