12 Janeiro 2021
Mais uma vez, o negacionismo da pandemia da Covid-19 e da importância da vacina tem provocado o posicionamento de Dom Walmor Oliveira de Azevedo. Num vídeo publicado nesta segunda-feira, 11 de janeiro, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB tem definido a pandemia da Covid-19 como “um deserto que todos nós, família humana, estamos atravessando, uma travessia difícil, angustiante”, lembrando que, oficialmente, já são mais de “200 mil mortes no Brasil, famílias enlutadas”.
A reportagem é de Luis Miguel Modino.
Desde o início da pandemia, a morte se tornou algo próximo de todos os brasileiros e brasileiras. Segundo Dom Walmor, “cada um de nós conviveu ou conhece alguém que perdeu a vida para a pandemia”. Diante dessa realidade, ele insiste em que “para vencer essa travessia precisamos caminhar juntos”, algo cada dia mais complicado num país onde a divisão tem se instalado como política de estado.
O presidente da CNBB lembra que “a ciência oferece-nos diferentes vacinas, fruto de muitas pesquisas”. Junto com isso, lembra que “muitos países já iniciaram campanhas de imunização e avançam no enfrentamento deste vírus, que é invisível, mas letal”.
Enquanto isso, no Brasil não está claro quando será que vai começar a vacinação. Por isso, o arcebispo de Belo Horizonte – MG, adverte que “nós não podemos ficar para trás”. Ele enfatiza em seu pronunciamento que “é urgente cobrarmos celeridade dos nossos governantes para o início da campanha de vacinação”. Num país onde as notícias falsas inundam as redes sociais e os aplicativos de mensageria, Dom Walmor insiste em que “não podemos nos deixar enganar por notícias falsas”. Está querendo ser transmitido à sociedade brasileira a ideia de que as vacinas podem provocar consequências graves na saúde da população, quando na verdade, como lembra o presidente da CNBB, “as vacinas, antes de chegar na população, são amplamente testadas por variadas equipes de cientistas independentes, sem compromissos ideológico-partidários”.
Não podemos esquecer, como lembra o arcebispo de Belo Horizonte, que “graças às vacinas, a humanidade venceu doenças e pandemias ao longo da sua história”, enfatizando que “os riscos de se vacinar são infinitamente menores do que as ameaças da doença que a cada dia mata mais pessoas”. Diante da situação da saúde pública, cada vez mais ameaçada no país, uma realidade que piorou ainda mais neste tempo de pandemia, Dom Walmor faz um chamado à população brasileira para que “insista junto às autoridades públicas para que fortaleçam o Sistema Único de Saúde, o SUS, para que cada pessoa, rica ou pobre, tenha direito a se vacinar”.
“A vacina nos ajuda a superar a Covid-19”, insiste o presidente da CNBB. Frente a isso, ele adverte que “a pandemia se tornará ainda mais perigosa se a desinformação prevalecer, afastando as pessoas da vacina”. Para poder superar a pandemia, Dom Walmor faz um pedido a todos os brasileiros, dizendo: “convença a seus familiares e amigos sobre a importância da vacina, evite compartilhar notícias falsas que busquem desacreditar a pesquisa científica”. Junto com isso faz um chamado a que “sejamos mais corresponsáveis uns pelos outros”, lembrando que isso “é dever cidadão, e especialmente um compromisso dos que professam a fé cristã”.
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“É urgente cobrarmos celeridade dos nossos governantes para o início da campanha de vacinação”, exige presidente da CNBB - Instituto Humanitas Unisinos - IHU