Como prometido pelas agências de risco, o plano de resgate à Grécia de € 159 bilhões com participação dos investidores foi classificado como calote, ainda que "restrito", pela
Fitch Ratings.
Mas segundo o chefe de riscos soberanos da Fitch,
David Riley, o rebaixamento pode durar apenas alguns dias.
A notícia é de
Juliana Rocha e publicada pelo jornal
Folha de S. Paulo, 23-07-2011.
A agência declarou que, no momento da troca de títulos que representará perda aos investidores, a nota de risco da Grécia será rebaixada para "moratória restrita", o que significa que o país deu calote em uma parte dos seus títulos públicos.
Quando os novos títulos forem emitidos, encerrando a troca, a agência voltará a elevar a nota de risco grega.
"[O período do calote] depende amplamente de quão rápido essa transação será processada. Nossa expectativa é que eles farão isso de uma forma a minimizar o tempo em que a nota estará em default", explicou
Riley.
Ele acrescentou que a elevação da nota da Grécia deve ser para "CCC", onde está atualmente, ou para "B+".
Até o fechamento do acordo, a situação grega vinha sendo comparada com a da Argentina, que declarou moratória em 2001. Mas a resposta da Fitch mostra que a primeira reação à Grécia foi positiva, uma vez que a Argentina só saiu do "default" há um ano, depois de oito anos e meio de moratória.
A
Fitch foi a primeira das três grandes agências de classificação de risco a divulgar um alerta sobre o calote grego. Moody´s e S&P (Standard & Poor´s) não se pronunciaram ontem.
O argumento da
Fitch para o rebaixamento temporário para calote é que os investidores perderão 20% do valor
de seus investimentos.