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Pandemia, Vida e Morte – Crise Terrível

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11 Dezembro 2021

 

"A única coisa que se tem certeza no momento é que a fúria da extrema direita avança no mundo tanto quanto a fúria do vírus. Diante do menosprezo pela vida temos que temer a morte. Nossos sentimentos de não poder fazer nada só nos leva a uma fúria impotente do que está sendo feito, do que não foi feito ou feito precariamente, irresponsavelmente e desonestamente. Contudo, como já foi dito, precisamos entender que somos mortais e devemos encarar a morte como a chave de nossa sobrevivência", escreve José Rodrigues Filho, professor da Universidade Federal da Paraíba e foi pesquisador nas Universidades de Johns Hopkins e Harvard (USA), em artigo publicado por seu blog, 08-12-2021.

 

Eis o artigo.

 

Depois de quase dois anos de se ter muitos dados, informações e desinformações circulando no mundo e mostrando os efeitos da Covid-19, que já nos levou a registrar cinco milhões de mortes, é chegado o momento de se pensar e refletir sobre o significado não só de números, taxas e estatísticas, mas dos profundos impactos desta Pandemia sobre nossas vidas. Enfim, o que aconteceu, está acontecendo e continuará acontecendo?

Já foi dito que durante a pandemia estamos tendo a experiência de uma nova forma de relação com a morte. Todos os dias estamos vendo milhares de pessoas desaparecerem, incluindo amigos e familiares. Enfim, estamos percebendo que a morte se aproxima de nós, mas o morto se distancia, uma vez que não podemos mais atender as cerimonias de sepultamento, tendo que nos confortar com o luto em isolamento. Muitos de nós estamos tendo esta terrível experiência.

Para a Revista Lancet, pensar sobre o significado da Pandemia não é mais trabalho dos cientistas, estatísticos e epidemiologistas, mas dos que vivem de pensar e contemplar o mundo, ou seja, precisamos ouvir os nossos filósofos. Na verdade, alguns deles estão envolvidos nesta tarefa, a exemplo do filósofo francês, Bruno Latour e do pensador esloveno, Žižek, que chegou a afirmar que o Coronavírus foi o soco mais severo dado no capitalismo, sendo a preocupação de quase todos estes pensadores com as desigualdades que atormentam o mundo.

Com certeza, o Brasil será visto como sendo o maior laboratório de se estudar os grandes males do vírus, começando com a politização do Corona, que ainda hoje é marcante nos Estados Unidos, onde os Estados vermelhos (com maioria de eleitores republicanos e conservadores) resistem à vacinação, registrando ainda uma média diária de mil mortes, enquanto nos Estados azuis (com maioria de eleitores democratas), mais de 70% da população já está vacinada. Assim sendo, a batalha político-ideológica continua. No Brasil, a extrema direita não conseguiu convencer a população a seguir este caminho ideológico de vacinação, considerando que cerca de 90% da população deseja se vacinar.

Infelizmente, a ideologia política enquanto falsa consciência toma conta da cabeça das pessoas, transformando mentiras em verdades. Isto sempre aconteceu tanto do lado da direita quanto da esquerda. Como admitir que o Partido Republicano nos Estados Unidos seja um defensor da vida, quando combate o uso de vacinas, preferindo a morte? Por conta disto já é chamado de partido da morte.

No debate sobre a decisão de sacrificar milhares de vidas para a Covid-19 para manter a economia, o Brasil também deve ser o maior exemplo do mundo, conforme mostrou a CPI da Covid-19. É lamentável ver milhares morrendo na África por falta de recursos para compra de vacinas, mas é criminosa a ação de não adquirir vacinas, levando muitos à morte, para atender ao mercado, como no caso do Brasil. Pior do que isto, foi estocar o kit Covid nos hospitais, enquanto muitos morriam por falta de ar diante da carência de equipamentos de intubação.

Estes fatos trazem à discussão o menosprezo pela vida e sua substituição pela morte. No mundo ocidental, não costumamos aceitar a morte como parte de nossa vida. Sempre buscamos fazer de tudo para salvar nossa vida. Não estávamos acostumados a ver a morte substituir a vida. No momento em que se nega a existência do vírus e a morte se torna real, ainda se tem a dureza e crueldade de escondê-la, evitando que parentes e amigos possam dar o último adeus aos seus entes queridos. Por fim, a economia é mais importante do que a dor que se tem pelos que partiram.

Assim sendo, muitos de nós estamos vivendo neste mundo apenas para manter o funcionamento do mercado e do capitalismo mundial, responsáveis por desigualdades degradantes. Soma-se a isto, a degradação ambiental no mundo e, especialmente, no Brasil onde se deixa a marca da devastação da Amazônia e o massacre de índios.

Com isto, para o filósofo Latour, o vírus trouxe uma nova definição de sociedade, que não se limita a nós humanos, mas inclui outros atores, que não tem formas humanas, a exemplo dos micróbios, a internet, a lei, o sistema de saúde, a logística do Estado e o clima. Para o pensador, com o fim da Pandemia temos que exigir de nossos políticos que a recuperação da economia não traga de volta as políticas que estão aí.

Com a extrema direita no poder no Brasil e a grande quantidade de candidatos do mesmo perfil nas próximas eleições já mostram as dificuldades que o país vai ter de se recuperar e criar uma alternativa, embarcando no trem do progresso. O discurso de moralidade está de volta para enganar os bobos. Falar de moralidade numa sociedade corrupta é enganação. Os Estados Unidos e outros países capitalistas estão tentando mudanças, mas é cedo para se dizer se elas vão ser aprovadas pelos conservadores de direita, uma vez que no momento para eles o que interessa é o quanto pior melhor.

No Brasil, já temos vários partidos da morte, ancorando boa parte da classe política e empresários que apoiaram o negacionismo que levou a mais de 600 mil mortes registradas no país. A única coisa que se tem certeza no momento é que a fúria da extrema direita avança no mundo tanto quanto a fúria do vírus. Diante do menosprezo pela vida temos que temer a morte. Nossos sentimentos de não poder fazer nada só nos leva a uma fúria impotente do que está sendo feito, do que não foi feito ou feito precariamente, irresponsavelmente e desonestamente. Contudo, como já foi dito, precisamos entender que somos mortais e devemos encarar a morte como a chave de nossa sobrevivência.

 

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