18 Fevereiro 2021
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O energúmeno não tem um currículo, ou seja não tem uma trajetória pessoal e profissional própria que possa apresentar ao público, mas sim uma ficha corrida, na qual fica explícito o que ele é, bem como o que representa: ele é uma nulidade civilizatória e representa o que há de pior na cultura política do país -- a truculência, o nepotismo, a misoginia, a homofobia, o racismo, a desconsideração das instituições democráticas, o desrespeito à lei, etc!
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É muita falta de sorte
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Imunidade 2. AI-5 começou aqui: 12.out.68
O procurador-geral da República, Décio Meireles de Miranda, entra no Supremo Tribunal Federal com um pedido de cassação do deputado Moreira Alves por "uso abusivo do direito de livre manifestação e pensamento e injúria e difamação das Forças Armadas, com a intenção de combater o regime vigente".
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Bolsonero
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Bolsonaro avança para o Golpe de Estado
Não dá para analisar de forma isolada a sequência de fatos dos últimos dias.
1- General Villas Boas publica um livro onde se gaba de ter chantageado o STF em 2018 para manter Lula preso contra a Constituição.
2- Ministro do STF, Edson Fachin dá uma entrevista se manifestando escandalizado com essa "revelação".
3- General Villas Boas tripudia comentando sobre Fachin: " 3 anos depois?".
4- Deputado Daniel Silveira grava um vídeo de 20 minutos enxovalhando o STF, e abertamente defendendo o golpe de estado, provocando deliberadamente a sua prisão e desafiando Fachin a prender o General Villas Boas.
5- Ao ser preso, a Polícia Federal, conivente, permite que ele grave novo vídeo dobrando a aposta.
6- Cabe à Câmara de Deputados decidir se a prisão será mantida e Silveira terá seu mandato cassado, ou se Silveira vence a parada e desmoraliza o STF.
Esta decisão é uma das últimas chances de salvarmos as liberdades democráticas no Brasil.
É disto que se trata.
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O miliciano grava vídeo dizendo que imaginou um ministro do STF tomando uma surra daquelas que faz gato morto miar. Ele ainda vai e faz adoração ao AI-5, num delírio-fetiche com homens de farda. Por tudo isso ele é preso, em fragrante e com mandato: foi preso por uma lei criada durante a ditadura. O defensor da ditadura, preso, entra com pedido de habeas corpus, instrumento que havia sido exterminado do cenário jurídico pela ditadura militar por meio do AI-5, o qual é defendido pelo bolsonarista miliciano preso.
Esse enredo só seria melhor se o bolsonarista miliciano tivesse sido preso usando uma fantasia meio medieval meio xamânica e meio boi-rebanho.
A extrema direita é lisérgica.
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O STF pode prender o pai do pior governador do Paraná. Apoia Daniel Silveira. Poderiam ficar na mesma cela.
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Cientista Natália Pasternak manda recado a Bolsonaro “retire seu traseiro do nosso dinheiro e use pra comprar vacinas”.
Obrigado, general Pezadello!
"Rio de Janeiro, Cuiabá e Salvador interromperam suas campanhas de vacinação por falta de doses. Outras capitais devem seguir pelo mesmo caminho, sem que haja uma previsão de reabastecimento por parte do Ministério da Saúde. A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) atribuiu o problema a uma “sucessão de equívocos” do governo federal, enquanto a Confederação Nacional de Municípios (CNP) pediu a demissão do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. (Globo)" Meio
O Brasil tem um chanceler reserva, milico para variar, porque o chancelelé Araújo não pode entrar à Argentina, não pode entrar à China e, a julgar pela carta recente do comitê de assuntos exteriores do Senado, também não pode entrar aos EUA.
Sim, pela primeira vez em sua história, o Brasil tem um chanceler barrado na China, na Argentina e nos EUA ao mesmo tempo! Agora me expliquem: esse mentecapto vai fazer política externa onde? Em Tuvalu?
É a devastação completa da outrora admirada diplomacia brasileira.
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Despindo a fantasia, antes mesmo de o Carnaval confinado chegar, caciques tucanos e do demo se rendem aos encantos do protofascismo bolsonarista, comprovando serem tão vendáveis quanto os profissas do "centrão", mas com faro "atrasado" diante das oportunidades de se locupletar.
ACM, jovem mas com extensa folha corrida na política fisiológica, afirmando “independência”, vê seu chefe de gabinete na Prefeitura contemplado com o Ministério da Cidadania - o que “fura poço” na conquista de votos, através do Bolsa Família -.
Eduardo Leite, por sua vez, governador tucano do Rio Grande do Sul, entrando no ônibus da política nacional, jã vai buscando lugar na janela. Disputa a pré-candidatura presidencial jogando em dois times simultaneamente. Com uma camisa, contesta Doria na luta interna, lembrando o BolsoDoria sob o qual se elegeu a duras penas governador de S.Paulo. Mas no essencial, não esquece o neoliberalismo sem peias que norteia as opções ideológicas do PSDB. E veste a outra camisa.
Afirma não incorporar a ideia de oposição sistemática ao governo por conta do alinhamento incondicional com sua macroeconomia. Ou seja, alinhamento com a essência mesma do neoliberalismo sem peias, privatista, anti-social, pró-grande capital, eixo ideológico dos tucanos. Às favas com louvações a torturadores e ameaças às ditas instituições republicanas.
Isso serve apenas para a retórica dissimuladora de um centro que só não é centrão por não gostar de ter imagem de ralé do baixo clero no plenário.
Ou seja, é tudo vinho de uma mesma pipa do chorume partidário. Tudo partes em trajes distintos, de grife ou de loja popular, de uma mesma Vulgar Direitona, com a qual não pode haver conciliação.
E da qual a esquerda só deve levar em conta as suas contradições e disputas de espaço internos, ofertando todas as condições para que o dissenso se consolide. Marcando sua própria posição e operando com a radicalidade necessária para que o sentimento do “que se vayan todos” não seja de novo aproveitado pela miliciana extrema direita.
Luta que Segue!!
13 de fevereiro de 2021
E, finalmente, algo positivo para se falar do Ricardo Salles! O exame de covid...
O que está faltando nessa foto!!
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Desordem e Regresso
A política brasileira desde dom João VI se orienta para superar o atraso. Até conservadores seguiam essa orientação. Nesse sentido, o governo Bolsonaro é inédito. É o primeiro que tem o retrocesso como bandeira e conta com quem acha que já fomos longe demais no "progresso".
A utopia política de Bolsonaro é regressiva; é retornar para um tempo em que as coisas estavam "bem". Os militares acham que era há 50 anos; os neoliberais, há 100 anos; os reacionários há 300. A máquina do tempo serve a muita gente, desde que fuja do presente e do futuro.
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O que diria você sobre esta charge?
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De fato, já estamos numa Ditadura Militar.
Leiam a mensagem que recebemos da empresa que fez o outdoor em Joinville SC.
Tanto a empresa exibidora quanto a nossa empresa, sofreu essa manhã ameaças contra o patrimônio de ambas, caso o conteúdo divulgado permaneça. Por esse motivo, a placa em Joinville será coberta até o início da tarde de hoje. Faremos a devolução do valor dessa veiculação. E também a partir de hoje não prestaremos mais esse serviço tendo em vista a integridade do nosso negócio. Mais darei todo o suporte ao material que está sendo veiculado até o momento.
Reforma Agrária para pobre é coisa de vagabundo, mas invadir terras de índios é agronegócio.
A luta dos Tembés
Financeirização versus desenvolvimento econômico.
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E quando um ateu entende mais de cristianismo do que muitos "cristãos".
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Juiz de Fora, a Pandemia joga a nosso favor, nos livrando de ouvir sermões de Dom Gil, na sua oposição a Francisco.
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Três bispos católicos romperam nesta semana com a fraternidade colegial atacando a CNBB, as igrejas do CONIC, aos irmãos fraternos, às pastoras e aos teólogos das várias igrejas que fizeram texto exemplar e profético em favor dos subalternos e desprezados pelos opressores no Brasil.
O atual bispo de Formosa, GO; o atual arcebispo de Juiz de Fora, MG e o arcebispo militar do Ordinariato militar em Brasília lançaram documentos eivados de falácias que demonstram total desconhecimento dos textos mais eminentes dos papas e dos Concílios. Surdos aos clamores do Espírito que nos quer unidos.
Todos os três prelados rasgaram o Evangelho de Jesus Cristo em claro posicionamento ideológico contra a comunhão na diversidade. ´É urgente superar o que está dividido pela força do Cristo Ressuscitado e não rasgar a túnica do Cristo ainda mais. Em lugar das palavras simbólicas que deles se esperava ouvir como prelados, escreveram documentos dia-bólicos (eivados de argumentos ad hominem, sem amor ao diferente, fechando os horizontes ao Deus Vivo e Verdadeiro).
Enquanto lançam essas palavras ocas ao vento, o povo em Manaus, AM sofre o maior genocídio da história do Brasil e uma nova cepa virótica do COVID-19 atinge de morte o povo brasileiro e faz os países do mundo fechar fronteiras ao Brasil.
Precisamos de pastores que estejam ao lado dos pobres, na luta por vacinas, por igrejas unidas que defendam a liberdade no caminho da justiça social. Precisamos de palavras de conforto e comunhão, não de sermões dos que se creem donos da verdade. Quaresma é o tempo favorável da conversão de cada um e uma de nós para o Deus Pai de Todos e todas. Tempo de abrir olhos e corações empedrados. De estudar mais e falar menos. De ir ao encontro de quem precisamos amar. A cruz de Cristo é a nossa salvação. Cristo é a nossa paz, shalom, amor e compaixão.
Acabo de ver o noticiário de ontem da TV Cultura sobre fraudes na aplicação de vacinas nos postos de saúde, com água destilada ou mesmo ar sendo inoculado nas pessoas. Ao mesmo tempo, amigos postam sobre a venda ilegal de doses de vacinas por até R$ 1.000,00 em bairros ricos da cidade.
Eu espero, sinceramente, que isso não seja verdade.
Mas a mera possibilidade disso nos emite um sinal dos tempos. O bolsonarismo liberou todos os demônios.
Que eu saiba, nunca alguém fraudou vacinas.
Papa Francisco ou Barbárie
É o título de um dos 58 livros da prateleira "San Francesco", sobre Bergoglio, numa livraria de Bari, capital da Puglia. Se na Argentina tem prateleira "peronismo", aqui tem seção de livros só sobre o pontífice.
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Texto muito bom de Alex Ross (de abril de 2018):
"Se a radicalização de Hitler ocorreu tão rapidamente quanto isto - e nem todos os historiadores concordam que aconteceu - a progressão tem uma semelhança inquietante com histórias que agora lemos rotineiramente nas notícias, de suburbanitos inofensivos e que amam gatos que assistem brancos - Vídeos nacionalistas no YouTube e depois junte-se a um grupo neonazista no Facebook. Mas o abraço de Hitler ao nacionalismo beligerante e anti-semitismo assassino não é, por si só, historicamente significativo; o que importava foi o seu dom para injetar aquela retórica no discurso mainstream. "Hitler: Biographie", de Peter Longerich, um tom de treze páginas que apareceu na Alemanha em 2015, dá uma imagem potente das habilidades de Hitler como orador, organizador e propagandista. Até aqueles que acharam suas palavras repulsivas ficaram hipnotizados por ele. Ele começaria tranquilo, quase interrompendo, testando seu público e criando suspense. Ele divertiu a multidão com asides sardónicas e imitações de ator. A estrutura musical era uma das crescentes em direção à raiva triunfante. Longerich escreve: "Foi este estilo excêntrico, quase pitiavel, involuntário, obviamente não está bem treinado, ao mesmo tempo extaticamente exagerado, que evidentemente transmitiu ao seu público a ideia de singularidade e autenticidade".
Acima de tudo, Hitler sabia como projetar-se através dos meios de comunicação social, apurando as suas mensagens para que penetrassem no ruído branco da política. Ele fomentou a produção de gráficos cativantes, cartazes e slogans; com o tempo, ele dominava rádio e filme. Enquanto isso, esquadrões de Brown Shirts brutalizaram e assassinaram adversários, aumentando a própria desordem que Hitler propuseram a cura. O seu mais adroit feat veio depois do fracassado Beer Hall Putsch, em 1923, que deveria ter terminado a sua carreira política. No julgamento que se seguiu, Hitler poliu a sua narrativa pessoal, a de um simples soldado que tinha ouvido o chamado do destino. Na prisão, ele escreveu a primeira parte de "Mein Kampf", na qual completou a construção da sua visão de mundo. (...)
O artista-político do futuro não vai se esconder na aura antiga de Wagner e Nietzsche. É mais provável que ele se inspire nos mitos recém-cunhados da cultura popular. O arquétipo do miúdo comum que descobre que tem poderes extraordinários é um familiar de histórias em quadrinhos e filmes de super-heróis, que brincam na adolescência sentindo que algo está profundamente errado com o mundo e que uma arma mágica pode banir o feitiço. Com um golpe, o inconspícuo forasteiro assume uma posição de supremacia, num campo de batalha de puro bem contra o puro mal. Para a maioria das pessoas, tais histórias permanecem fantasiosas, um meio de embelezar o quotidiano. Um dia, no entanto, um sonhador implacável, um solitário que tem uma "vaga noção de ser reservado para outra coisa", pode tentar transformar a metáfora em realidade. Ele pode estar lá fora agora, camuflado pela luz azul da tela de um computador, pronto, esperando".
Disponível aqui.
Precisamos atacar a raiz do problema, ou seja, zerar as emissões. Chega de desmatamento. Chega de combustíveis fósseis.
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Morreu Rush Limbaugh, aos 70 anos.
Quando morre um crápula, em geral, guardo silêncio em respeito a algum familiar ou amigo que exista por aí. Não será o caso com esse pulha, inclusive para que se entenda a importância dele.
Se você me perguntasse, como alguém que estuda retórica na política e mora nos EUA há 30 anos, qual é a pessoa que mais decisivamente formou a língua em que teve lugar a política americana destas 3 décadas, eu diria que foi Limbaugh. Mais que os Clinton, mais que os Bush, mais que Obama, mais que Trump. Retoricamente, este último não é senão um filhotinho de Limbaugh, inclusive.
Foi ele quem inventou o radialismo de extrema-direita como grande espetáculo na pólis. Sua crueldade chegava ao ponto de ler, para envergonhamento público, os nomes de gays e lésbicas mortos com HIV, para que seus enterros se transformassem em um inferno para os parentes.
Não me consta que tenha inventado, mas foi quem popularizou o termo "feminazi". Pela primeira vez, o rádio era usado para arregimentar hordas de fanáticos que saíam de casa para ir tornar impossível o trajeto de uma mulher que exercia seu direito legal de fazer um aborto. Foi o pioneiro das fake news como projeto diário, obsessivo, de martelar uma versão conspiratória da realidade como arma política contra um adversário.
Dali ao trumpismo foram 25 anos, mas na verdade um pulinho só.
Sei que no governo Clinton os Estados Unidos continuaram com política imperialista, bombardearam o Sudão e a Iugoslávia, não mudaram a política antipalestina etc., mas para nós, que vivemos no país, foi um período de paz e prosperidade, crescimento econômico, quase pleno emprego. O grande escândalo foi um boquete.
Ah, nesse boquete Limbaugh encontrou sua vocação de gordinho ressentido! Era nítida, na invectiva, o amargor do feioso ante o Presidente galinha e bonitão. Até mesmo nesse quesito, Limbaugh foi o precursor de Trump, em cuja ascensão cumpriu um papel central o ressentimento do balofo misógino ante um Presidente negro charmoso e com taxas de aprovação estratosféricas entre as mulheres.
Morreu o cabra cujo veneno regou o solo de toda essa merda que estamos vivendo. Que meus compatriotas gays/ lésbicas/ trans/ muçulmanos e "abortistas" o recebam, filho da puta, no mais-além em que você fingia que acreditava, com um bolo de cereja e chocolate para esfregar-lhe nas fuças, vestidos à la Village People e cantando YMCA.
Recomendo!
Nessa obra há um capítulo feito por Maiká Schwade.
A grilagem de terras na formação territorial brasileira - Ariovaldo Umbelino de Oliveira - (Organizador) - Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.
"Sinopse
A obra, escrita por muitas mãos, demonstra como a grilagem de terras está entranhada na sociedade brasileira e suas consequências para o futuro do país. É um alerta para que possamos desvendá-la ainda mais, por esses sertões que formam este Brasil. O livro aborda a questão dos Camponeses, quilombolas, indígenas e grileiros em conflitos no campo brasileiro; Cadeia Dominial: uma leitura da grilagem e da constituição da propriedade privada capitalista das terras; A metodologia da lentidão planejada, a luta pela retomada das terras griladas e o plano de um novo golpe contra a reforma agrária no Pontal do Paranapanema; Nacional por usurpação: a grilagem de terras como fundamento da formação territorial brasileira; Os processos de tomadas das terras de uso comum e de Resistências dos camponeses geraizeiros no oeste da Bahia; Ilegalidade em moto contínuo: o aporte legal para destinação de terras públicas e a grilagem na Amazônia; A grilagem judicial e o avanço da propriedade privada sobre as terras de uso comum nos gerais; e o Ordenamento territorial das margens de rodovias federais no Amazonas: 50 anos do Decreto-Lei 1.164/71."
Disponível aqui.
Gleice Oliveira
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