Indígenas são recebidos com tiros de bala de borracha no canteiro de Belo Monte

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29 Mai 2014

Cerca de 20 índios foram ao local para conversar com representantes da Norte Energia S.A. e cobrar o cumprimento das condicionantes indígenas; 4 pessoas ficaram feridas.

A reportagem foi publicada pelo portal Brasil de Fato, 27-05-2014.

O Ministério Público Federal (MPF) recebeu denúncias de índios Xikrin que, neste domingo (25), foram recebidos com bombas e balas de borracha ao tentarem entrar no canteiro de Belo Monte para conversar com representantes da Norte Energia S.A, responsável pelas obras.

De acordo com os relatos, cerca de 20 indígenas se dirigiram ao local pacificamente e desarmados, para cobrar o cumprimento das condicionantes indígenas que fazem parte do Termo de Compromisso do Projeto Básico Ambiental-Componente Indígena (PBA-CI) assinado, no dia 21 de maio, entre a empresa e a Funai, e que firma a realização de ações que beneficiam 11 aldeias da região. Segundo os índios, até agora nenhum projeto de compensação ou mitigação pelos impactos de Belo Monte foi realizado e a Funai e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) nunca visitaram a aldeia para avaliar o cumprimento das condicionantes.

Segundo informações do MPF, os índios narraram que os responsáveis pelos tiros foram homens da Força Nacional de Segurança. “Avisamos que estávamos lá para conversar, tentamos conversar. Os policiais não perguntaram nada, disseram que não queria conversar e continuaram atirando”, relataram. Um índio Kaiapó levou um tiro de bala de borracha na perna e dois índios da étnica Xicrin foram feridos na barriga e no pé. Ao todos, 4 ficaram feridos. O Ministério Público informou que pretende ouvir esclarecimentos do comandante da Força Nacional em Altamira sobre o caso.

Esta não é a primeira denúncia de supostos abusos de homens da Força Nacional dentro dos canteiros de Belo Monte. O MPF já havia recebido relatos de trabalhadores e tinha um procedimento para investigar “a legitimidade da ação da Força Nacional em defesa do patrimônio da Norte Energia.S.A e do Consórcio Construtor de Belo Monte”. Com as novas agressões contra os índios, a investigação do MPF passou a ser criminal.