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Por que a imprensa ignorou dossiê da CPT sobre violência e destruição na Amazônia?

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09 Março 2016

Não é um dossiê numérico – embora tenha números que poderiam motivar manchete em qualquer jornal do país. Está longe de ser superficial. Avança mais em algumas análises sobre a Amazônia que muito mestrado por aí. E está repleto de boas histórias: de gente expulsa por grileiros ou madeireiros, de comunidades inteiras ameaçadas, de vítimas da violência estrutural no maior bioma brasileiro, em pleno século 21. E, no entanto, as menções nos meios de comunicação – inclusive os alternativos – foram, no máximo, esporádicas. No geral, ausentes. Ignorou-se um dos documentos mais importantes do ano.

O comentário é de Alceu Luís Castilho, publicado em Outras Palavras, 08-03-2016.

“Amazônia, um bioma mergulhado em conflitos – Relatório Denúncia” é o nome do dossiê que a Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou na semana passada e, agora, está disponível para download. Ali temos um manancial de pautas. Até mesmo dados que apontam aberrações em iniciativas e programas criados na era petista, como o Terra Legal, o Sistema Nacional de Cadastro Rural e os planos de manejo florestal. Temos uma história sobre corrupção no Incra. Mas nem a imprensa que bate somente em Chico olha para Chico quando se trata dos abusos cometidos por madeireiras, grileiros ou pelo agronegócio. A regra geral é blindar os destruidores – com um ou outro espasmo de jornalismo para inglês ver.

Estamos falando de quase metade do território brasileiro, e mesmo assim falando dos excluídos dos excluídos. O dossiê da CPT traz nove grandes histórias, uma para grande Estado que compõe a Amazônia Legal. Poderia motivar uma série, em uma grande revista. Ou um caderno especial. Poderia migrar diretamente para os bancos escolares, tivéssemos uma educação mais ágil – do ensino básico à universidade. Como tema transversal, em geografia, história, biologia. Para não falar na matemática do desmatamento. No direito paralelo – ou cínico – que se observa nas narrativas de espoliação. Na administração às avessas.

E, no entanto, nos calamos. Ignoramos. No máximo pinçamos alguns números sobre os assassinatos na região, reunidos na apresentação, como fez o G1 do Amazonas. E nos calamos e ignoramos (jornalistas da grande imprensa ou da mídia contra-hegemônica) porque simplesmente não lemos. E não lemos porque nos acostumamos a ver o tema como algo distante, quase exótico. Como se não dissesse respeito ao Brasil. Como se o nosso Estado Democrático de Direito não precisasse dar as caras por ali; como se indígenas, ribeirinhos, quilombolas estivessem destinados a ter seus direitos violados, suas terras, roubadas.

O andar de cima do Brasil, no Sul, tem uma dupla face: é ele quem ignora e quem envia representantes para participar do processo de espoliação da Amazônia. Está lá, no capítulo sobre o Amapá, como “famílias com sobrenome do Sul” participam de uma pilhagem que envolve o Judiciário, passa pelo conflito de números nas fontes oficiais (Incra, IBGE, ITR, que deveriam registrar com exatidão o cenário) e por programas federais que apenas confirmam um processo de expulsão das famílias tradicionais. Agora com agronegócio na veia – pois não há fronteiras para a expansão desse capitalismo, essencialmente predador.

É por devoção a esse sistema e por desprezo aos povos originários e tradicionais que ignoramos a Amazônia. Que de vez em quando vá para lá um repórter do Sul para ganhar seu prêmio. Os mesmos jornalistas que se vangloriam de serem caçadores de pautas (embora muitas delas caiam em seus colos, a serviço do interesse político de determinadas fontes) não tomam dados ferventes e relevantes sobre a região como matéria-prima porque seus patrões decidiram que ela continuará a reserva para os bandeirantes do século 21. Para um retrato constante o país teria de tapar seu nariz. A imprensa brasileira ainda vive seu tratado de Tordesilhas, a sua narrativa muito particular.

Mais ou menos como dizia aquele personagem do Rubem Fonseca, Diogo Cão, em uma das histórias de “O Buraco na Parede” (1995): “Fodam-se as florestas”. O conto detalha a perseguição de um policial a um grupo apaixonado por balões, no momento em que eles iam soltar o maior balão que o Rio já tinha visto. Mas a perseguição constituía, na prática, um simulacro, pois no fundo os investigadores eram fascinados pelos balões, ou até pelo fogo, quando algo pegava fogo por causa dos balões. Mesmo o delegado, que tinha uma namorada ambientalista, sucumbe ao conformismo e à lógica da destruição: “Fodam-se as florestas”.


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