30 Julho 2021
"Que possamos superar a nossa política do nosso quotidiano do toma lá, dá cá e possa avançar para uma posição muito mais abrangente de construção de um plano nacional de orientação e governo da sociedade", escreve José Afonso de Oliveira, sociólogo formado pela PUC Campinas e professor aposentado da UNIOESTE.
Estamos atravessando dias muito difíceis quer por conta da crise econômica, política e social ou mesmo por conta da pandemia da covid-19, mas, de forma explícita pela soma das duas partes. Sim, de alguma maneira, uma está relacionada com a outra, valendo também ser vice versa.
Por conta dessas questões críticas estamos também radicalizando posições na forma de um ódio muito intenso e extremamente perigoso. É fato que não faltam motivos para tal ódio, de todas as partes envolvidas, mas, convenhamos, o ódio cega e impede a racionalidade na condução das questões prementes de qualquer sociedade.
Pensando um pouco mais profundamente está, mais do que na hora, de buscarmos soluções que possam permitir a superação de tudo o que estamos vivendo e, estas, devem ser organizadas imediatamente sob pena de não termos mais tempo e o desastre ser muito maior do que aquilo que estamos enfrentando, neste momento.
Claro que a proposta é ousada, mas deve ser levada na sua devida consideração pois neste momento está em jogo a sobrevivência de nossa sociedade e das pessoas que estão vivas agora e desejam assim permanecerem.
Então a proposta é que um grupo de grandes cidadãos de bem, reconhecidamente conhecidos por essa situação possam agendar reuniões, sejam elas presenciais ou não, pouco importando para em conjunto elaborarem um plano de salvação nacional para ser executado, nos próximos anos, por quem seja eleito nas próximas eleições.
Plano esse que busque soluções muito concretas para os males que nos afligem como as desigualdades sociais, a miserabilidade de amplas camadas sociais, a geração de empregos, a ampliação da saúde e educação, transformando tudo isso em políticas públicas que possam e devam ser devidamente executadas.
De todas as camadas sociais, de todos os partidos políticos existentes, desde que sejam comprovada e reconhecidamente como pessoas merecedoras do respeito da sociedade, não tenham tido nenhum ato, público ou privado que possa macular a sua posição social, todos e não estes ou aqueles, deste ou daquele partido, universidade, associação empresarial, sindicato enfim pessoas que coloquem o bem comum de todos acima de suas necessidades pessoais e que assim construam aquilo que hoje faz uma falta enorme, um consenso nacional.
Da mesma forma que possamos superar a nossa política do nosso quotidiano do toma lá, dá cá e possa avançar para uma posição muito mais abrangente de construção de um plano nacional de orientação e governo da sociedade. Penso que sem isso não chegaremos a lugar nenhum e tudo será ainda muito mais complicado e extremamente perigoso, conforme estamos assistindo.
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