Rubens Paiva. Comissão da Verdade recebe acervo na terça

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24 Novembro 2012

Integrantes da Comissão Nacional da Verdade deverão se reunir com o governador Tarso Genro, terça-feira, em Porto Alegre, para receber documentos da época da ditadura militar que revelam assassinatos, arbitrariedades e atentados a bomba.

Um deles – divulgado com exclusividade por Zero Hora na quinta-feira – comprova a prisão do ex-deputado federal Rubens Paiva nas dependências do Departamento de Operações e Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do Rio de Janeiro, em janeiro de 1971.

A reportagem é de Nilson Mariano e publicada pelo jornal Zero Hora, 24-11-2012.

O conjunto de documentos estava em poder do coronel da reserva do Exército Júlio Miguel Molinas Dias, 78 anos, morto a tiros em Porto Alegre, no dia 1º, supostamente por assaltantes. Ex-comandante do DOI-Codi fluminense, Molinas guardava os papéis em casa, no bairro Chácara das Pedras. Foram apreendidos pelo delegado que investiga o caso, Luís Fernando Martins de Oliveira.

Tarso Genro requisitou o material da Polícia Civil, para entregá-lo à Comissão da Verdade, em encontro marcado para o Palácio Piratini. Deverão vir à Capital o coordenador da Comissão, Claudio Fonteles, e Paulo Sérgio Pinheiro, além de assessores.

Instalada para apurar os crimes da ditadura militar (1964-1985), a Comissão Nacional da Verdade abriu um leque de investigações. Com 10 grupos de trabalho, concentra-se na guerrilha do Araguaia, na estrutura da repressão, nas violações aos direitos humanos, na Operação Condor (aliança entre os regimes autoritários da América do Sul), na atuação de religiosos e em outros temas. Audiências públicas estão sendo realizadas pelo país.

A Comissão ainda não definiu como abordará antigos comandantes de órgãos de repressão que podem ter guardado arquivos secretos – caso do coronel Molinas, do DOI-Codi. Os integrantes avaliam qual seria o melhor momento. Uma das preocupações é de que esses ex-chefes de serviços de espionagem e de interrogatório possam inutilizar documentos, com receio de serem incriminados.