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"Ditadura do relativismo" e "sujeira": Já se vê uma continuidade entre Bento XVI e Francisco?

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25 Março 2013

"O papa Bergoglio parece trazer uma resignificação aos dois termos ("ditadura do relativismo" e "sujeira") em vista de um projeto de “pontificado”: como ele mesmo disse aos diplomatas, para “que o diálogo entre nós ajude a construir pontes [pontífice] entre todos os homens, de tal modo que cada um possa encontrar no outro, não um inimigo nem um concorrente, mas um irmão que se deve acolher e abraçar”, escreve Sérgio Ricardo Coutinho, presidente do Centro de Estudos em História da Igreja na América Latina (CEHILA-Brasil).

Eis o artigo.

O encontro histórico entre o papa emérito Bento XVI e seu sucessor, papa Francisco, já está criando um frisson entre os analistas. Depois de tantos gestos que indicam uma descontinuidade entre os dois, agora começam a vir à tona os sinais de continuidade, pelo menos em termos de ideias.

Os dois termos pronunciados pelo papa Francisco nestes últimos dias, e que o colocaram em continuidade com seu antecessor foram: “ditadura do relativismo” e “sujeira”.

John Allen Jr., correspondente do Vaticano para a revista norte-americana National Catholic Reporter, em artigo intitulado “Francisco promete promover a luta de Bento XVI contra a ‘ditadura do relativismo’”, chama a atenção para o fato de que “as pessoas tentadas a traçar uma distinção excessivamente nítida entre o Papa Francisco e seu predecessor, na sexta-feira [22/03] o novo papa ofereceu um lembrete claro de que ele pode ter um estilo diferente do de Bento XVI, mas que, substancialmente, eles são muito semelhantes”. O que Allen percebeu foi o uso do termo “ditadura do relativismo” no discurso do papa para os diplomatas credenciados na Santa Sé.

Outro jornalista que também cobre o Vaticano, pelo Vatican Insider do jornal italiano La Stampa, Giacomo Galeazzi, por sua vez, percebeu na homilia do papa da Missa de Ramos, no último 24/03, que “Francisco retoma a luta ratzingeriana contra a ‘sujeira’”. Segundo ele, “a ‘purificação’ da Igreja continua” porque a homilia foi “uma homenagem a seu predecessor” e indica uma linha de continuidade entre ambos os pontificados.

Pois bem, nossa questão aqui é perceber se os conteúdos semânticos das expressões “ditadura do relativismo” e “sujeira”, usados pelo ainda Cardeal Joseph Ratzinger em 2005, ano de sua eleição, e repetidas agora pelo papa Francisco, tem o mesmo sentido e significado.

Em 18 de abril de 2005, Ratzinger, decano do Colégio dos Cardeais, fez a famosa homilia da Missa “Pro Eligendo Romano Pontifice”, que para muitos foi o “comício” que possibilitou sua eleição como sucessor de João Paulo II. Naquela oportunidade ele falava sobre as ideologias do mundo:

“Quantos ventos de doutrina conhecemos nestes últimos decênios, quantas correntes ideológicas, quantas modas do pensamento... Cada dia surgem novas seitas e realiza-se quanto diz São Paulo acerca do engano dos homens, da astúcia que tende a levar ao erro (cf. Ef 4, 14). Ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, muitas vezes é classificado como fundamentalismo. Enquanto o relativismo, isto é, deixar-se levar ‘aqui e além por qualquer vento de doutrina’, aparece como a única atitude à altura dos tempos hodiernos. Vai-se constituindo uma ditadura do relativismo que nada reconhece como definitivo e que deixa como última medida apenas o próprio eu e as suas vontades”.

O papa Francisco, na audiência com os diplomatas, faz menção ao seu predecessor da seguinte forma: “Como sabeis, há vários motivos que, ao escolher o meu nome, me levaram a pensar em Francisco de Assis... . Um dos primeiros é o amor que Francisco tinha pelos pobres. Ainda há tantos pobres no mundo! E tanto sofrimento passam estas pessoas!... Mas há ainda outra pobreza: é a pobreza espiritual dos nossos dias, que afeta gravemente também os países considerados mais ricos. É aquilo que o meu Predecessor, o amado e venerado Bento XVI, chama a ‘ditadura do relativismo’, que deixa cada um como medida de si mesmo, colocando em perigo a convivência entre os homens. E assim chego à segunda razão do meu nome. Francisco de Assis diz-nos: trabalhai por edificar a paz. Mas, sem a verdade, não há verdadeira paz. Não pode haver verdadeira paz, se cada um é a medida de si mesmo, se cada um pode reivindicar sempre e só os direitos próprios, sem se importar ao mesmo tempo do bem dos outros, do bem de todos, a começar da natureza comum a todos os seres humanos nesta terra”.

Em Ratzinger, “ditadura do relativismo” se centra na ausência de uma reta razão que conduz à Verdade. A Verdade é a doutrina católica, a doutrina correta, ortodoxa, que por vezes é acusada de fundamentalismo pelos adversários da Igreja. O termo é uma expressão mais sofisticada para heterodoxia (quando pensado para designar as correntes de pensamento internos à Igreja) e para o irracionalismo trazido pelos pensadores pós-estruturalistas e neo-nietzschenianos (Derrida, Deleuze, Foucault...). O termo quer dar conta da fragmentação do pensamento nas sociedades (pós)modernas e que impede o homem de chegar à Verdade.

Em Francisco, “ditadura do relativismo” vai na linha do que o cientista político italiano, Christian Albini, chama de philautía (o amor exclusivo a si mesmo), expressão própria da tradição patrística.

Em outras palavras, o papa Francisco fala de outro tipo de “verdade”: a busca pelo bem comum. O egoísmo, o individualismo que não vê o outro, sem solidariedade, sem fraternidade, sem a busca do bem de todos, da dignidade humana, é uma “ditadura” que “relativiza” a “natureza comum a todos os seres humanos nesta terra”. Sua crítica estaria na linha de rejeitar o princípio básico do liberalismo político, qual seja, a autonomia privada como o grande bem a ser preservado, na medida em que os indivíduos são capazes de formular suas próprias concepções de vida digna independentemente do Estado. Desta forma, para o liberalismo político, caberia ao aparato burocrático do Estado garantir a realização dos interesses individuais dos cidadãos. Por isso, Francisco critica aquela prática de “reivindicar sempre e só os direitos próprios, sem se importar ao mesmo tempo do bem dos outros”, comportamento típico dos cidadãos nos países mais ricos.
A meu ver, a expressão tem um teor de doutrina social e política, que também busca a “verdade”, mas pela prática da justiça e da paz.

O outro termo é “sujeira”.

Naquele mesmo ano de 2005, quando presidiu a cerimônia da Via-Crucis no Coliseu de Roma, o cardeal Ratzinger, durante a 9ª Estação (Jesus cai pela terceira vez), fez a seguinte meditação: “E que dizer da terceira queda de Jesus sob o peso da cruz? Pode talvez fazer-nos pensar na queda do homem em geral, no afastamento de muitos de Cristo, caminhando à deriva para um secularismo sem Deus. Mas não deveríamos pensar também em tudo quanto Cristo tem sofrido na sua própria Igreja?...Quanta sujeira há na Igreja, e precisamente entre aqueles que, no sacerdócio, deveriam pertencer completamente a Ele! Quanta soberba, quanta autossuficiência! Respeitamos tão pouco o sacramento da reconciliação, onde Ele está à nossa espera para nos levantar das nossas quedas! Tudo isto está presente na sua paixão”.

Neste último Domingo, início da Semana Santa, a homilia do papa Francisco também menciona este mesmo termo usado pelo seu predecessor, exatamente quando falava sobre a Cruz de Jesus: “E aqui temos a segunda palavra: Cruz. Jesus entra em Jerusalém para morrer na Cruz… Por que a Cruz? Porque Jesus toma sobre Si o mal, a sujeira, o pecado do mundo, incluindo o nosso pecado, o pecado de todos nós, e lava-o; lava-o com o seu sangue, com a misericórdia, com o amor de Deus. Olhemos ao nosso redor… Tantas feridas infligidas pelo mal à humanidade: guerras, violências, conflitos econômicos que atingem quem é mais fraco, sede de dinheiro, que depois ninguém pode levar consigo, terá de o deixar. A minha avó dizia-nos (éramos nós meninos): o caixão não tem bolsos. Amor ao dinheiro, poder, corrupção, divisões, crimes contra a vida humana e contra a criação! E também – como bem o sabe e conhece cada um de nós – os nossos pecados pessoais: as faltas de amor e respeito para com Deus, com o próximo e com a criação inteira”.

A sujeira em Ratzinger está vinculada a penetração da secularização, aquela que leva à um afastamento de Cristo, no interior da Igreja. A sujeira aparece no relativismo da liturgia, dos sacramentos, entre os padres, que também deixam “como última medida apenas o próprio eu e as suas vontades”, com sua autossuficiência e soberba. Talvez fosse um sinal sobre o comportamento nada moral dos padres que ele teria que enfrentar em seu pontificado.

Em Francisco, sujeira é o “pecado do mundo”; bem melhor seria caracterizá-lo por “pecado social”: guerras, violências, conflitos econômicos, sede e amor ao dinheiro, poder, corrupção, divisões, crimes contra a vida humana e contra a criação. Os pecados não são somente individuais, mas também coletivos e sociais. E aqui, vejo uma crítica implícita a outro liberalismo: o liberalismo econômico, doutrina típica dos países mais ricos.

Enfim, acredito que ainda seja cedo demonstrar de forma acaba alguma continuidade entre Francisco e Bento XVI. O fato de se ajoelharem juntos e rezarem como “irmãos”, não significa que Francisco seja um mero discípulo fiel da teologia de Ratzinger. A nosso ver, o papa Bergoglio parece trazer uma resignificação aos dois termos em vista de um projeto de “pontificado”: como ele mesmo disse aos diplomatas, para “que o diálogo entre nós ajude a construir pontes [pontífice] entre todos os homens, de tal modo que cada um possa encontrar no outro, não um inimigo nem um concorrente, mas um irmão que se deve acolher e abraçar”.


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