30 Junho 2021
O governo queria US$ 200 milhões em propina num só lance. Isso dá R$ 1 bilhão. Para quem vivia de rachadinhas, é um salto e tanto. Tinha um coronel no meio.
Governo Bolsonaro pediu propina por dose da vacina, diz jornal. Disponível aqui.
É considerado o julgamento do século sobre Terras Indígenas, previsto para começar às 14h. A Corte vai analisar a ação de reintegração de posse movida pelo governo de Santa Catarina contra o povo Xokleng, referente à TI Ibirama-Laklãnõ, onde também vivem os povos Guarani e Kaingang.
Foto: Reprodução Facebook
STF começa a decidir nesta quarta futuro das demarcações das Terras Indígenas no Brasil; assine a carta em apoio. Disponível aqui.
O Brasil é duríssimo com os pobres, muitas vezes presos por simples suspeita. Há mais de 400.000 (quatrocentas mil) pessoas presas sem nenhuma condenação, outras tantas por simples posse de um punhado de droga. Mas o mesmo Brasil é incrivelmente leniente com criminosos ricos, que cometem, reiteradamente, delitos muito pesados. Portando uma folha corrida de fazer inveja a qualquer chefe do PCC, o tal Ricardo Barros foi líder ou vice-líder na Câmara de todos os quatro governos federais mais recentes -- e continua líder do governo Bolsonaro.
Foto: Reprodução Facebook
Isso, para mim, é a coisa mais triste deste nosso país. Muito mais que a situação da saúde, porque para a saúde é possível fazer vaquinha, ONGS ajudam, profissionais da área de saúde se mobilizam... É possível agir independente da injustiças institucionalizadas. Mas na questão criminal, o poder e a burocracia das instituições nos deixam impotentes diante das injustiças...
Via Maria Eunice Maciel
A onda polar desta primeira metade da semana na região Centro-Sul do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai traz a maior anomalia negativa de frio no mundo fora do polos. Em nenhum lugar do planeta a temperatura estão tão abaixo da média fora das regiões polares como a parte central da América do Sul.
Onda polar no Sul do Brasil tem maior anomalia de frio do mundo fora dos Polos. Disponível aqui.
Foto: Reprodução Facebook
Foto: Reprodução Facebook
Foto: Reprodução Facebook
Essa manifestação do prefeito de Maringá é histórica. Ulisses, em uma cidade com forte viés conservador, demonstra empatia e sua vocação democrática para o diálogo. Isso não é pouco em tempos difíceis. Mais uma vez
Parabéns!
Foto: Reprodução Facebook
Foto: Reprodução Facebook
Foto: Reprodução Facebook
Foto: Reprodução Facebook
Está com Roberto Romano Da Silva
Foto: Reprodução Facebook
A ressurreição de Lázaro sempre foi um milagre cuja estranheza me fascinou pois teria sido um milagre realizado contemplando apenas a queixa dos vivos em detrimento da suposta paz eterna do morto. De fato, tudo parece em desacordo: primeiro, alertado da doença de alguém que reputadamente amava, Jesus parece bastante tranquilo em responder que tal doença não é para morte mas para glória; mais tarde, porém, ao encontra-lo morto e enterrado por quatro dias, chora aparentemente não tão tranquilo portanto. A tradição judaica entende que os justos após a morte repousam no seio de Abraão e, mesmo diante do protesto das irmãs Marta e Maria pelo fato do cadáver já estar fedendo pela putrefação, Jesus decide fazê-lo voltar à vida nesse estado e, quando surge para fora do túmulo ordena que se lhe retirem as mortalhas.
Como mais nada é mencionado no cânon acerca do destino de Lázaro, tradições tanto ortodoxas orientais quanto católicas romanas criaram respectivamente as figuras do Bispo de Kition em Chipre e do Bispo de Marseille na Provence como ícones apostólicos de valor pela ligação direta com o Cristo. Contudo, enquanto a tradição provençal hagiográfica da Légende Dorée de Jacobus de Varagine no séc. XIII reputa uma linhagem de realeza a Lázaro e suas irmãs como sendo filhos de Cyrus e Eucharis e possuidores de castelos em Magdalo, Betânia e Jerusalém - e justamente imputando a ele o início da cavalaria devota enquanto Marta administrava as posses e cavaleiros e Maria vivia luxuriosamente (tendo após a ascensão de Jesus sido tudo vendido), meu estranhamento sempre tende a simpatizar mais com a tradição do Lázaro sisudo que anedotas medievais cristalizaram relatando que após sua ressurreição jamais teria sorrido novamente, e, em algumas versões mais piedosas, sequer emitido qualquer palavra até sua morte natural - o que convenientemente apaziguaria maiores debates acerca da natureza do que testemunhara no além-vida durante os quatro dias que permaneceu sepultado. No séc. XV, o mestre dos grands rhétoriqueurs da Burgundia, Georges Chastellain, inclui em seu poema Le Pas de La Mort (VI) os seguintes versos:
Celuy que Dieu fist revivant
A qui il fit de grâce tant,
Le ladre à la Marie frère
Oncques depuis n'eut que misère
Et toute douleur à penser,
Crémant ce qu'il devoit passer.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
Foto: Reprodução Facebook
De Marcelo Barros
Queridos irmãos e irmãs,
Esta festa de São Pedro me recorda que há 20 anos, eu estava na noite de São Pedro, hospedado com minha querida Mãe Stella de Oxóssi e minha amiga Cleo Martins, no Opô Afonjá no bairro de São Gonçalo em Salvador. E naquela festa de Xangô, uma senhora tomada por Iansã me escolheu como Ogã e homens da comunidade me levaram nos ombros até a Yalorixá (Mãe Stella de Oxossi) que me suspendeu como Ogã de Iansã, mesmo se o meu Orixá é Ayrá.
Eu nunca imaginei isso e tinha antes de tudo aprofundar o que significava para mim aceitar aquela consagração.
- Ali eu estava para fazer o caminho contrário do Cristianismo colonizador que se apossa do outro e se impõe. Eu queria aprofundar o caminho de uma espiritualidade cristã a partir das tradições negras e da religião dos Orixás. Eu tinha me encontrado com o padre François de l’Espinay no começo da década de 1980 em Salvador. E como padre, ele tinha se inserido no Candomblé do Alaketu e era Obá de Xangô. Era amigo da Mãe Olga de Alaketu que o acolheu no Candomblé, assim como acolhia o meu amigo Dom Timóteo Anastácio, abade do Mosteiro de São Bento da Bahia. Ambos, de modo diverso e em níveis também diversos, faziam com o Candomblé o mesmo caminho que alguns monges beneditinos europeus como Henri de Saux, Dom Bede Griffis e outros ao se tornaram Sanyasins hindus na Índia, tinham vivido com o Hinduísmo desde os anos 1950 ou 1960 até a sua morte. Mas, será que eu poderia me comparar com um desses santos monges místicos? Tinha conhecido o grande teólogo e espiritual Raimon Panikkar, filho de pai hindu e mãe espanhol e que como padre se veste de monge hinduísta e mora na Índia. Ele diz: “No meu caminho de vida, comecei como cristão, me tornei hinduísta e me descobri que assim me tornei mais cristão ainda”. Seria possível viver isso com o Candomblé?
- Além das dificuldades de eu morar no interior de Goiás e coordenar uma comunidade beneditina que precisava de minha presença lá em Goiás, eu sabia que sobre minha inserção no Candomblé havia algumas discordâncias entre irmãos na minha comunidade e também o assunto não era unânime na própria comunidade de Mãe Stella. Tinha, então, de caminhar devagar para poder avançar mais.
De lá para cá, Deus e a vida me conduziram por um caminho que me trouxe mais a uma vida eremítica tanto em relação à vocação de monge beneditino cristão, como em relação à inserção no Candomblé. No entanto, eu me sinto consagrado e banhado pelas águas que vêm dos dois rios diferentes e desaguam no mesmo rio da minha vida.
Nestes dias, sofro com o racismo religioso e a perseguição que se acentua a cada dia contra os templos e comunidades de religiões negras. Nestes dias, a polícia de Goiás usou como pretexto a perseguição ao fugitivo Lázaro Barbosa e invadiu e profanou diversas casas de Candomblé e Umbanda na região do DF e Goiás. Ontem, mataram o Lázaro, como queima de arquivos e assim ele não denunciará os milicianos e fazendeiros que o contratavam para matar. E tudo continuará igual. Outros Lázaros surgirão para a polícia matar. E novas oportunidades surgirão para desrespeitarem casas religiosas de tradição afro. A menos que pastores e fiéis das Igrejas cristãs condenem tal modo de agir como sendo iníquo e contrário ao evangelho de Jesus que sempre defendeu acima de tudo a vida, protegeu os pequeninos e, acolhendo a todas as pessoas, se abriu a outras religiões e culturas. Viva São Pedro! Viva Xangô!
Nestes tempos de coronavírus e suas terríveis consequências, um livro cuja co-autora é a neta de Desmond Tutu nos sugere que olhemos para quem se habituou a superar as crises: a África e sua filosofia Ubuntu.
Ubuntu, la filosofía que ayuda a vivir mejor. Disponível aqui.
Verdade! Sinto isso muitas vezes!
Foto: Reprodução Facebook
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Breves do Facebook - Instituto Humanitas Unisinos - IHU