• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

'O período na prisão foi importante para ele perder a raiva'

Mais Lidos

  • Livro ‘Brasil: Nunca Mais’ completa 40 anos com edição especial

    LER MAIS
  • A questão da criatividade em IA é um tema que ultrapassa a dimensão dos direitos autorais e aponta para um projeto de “civilização” que pode contribuir com o trabalho humano, mas também pode implicar a substituição quase total dos humanos no mundo do trabalho

    IA Generativa e conhecimento: a outra volta do parafuso na cultura da aprendizagem. Entrevista especial com Ana Maria Di Grado Hessel

    LER MAIS
  • “Uma teologia fundamentalmente contextual: os contextos e as pessoas importam” é o tema da videoconferência da teóloga alemã no Instituto Humanitas Unisinos nesta terça-feira, às 10h

    A Teologia só se tornará um laboratório cultural se considerar os desafios sociopolíticos, ecológicos e culturais, diz Margit Eckholt

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    15º domingo do tempo comum – Ano C – Compaixão e solidariedade: o mandamento do amor em ação

close

FECHAR

Revista ihu on-line

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • X

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

07 Dezembro 2013

"O tempo que ele passou na prisão foi crucial. O sofrimento torna algumas pessoas amargas, mas enobrece outras. A prisão virou uma prova de fogo que queimou tudo o que era ruim. As pessoas nunca podiam dizer a Mandela: "Você fala em perdão da boca para fora. Você não sofreu. O que sabe sobre perdão?" Vinte e sete anos lhe conferiram essa autoridade", testemunha Desmond Tutu, arcebispo emérito e Nobel da Paz pela luta contra o apartheid, em artigo publicado pelo The Guardian e reproduzido pelo jornal Folha de S. Paulo, 07-12-2013.

Eis o artigo.

Durante 27 anos conheci Nelson Mandela só por sua fama. Eu o tinha visto uma vez no início dos anos 1950, quando ele foi à minha faculdade de pedagogia para ser jurado em um concurso de debates. Depois disso, só fui encontrá-lo em 1990.

Quando Mandela saiu da prisão, muitas pessoas temiam que ele revelasse ter pés de barro. A ideia de que pudesse confirmar sua reputação parecia boa demais para ser verdade.

Espalhou-se um cochicho dentro do CNA [Congresso Nacional Africano, partido de Mandela] de que ele tinha sido muito mais útil na prisão do que seria fora dela.

Quando ele saiu, aconteceu a coisa mais extraordinária. Embora muitos da comunidade branca ainda o tachassem de terrorista, Mandela tentou compreendê-los. Seus gestos comunicavam sua posição com mais eloquência que palavras. Por exemplo, chamou seu carcereiro branco para ser convidado VIP em sua posse na Presidência. Também convidou à residência oficial as viúvas de líderes brancos.

Betsie Verwoerd, cujo marido, HF Verwoerd, foi assassinado em 1966, não pôde ir porque estava doente. Ela vivia em Oranje, onde os africânderes [descendentes dos colonizadores holandeses] se congregavam para viver com exclusividade. E, como ela não pôde ir, Mandela deixou tudo de lado e foi tomar chá com ela, ali, naquele lugar.

Ele dizia a respeito dos africânderes: "Dá para entender muito bem o que devem estar sentindo." Mandela fez um gesto de conciliação com eles usando o "springbok" (uma espécie de gazela sul-africana), símbolo da equipe nacional de rúgbi, rejeitada por muitos negros por ser um esporte ligado aos brancos.

O golpe de mestre de Mandela foi na final da Copa do Mundo de rúgbi, em 1995, quando ele entrou no campo usando o agasalho da seleção. Quase qualquer outro líder político teria parecido desastrado fazendo isso, mas Mandela o fez com elegância.

O público inteiro, composto provavelmente por 99% de brancos, explodiu em gritos de "Nelson! Nelson!". Foi extraordinário. E quem teria acreditado que o povo dos "townships" [subúrbios negros] comemoraria uma vitória sul-africana no rúgbi?

É claro que já o vi com raiva. Após o massacre de Boipatong, em 1992, em que morreram 42 pessoas, o CNA abandonou as negociações, e Mandela ficou lívido. Ele afirmou que os serviços de inteligência tinham avisado [o então presidente] FW de Klerk que algo fora do comum ia acontecer. Não sei se De Klerk ignorou o aviso. Madiba disse que estava claro que vidas negras não significavam nada para eles.

Em outra ocasião, Mandela me disse que, quando ele e De Klerk estavam na cerimônia do Nobel da Paz, em Oslo, algo o deixou profundamente aborrecido. Havia um grupo cantando "Nkosi Sikelel' iAfrika", visto como o hino da luta pela libertação, e De Klerk e a mulher dele continuaram a conversar durante o hino - não demonstraram respeito.

Mas sua raiva nunca superava sua paciência ou sua capacidade de perdão. As pessoas diziam "vejam o que ele conquistou em seus anos no governo - que desperdício foram aqueles 27 anos passados na prisão".

Mantenho que seu período na prisão foi necessário porque, quando foi preso, estava cheio de raiva. Mandela era relativamente jovem e tinha sido vítima de um erro da Justiça; ele não era um estadista, disposto a perdoar - era o comandante em chefe da ala armada do partido, que estava inteiramente disposta a recorrer à violência.

O tempo que ele passou na prisão foi crucial. O sofrimento torna algumas pessoas amargas, mas enobrece outras. A prisão virou uma prova de fogo que queimou tudo o que era ruim. As pessoas nunca podiam dizer a Mandela: "Você fala em perdão da boca para fora. Você não sofreu. O que sabe sobre perdão?" Vinte e sete anos lhe conferiram essa autoridade.

Um dos maiores traumas de sua vida foi o que aconteceu entre ele e Winnie [ex-mulher]. Mandela realmente a amava. A mágoa de terem se separado depois de ele sair da prisão foi profunda.

Foi maravilhoso ele ter conhecido Graça, mas a gente se entristece um pouco, porque Winnie passou por tanta coisa, e teria sido o final perfeito se os dois tivessem vivido felizes para sempre.

A melhor maneira de recordar Mandela é pegar aquilo que ele ajudou a criar e converter em sucesso. Mandela tinha clareza quanto ao fato de que ninguém é indispensável. Ele fazia questão de destacar que ninguém era maior que o movimento. Mas sabemos que não era assim.

Qualquer pessoa que se torna líder, em qualquer lugar do mundo, sabe que ele é uma referência. E precisa perguntar a si mesmo: o que posso aprender com ele?


  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados