Por: André | 24 Outubro 2013
O Papa Francisco esteve “constantemente” (“amplamente” e “objetivamente”) informado sobre a situação da diocese alemã de Limburg, cujo bispo Franz-Peter Tebartz-van Elst foi duramente criticado pelos gastos com a reforma de um prédio histórico da diocese (onde, além disso, está a sua residência), que passaram dos 5,5 milhões de euros previstos para 31 milhões de euros.
A reportagem é de Andrea Tornielli e publicada no sítio Vatican Insider, 23-10-2013. A tradução é de André Langer.
Há alguns dias, o bispo foi recebido em audiência pelo Papa, que antes disso havia se reunido com o cardeal de Colônia, Joachim Meisner, amigo de Tebartz-van Elst e um dos que o apóiam. “Na diocese – informa um comunicado da Santa Sé que foi divulgado na manhã desta quarta-feira – criou-se uma situação em que” o bispo, “no momento atual não pode exercer seu ministério episcopal”. Desta maneira, reconhece-se a dificuldade da situação e a tensão que se criou em torno dela.
Depois da visita do cardeal Giovanni Lajolo, enviado pela Santa Sé a Limburg no mês passado, “a Conferência dos Bispos da Alemanha, conforme um acordo entre o bispo e o capítulo da catedral de Limburg, criou uma comissão para iniciar um profundo exame da questão da construção da sé episcopal”.
“À espera dos resultados deste exame – diz o comunicado vaticano – e das responsabilidades vinculadas a este respeito, a Santa Sé considera oportuno autorizar, para dom Franz-Peter Tebartz-van Elst, um período de permanência fora da diocese. Por decisão da Santa Sé entra em vigor nesta quarta-feira a nomeação do Stadtdekan Wolfgang Rösch como vigário geral; nomeação que havia sido anunciada pelo bispo de Limburg para primeiro de janeiro de 2014. O vigário geral Rösch administrará a diocese de Limburg durante a ausência do bispo diocesano no âmbito das competências vinculadas a tal ente”.
Depois da audiência com Francisco, o bispo havia publicado no sítio da diocese de Limburg um breve comentário no qual falava com otimismo do seu encontro. Entre os prelados romanos mais próximos a Tebartz-van Elst circulavam alguns rumores sobre a audiência: “foi boa”, diziam. A Santa Sé agora reconhece a situação espinhosa, concorda em que o bispo permaneça fora da diocese enquanto não estiverem claras as coisas que desencadearam uma forte polêmica inclusive na mídia alemã. E, embora não se pronuncie sobre o futuro, o fato de que tenha deixado a administração da diocese para o novo vigário geral, escolhido pelo próprio Tebartz-van Elst, parece representar uma mostra de confiança.
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O bispo “gastador”, por enquanto, não volta para a sua diocese - Instituto Humanitas Unisinos - IHU