Por: André | 19 Setembro 2013
A Torá a chama de “Festa dos Tabernáculos” e é a última dos Shloshet Há-Regalim, junto como a Pessach e a Shavu’ot. É em recordação dos filhos de Israel que viveram no deserto após a saída da escravidão no Egito.
Fonte: http://bit.ly/1gAnPUF |
A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 18-09-2013. A tradução é de André Langer.
Com o aparecimento das primeiras estrelas desta quarta-feira o mundo judaico celebra Sucot, a festa das tendas, que recorda o modo como seus antepassados, os Filhos de Israel, viveram no deserto após a saída da escravidão no Egito.
A Torá a chama de “Festa dos Tabernáculos” e é a última dos Shloshet Há-Regalim, as três festividades de peregrinação ao Templo de Jerusalém quando este existia, até o ano 70, junto como a Pessach e a Shavu’ot.
É uma semana em Israel e oito dias na Diáspora nos quais é obrigatório alegrar-se e morar em uma sucá (tenda) que começa a ser construída no final do Yom Kippur (Dia do Perdão).
Esta deve ter ao menos três paredes e um teto com ramos que permitem ver o céu. Também chamada de Jag Haasif (festa da colheita, no hemisfério norte), na Sucot os judeus agradecem e colhem os produtos obtidos da terra, e em Israel, alguns kibutzim celebram a segunda colheita de grãos e frutas do outono, o começo do ano agrícola e as primeiras chuvas.
Como toda festividade judaica, a Sucot está cheia de simbolismos e costumes. Entre os primeiros estão as Arbaat Haminim (quatro espécies), a cidra (etrog), ramos de palmeira (lulav) e ramos de árvores frondosas ou de mirto (hadassim) e ramos de salgueiro (aravot), que representam os quatro tipos de judeus existentes: aqueles que estudam a Torá e fazem boas ações, aqueles que só cumprem uma dessas duas coisas e aqueles que praticam nenhuma delas. Nesta semana festiva, estacionamentos, tetos, parques e espaços públicos de todo o mundo se enchem de sucá, inclusive as bases militares israelenses, e é tradição convidar para comer nela familiares e amigos.
Em Israel, os dias festivos e em que não se trabalha são o primeiro e o último, ao passo que na Diáspora são os dois iniciais e os dois finais, inclusive Simjat Torá, diferença que se dá nas três festas de peregrinação em comemoração dos tempos antigos, quando as efemérides eram informadas por meio de uma rede de sinais de fumaça e mensageiros, razão pela qual nos lugares mais recônditos tomavam conhecimento apenas no dia seguinte.
Os dias intermediários ou Jol Hamoed são de meia festa e pode-se levar uma vida normal, apesar de que em Israel se utilize como férias de outono, que complementam as de Pessach, férias de verão, também de uma semana. As escolas não funcionam e muitos pontos comerciais fecham suas portas ou reduzem seu horário de atendimento ao público. A maioria das pessoas aproveita para fazer turismo.
Do ponto de vista litúrgico, além da oração das espécies se acrescenta o Hallel, um conjunto de salmos e bênçãos que também se recita em Rosh Jédesh (princípio de mês), Pessach e Shavu’ot. O sétimo dia chama-se Hoshaná Rabá e é quando D’’’’’s termina de selar seus veredictos de Yom Kippur, em consequência do juízo iniciado em Rosh Hashanah (Ano Novo), e de avaliar todas as criaturas do mundo.
Costuma-se recitar “hoshanot”, denominação que deriva de “hoshía na” (salva-nos, por favor), enquanto se dão sete voltas ao redor da bima (púlpito). Depois vem Shmini Atzéret, a reunião do oitavo dia, que em Israel se celebra junto com Simjat Torá (a alegria da Torá), ao passo que na Diáspora são dois dias festivos diferentes.
Em ambas as ocasiões, costuma-se dançar “akafot” carregando os Rolos da Torá. A última das festividades celebra o final do ciclo de leitura semanal do Livro Sagrado e seu imediato recomeço.
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A comunidade judaica celebra a Festa das Tendas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU