Desigualdade social aumentou apenas na Região Norte

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22 Setembro 2012

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostrou que a Região Norte vai na contramão do restante do País. Ela foi a única região em que a desigualdade piorou - o índice de Gini subiu de 0,488, em 2009, para 0,496, em 2011 (numa variação que vai de zero a um, enquanto mais próximo de um, pior a desigualdade).

A reportagem é de Clarissa Thomé e Fernando Dantas e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 22-09-2012.

Entre 2009 e 2011, o rendimento mensal dos domicílios que correspondiam aos 10% mais pobres caiu de R$ 323 para R$ 309, queda de 4,3%. No outro extremo, o rendimento mensal dos domicílios que correspondiam aos 10% mais ricos subiu de R$ 7.199 para R$ 7.743, variação de 7,6%.

Acesso

Enquanto no País como um todo cresce o acesso à rede pública de ensino superior, na Região Norte houve redução na proporção de alunos matriculados em universidades públicas - de 35,1%, em 2009, para 32,8% em 2011.

A região também foi a única em que a média de anos de estudo não cresceu - manteve-se estagnada em 6,6 anos. A média nacional é de 7,3. O Nordeste tem média mais baixa, mas passou de 6 para 6,2.

A Pnad mostra ainda que, em números absolutos, houve aumento da oferta de serviços públicos. O problema é que a quantidade de domicílios cresceu em ritmo mais acelerado. Por isso, em alguns casos a proporção de lares beneficiados foi reduzida.

Coleta

Foi o que ocorreu na Região Norte, que passou de 4,2 milhões para 4,4 milhões de domicílios. Em 2009, a rede de água chegava a 56,7% deles (2,4 milhões) e a coleta de lixo, a 79% (3,34 milhões).

Em 2011, 2,48 milhões de casas estavam ligadas à rede de água, mas representavam 55,9% dos domicílios; o lixo era coletado em 3,36 milhões de lares, o equivalente a 75,8% do total.

A região se destacou por ter aumento de 63,8% em ligação a rede coletora de esgotamento sanitário, de 547 mil para 896 mil domicílios.

A base, porém, é muito baixa, o que facilita um salto mais expressivo.