Cúpula do clima de Biden começa com metas ousadas e retomada do multilateralismo

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22 Abril 2021

 

Encontro sobre o clima é mensagem do governo Biden ao mundo sobre a valorização de temas ligados ao meio ambiente e tentativa dos EUA de voltar ao protagonismo internacional.

Com a convocação dos principais chefes de Estado para a Cúpula de Líderes sobre o Clima, o presidente americano, Joe Biden, sinaliza ao mundo que a agenda de sua campanha presidencial não vai ficar apenas no discurso. De acordo com analistas ouvidos pelo Estadão, o evento consolida a agenda ambiental de vez como prioridade do governo Biden, bem como marca a retomada dos Estados Unidos como protagonista do multilateralismo.

A reportagem é de Renato Vasconcelos, publicada por O Estado de S. Paulo, 22-04-2021.

A cúpula do clima será realizada entre quinta, 22, e sexta-feira, 23, em formato virtual. Quarenta líderes mundiais foram convidados a participar do evento, que reunirá em um mesmo palco os maiores emissores de carbono, países que já sofrem com os efeitos das mudanças climáticas e nações que desenvolvem práticas inovadoras sobre o tema.

“O primeiro objetivo (da cúpula) é sinalizar para o resto do mundo que os EUA estão interessados na agenda ambiental e voltaram ao debate internacional. Eles não vão mais ficar de lado, esperando. Biden quer tomar a liderança neste aspecto”, disse Carlos Poggio, professor de Relações Internacionais da Faap.

Do ponto de vista ambiental, o País já é alvo de severas críticas pelo insucesso em conter o desmatamento ilegal da Amazônia - o que certamente será cobrado durante a conferência, inclusive pelos EUA. Quanto ao aspecto político, a relação com os anfitriões está balançada desde a vitória democrata, questionada pelo presidente da República, que chegou a afirmar que o pleito foi fraudado.

“Não há nenhuma boa vontade no governo americano com relação ao governo brasileiro. A chapa Joe Biden/Kamala Harris é a primeira que assume o governo fazendo críticas ao Brasil antes mesmo de serem eleitos. Isso significa que o Brasil vai ter que mostrar ações concretas, porque o governo Biden é muito cético com relação aos compromissos que o governo Bolsonaro pode cumprir”, explica Carlos Poggio.

A íntegra da reportagem pode ser lida aqui.

 

Nota do Instituto Humanitas Unisinos – IHU

Quarenta líderes mundiais foram convidados a participar da cúpula e, entre os que confirmaram presença, estão os presidentes da China e da Rússia, Xi Jinping e Vladimir Putin, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, cujas nações estão entre os maiores emissores de CO2 do mundo. Além das nações poluidoras, foram convidados também líderes de nações que já são diretamente afetadas pelas mudanças climáticas, como Bangladesh, Jamaica e Quênia.

Estão confirmados entre os convidados os presidentes de Rússia, Brasil e China, Vladimir Putin, Jair Bolsonaro e Xi Jinping, respectivamente, países com quem Biden iniciou o mandato em atrito.

O Papa Francisco também participará do evento.

 

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