22 Abril 2021
O Papa Francisco será um dos oradores da Cúpula do Clima idealizada pelo presidente estadunidense, Joe Biden, e que será realizada nesta quinta e sexta-feira. A cúpula, articulada em sessões plenárias e trabalhos em grupo, inclui cinco áreas temáticas.
A reportagem é do Servizio Informazione Religiosa (SIR), 21-04-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
A intervenção do Papa Francisco, em conexão a partir do Vaticano, de acordo com a agenda divulgada pelo Departamento de Estado estadunidense, poderá ocorrer durante a segunda sessão, focada no investimento em soluções climáticas. Durante essa parte dos trabalhos, se falará de investimentos no uso das finanças públicas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, especialmente nos países em desenvolvimento, e serão avaliados os passos para alocar três trilhões de dólares de investimentos privados na transição para uma economia de emissões zero até 2050.
Joe Biden e a vice-presidente, Kamala Harris, abrirão a cúpula, que contará com a presença de 40 chefes de Estado, incluindo o presidente russo, Vladimir Putin, o presidente chinês, Xi Jinping, e também o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi.
Entre os oradores previstos, estão também o secretário da ONU, Antonio Guterres, os chefes da OTAN e do Banco Mundial, Bill Gates e outros executivos de empresas e ativistas comprometidos com a proteção do ambiente.
A Casa Branca está tentando reafirmar a liderança dos Estados Unidos na questão climática e encorajar outros países a se comprometerem a reduzir as emissões antes de 2030. Os Estados Unidos pretendem se comprometer a reduzir as emissões de carbono em 50% até 2030.
A cúpula ocorre logo depois que a União Europeia firmou um acordo provisório nos últimos dias sobre uma legislação climática radical, que visa a reduzir as emissões líquidas de gases do efeito estufa em 55% até 2030 em comparação com os níveis de 1990.
A cúpula convocada por Biden pretende trabalhar em quatro frentes: galvanizar os esforços das principais economias mundiais para reduzir as emissões e manter o objetivo de limitar o aquecimento a 1,5 graus Celsius; mobilizar os financiamentos do setor público e privado para orientar a transição para as emissões zero e ajudar os países vulneráveis a enfrentarem os impactos climáticos; destacar as vantagens econômicas da ação pelo clima, incluindo a criação de postos de trabalho e a garantia de que todas as comunidades se beneficiem com uma economia baseada na energia limpa; estimular as tecnologias para acompanharem os processos de redução das emissões e de adaptação às mudanças climáticas.
Biden quis convidar para a cúpula não só os países cujas economias produzem 80% das emissões globais, mas também os países que são afetados pelas consequências nefastas das mudanças climáticas.
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Papa discursará na Cúpula do Clima que começa nesta quinta-feira - Instituto Humanitas Unisinos - IHU