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O Concílio de Trento acabou. Depois de cinco séculos

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22 Junho 2012

A Igreja Católica pode escolher entre se reduzir a uma confederação de seitas, como as denominações evangélicas, embora em escala bem maior, ou valorizar uma tradição que a percorreu desde a Antiguidade até a Idade Média.

A análise é de Marco Rizzi, professor de literatura cristã antiga da Università Cattolica del Sacro Cuore, em artigo para o caderno La Lettura, do jornal Corriere della Sera, 17-06-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Seria um erro colocar os fatos tornados públicos pelos "corvos" do Vaticano no ritmo breve do noticiário. É preciso medi-los com os tempos longos próprios da Igreja Católica. Assiste-se, de fato, ao esgotamento do modelo de Igreja elaborado pelo Concílio de Trento na metade do século XVI, que o Concílio Vaticano II tentou atualizar às profundas mudanças ocorridas nos séculos posteriores .

Doutrina e disciplina eram as palavras-chave do Tridentino: a univocidade dos conteúdos da fé, compendiados no catecismo emitido em 1566 por Pio V, acompanhava-se da detalhada regulamentação da administração dos sacramentos e de todos os outros aspectos da vida religiosa, até então marcada pela variedade das liturgias, dos cultos e das experiências (das peregrinações às mais diversas irmandades leigas), característica da época medieval.

Graças à obrigação de observar em todas as Igrejas o calendário e a liturgia romanos (fez exceção somente ao rito ambrosiano), o fiel vivia uma experiência totalizante do espaço e do tempo: o seu horizonte imediato era a paróquia – que, não por acaso, mantinha, até a reforma napoleônica, os registros de nascimento, casamento, morte –, mas a participação na missa dominical e nos vários períodos do ano (Advento, Quaresma, Páscoa) o inseria em um fluxo que se ampliava a todo o mundo e à eternidade.

A Cúria Romana estava no centro desse projeto: de corte de um soberano territorial, transformou-se em um verdadeiro órgão de governo central de uma realidade enorme e complexa, dotada de uma burocracia especializada que estendia o seu controle até o último dos sacerdotes. Uma burocracia que garantiu que a Igreja Católica instaurasse uma relação dialética, não subalterna nem conflitante, na competição com os emergentes Estados nacionais pelo controle dos indivíduos, ao mesmo tempo fiéis e súditos.

O modelo tridentino vigorou durante cinco séculos, resistindo também à primeira onda de secularização que, no século XVIII, se seguiu ao Iluminismo e à Revolução Francesa. Ele começou a mostrar fissuras somente no segundo pós-guerra, com a cultura de massa e a possibilidade de experimentar, ao lado dos tradicionais, novos modelos de vida e de gestão do tempo. O Vaticano II tentou responder a essa situação mudada, conservando o sistema tradicional de doutrina e disciplina do culto, mas buscando encurtar a distância entre centro e periferia, entre experiência cotidiana do fiel e respiro eterno da fé.

Nesse sentido devem ser entendidas a reforma litúrgica com o uso das línguas vernáculas (mas sempre no âmbito de um rito universal), a atenuação da ideologia hierárquica que havia dominado desde então a relação entre fiéis e clero (com o chamado universal à santidade), a própria reforma da Cúria.

A atualização se chocou com a aceleração dos processos de secularização dos últimos 50 anos. Com o "retorno do sagrado" dos últimos tempos, emergiu, assim, uma religiosidade de ascendência quase medieval, baseada na espontaneidade e na excepcionalidade da experiência religiosa, conjugada com as características próprias da época tecnológica. Como também mostra o livro de Marco Marzano Quel che resta dei cattolici (Ed. Feltrinelli), a prática religiosa paroquial ordenada se esvaziou, substituída por peregrinações, cultos particulares, experiências ligadas a personalidades carismáticas. A catequese semanal foi substituída pelo fluxo ininterrupto das rádios marianas ou pela televisão dedicada ao Padre Pio, e a relíquia do santo foi substituída pela foto tirada com o celular no santuário.

João Paulo II havia intuído isso. Com ele tiveram início as peregrinações relacionadas às Jornadas Mundiais (da família ou da juventude), o aumento das canonizações e a redução dos tempos exigidos (o grito "santo já", que ecoou em seu funeral, lembra a aclamação popular que levava à elevação aos altares na época pré-tridentina), a concentração na sua pessoa de um valor carismático mais do que institucional. Nesse quadro, pensou-se que os novos movimentos eclesiais, desvinculados da tradicional referência territorial, poderiam ser uma solução, fortalecendo novamente os fiéis na doutrina e na disciplina diante da secularização.

Em outros tempos, havia acontecido algo do gênero. Basta pensar nos franciscanos e nas outras ordens mendicantes medievais. No entanto, embora muitas vezes em competição entre si, estas aportavam recursos, simbólicos e materiais, ao pontífice como vértice de uma Igreja ainda pouco estruturada no centro. Agora, ao invés, na presença de um governo e de um pontífice institucionalmente fortes, os movimentos parecem rivalizar para se apropriar de tais recursos, em detrimento de todo o corpo da Igreja. Exemplos significativos, em ótica ainda tridentina, são as demandas de liturgias próprias ou a criação de seminários subtraídos às diocese.

Desse modo, o desvio sectário está sempre à espreita. A própria Cúria Romana, como toda burocracia em dificuldades para identificar com exatidão o objeto do seu próprio governo, tende a se consumir em conflitos internos e na proteção de posições particulares, embora afirmando que faça isso em nome do interesse superior do pontífice.

A Igreja Católica, portanto, deve repensar a si mesma. Um pouco brutalmente, se poderia dizer que ela pode escolher. Reduzir-se a uma confederação de seitas, como as denominações evangélicas, embora em escala bem maior, ou valorizar uma tradição que a percorreu desde a Antiguidade até a Idade Média: compreender em seu próprio interior respostas muito diferentes às exigências postas pela fé e pela vida cristã, quase como se se tratasse de círculos concêntricos, acolhendo abertamente a todas, sem privilegiar nenhuma e indicando com doçura o percurso que, da margem mais extrema, conduz ao coração do anúncio evangélico.

A abertura de Bento XVI aos divorciados, no encontro das famílias em Milão, pode ser lida como um passo nessa direção.


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