30 Novembro 2020
“Não adianta querer tapar o sol com a peneira. Foi a maior derrocada do PT nestes 40 anos e, para não ser surpreendido outra vez, seria bom que se preparasse melhor para as próximas eleições, de preferência, antes que as urnas falem” – Ricardo Kotscho, jornalista – Balaio do Kotscho, 30-11-2020.
“Eu preferia não ter razão, mas como repórter não posso brigar com os fatos. Estava na cara. O antipetismo ficou maior do que o petismo. Se o partido não descobrir e atacar as causas, renovar suas lideranças e programas, vai continuar andando para trás, porque mudou o mundo em que ele foi criado e se tornou o maior do país no começo do século. Só faltam dois anos para a próxima eleição” – Ricardo Kotscho, jornalista – Balaio do Kotscho, 30-11-2020.
“Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido, afirma que a legenda se recolocou em disputas relevantes e foi à final em mais municípios neste ano do que no pleito passado —foram 7 no segundo turno de 2016. Para ela, ainda há efeito da onda anti-PT, com ataques que agora foram usados até por antigos aliados. Lula, por ora, silenciou” – Painel – Folha de S. Paulo, 30-11-2020.
“O sentimento é de animação, não de euforia” – Alexandre Padilha – PT-SP – Folha de S. Paulo, 30-11-2020.
“O líder do PT na Câmara, Ênio Verri (PT-PR), admite que o resultado efetivo, de só 4 vitórias, “é pouco” e que ele esperava mais” – Painel – Folha de S. Paulo, 30-11-2020.
“Derrotada pelo primo João Campos (PSB) na disputa pelo Recife, Marília Arraes (PT) se diz pronta para outra. Assim que admitiu ter perdido, disse que disputará o governo de Pernambuco. E declarou: “A campanha começa amanhã” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 30-11-2020.
“Com a eleição de Edmilson Rodrigues em Belém (PA), a bancada do PSOL na Câmara dos Deputados terá maioria feminina pela primeira vez. Entrará no lugar dele Vivi Reis, que acabou de ser eleita vereadora na capital paraense” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 30-11-2020.
“A renovação de algum tipo de amparo para quem depende do auxílio emergencial é defendida até por guardiões das contas públicas, como Raul Velloso. Mas renovar o benefício ou ampliar o Bolsa Família ou o Renda Cidadã não pode voltar à fórmula "pobre x pauérrimo". Na equipe econômica, foi retomada a tentativa de estender o apoio às custas da não correção das aposentadorias. Isso é um plano, mas da própria extinção” – Marta Sfredo, jornalista – Zero Hora, 30-11-2020.
“O impulso de popularidade conquistado por Jair Bolsonaro nas camadas de baixa renda refluiu em algumas capitais. A variação não é generalizada, mas sugere que a melhora na aprovação do governo com o pagamento do auxílio emergencial enfrenta os primeiros sinais das derrapagens da economia” – Bruno Boghossian, jornalista – Folha de S. Paulo, 29-11-2020.
“O aumento da rejeição ao presidente entre os mais pobres ocorreu numa dimensão considerável em pelo menos dez cidades. A mudança foi registrada em pesquisas do Ibope nas eleições municipais, que também perguntaram a opinião do eleitor sobre o trabalho de Bolsonaro” – Bruno Boghossian, jornalista – Folha de S. Paulo, 29-11-2020.
“Que coragem! Uma guerra contra os Estados Unidos e seus aliados! Perto disso, “aquilo roxo”, de um nosso ex-presidente, vira ervilha!” – Jô Soares, humorista – Folha de S. Paulo, 29-11-2020.
“Se alguém dissesse que um dia o governo brasileiro arrumaria uma encrenca com o seu maior parceiro comercial, passaria por doido. Se esse maluco dissesse que a retórica do confronto seria alimentada por teorias da conspiração, seria internado. Os Bolsonaro acreditam que o atual embaixador da China está no Brasil para derrubar o capitão. Ele mesmo disse isso ao ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. Nas suas palavras, no livro “Um Paciente Chamado Brasil”, reproduzindo uma conversa que teve com o capitão em abril:
'Ele acreditava na teoria de que a China tinha inventado a pandemia, de que o embaixador chinês estava aqui para derrubá-lo e que esse mesmo embaixador havia sido o promotor dos protestos de rua em 2019 no Chile contra o presidente Sebastián Piñera, e tinha trabalhado para que o Mauricio Macri perdesse a eleição na Argentina. O embaixador chinês era um agente para desestabilizar a direita na América do Sul e promover a volta da esquerda, e ninguém tirava isso da cabeça dele. O coronavírus era parte do plano'” – Elio Gaspari, jornalista – Folha de S. Paulo, 29-11-2020.
“Esse estado de espírito disseminou-se no entorno do Planalto e o tenente-coronel indicado para uma diretoria da Agência de Vigilância Sanitária já curtiu uma mensagem na qual um empresário chamava o governador João Doria de 'China boy'” – Elio Gaspari, jornalista – Folha de S. Paulo, 29-11-2020.
“Pense em qualquer dos autores e envolvidos nas monstruosidades do governo Bolsonaro, incluídas as do próprio, e tente encontrar, entre eles, um que tenha sofrido as consequências devidas. É o governo das impunidades” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 29-11-2020.
"Aqui em São Paulo nós não estamos em segunda onda porque não descemos da primeira" - Eduardo Medeiros, médico, presidente da Sociedade Paulista de Infectologista, vendo com preocupação a proximidade do fim de ano, apostando na necessidade do governo estudar restrições às viagens, com olhar especial para o litoral e restringindo as festa de final de ano aos habitantes de uma mesma casa – Folha de S. Paulo, 29-11-2020.
“Acho que foi imprevisível. Nós não esperávamos esse novo crescimento da pandemia. Nenhum país esperava; a Europa não esperava a segunda onda. Aqui em São Paulo nós não estamos em segunda onda porque não descemos da primeira. O que nós temos é um aumento de casos e, agora, conhecendo melhor a situação, precisamos prever situações parecidas” - Eduardo Medeiros, médico, presidente da Sociedade Paulista de Infectologista, vendo com preocupação a proximidade do fim de ano, apostando na necessidade do governo estudar restrições às viagens, com olhar especial para o litoral e restringindo as festa de final de ano aos habitantes de uma mesma casa – Folha de S. Paulo, 29-11-2020.
“Até que tenhamos uma vacina eficiente com cobertura para uma parte significativa da população, passaremos por pequenas ondas. Vamos conviver com isso até o primeiro semestre de 2021” - Eduardo Medeiros, médico, presidente da Sociedade Paulista de Infectologista, vendo com preocupação a proximidade do fim de ano, apostando na necessidade do governo estudar restrições às viagens, com olhar especial para o litoral e restringindo as festa de final de ano aos habitantes de uma mesma casa – Folha de S. Paulo, 29-11-2020.
“O futebol oferece alegria e, como se isso não bastasse, ainda dá, a milhões de pessoas, talvez a única oportunidade que têm de dizer em toda a vida: eu ganhei” – Ricardo Araújo Pereira, humorista – Folha de S. Paulo, 29-11-2020.
“O jogo de Maradona era sempre uma demonstração de absolutamente justificada malandragem. Um Davi anafado de 1,65 metro contra os Golias mais brutos do campeonato italiano, espanhol e da Copa do Mundo” – Ricardo Araújo Pereira, humorista – Folha de S. Paulo, 29-11-2020.
“A seu favor só tinha substantivos abstratos: a habilidade, a agilidade, a fantasia. Contra a violência, a imaginação. E, às vezes, um gol com a mão, que isto não pode ser só poesia” – Ricardo Araújo Pereira, humorista – Folha de S. Paulo, 29-11-2020.
“De maio a agosto, o governo pagou, em média, R$ 49,7 bilhões por mês de auxílio emergencial e BEM. Em setembro, R$ 27,5 bilhões. Em outubro, R$ 24,1 bilhões. Em janeiro, desse total vão sobrar só os R$ 3 bilhões do Bolsa Família (incluído nessa conta). Até lá, para não haver um baque no consumo e um tombo muito ruim na vida dos mais pobres (tombo haverá), a massa salarial tem de crescer para compensar o buraco deixado pelos auxílios” – Vinicius Torres Freire, jornalista – Folha de S. Paulo, 29-11-2020.
“Problemas: 1) os próprios auxílios ajudam a criar trabalho. Não se sabe qual será o ritmo de recuperação do emprego com a redução desses pagamentos; 2) muita empresa não está demitindo porque fez contratos de estabilidade temporária ao reduzir salários (em parte pagos pelo BEM). Quando acabar esse prazo, o que vai ser? Nota-se pelas estatísticas do emprego formal que o número de demissões anda anormalmente pequeno (trata-se aqui do Caged, registros de admissões e demissões, não os do IBGE); 3) os trabalhadores que mais perderam emprego na epidemia foram os informais (empregados sem carteira ou por conta própria sem CNPJ) e os domésticos (1,6 milhão a menos de empregos, queda de 26% desde o início da epidemia, um massacre). São justamente os mais pobres, os que dependem mais do auxílio e os que terão dificuldades de arrumar algum bico até que a epidemia se dissipe. É o copo cheio e sujo de desigualdade, que vai piorar; 4) apesar da melhora de setembro, o número de pessoas ocupadas ainda era 11,2 milhões menor que em fevereiro e 11,3 milhões menor que em setembro do ano passado; 5) faltam na prática só três semanas, até o Natal, para se arrumar algum auxílio para os novos pobres e miseráveis” – Vinicius Torres Freire, jornalista – Folha de S. Paulo, 29-11-2020.
“Não, o mercado financeiro não está enxergando nenhum golpe, ou descontinuidade, mas vislumbra ao menos oito boas razões para presumir que a Presidência Bolsonaro iniciada em 2018 vai terminar diferente do que começou” – Gustavo Franco, economista, ex-presidente do Banco Central – O Estado de S. Paulo, 29-11-2020.
“O ocaso do populismo em escala global, iniciado nos EUA e criando um vento de fim de festa na Hungria como em Brasília; uma segunda onda de covid, ou simplesmente o desdobramento da primeira, com amplos impactos em escala global, e impactos relevantes na recuperação que o País vinha experimentando; mudanças nas lideranças das duas Casas legislativas e, consequente, revisão da equação de apoio parlamentar do governo. Talvez mesmo com reforma ministerial para atender ao “Centrão”. – Gustavo Franco, economista, ex-presidente do Banco Central – O Estado de S. Paulo, 29-11-2020.
O ministro da Fazenda parece uma sombra de si mesmo, não é mais o “infiltrado liberal”, mas alguém mais organicamente ligado ao projeto de poder da família Bolsonaro. O ministro não vai cair, mas não é mais o mesmo, ou ao menos, não é mais atacante nas pautas reformistas, mas um “meia de contenção”, focado em evitar retrocessos. O casamento arranjado com os liberais terminou, pois as entregas em matéria de privatização, abertura e reformas mais profundas foram pífias” – Gustavo Franco, economista, ex-presidente do Banco Central – O Estado de S. Paulo, 29-11-2020.
“O fim dos auxílios emergenciais, sem que se saiba o que vem no lugar; o fim das linhas especiais, e de outras tantas providências dependentes da vigência do estado de calamidade que se encerra oficialmente em 31 de dezembro; novos patamares de déficit primário e de dívida pública, o primeiro ultrapassando R$ 800 bilhões, e a segunda se aproximando de 100% do PIB; recrudescimento da inflação que, em novembro, pelo IGPM, alcançou estonteantes 24,52% no acumulado de 12 meses” – Gustavo Franco, economista, ex-presidente do Banco Central – O Estado de S. Paulo, 29-11-2020.
“Creio que muitas coisas boas podem sair dessa pandemia, muitos avanços tecnológicos. Por exemplo, a rapidez do desenvolvimento das vacinas, por parte da Pfizer e da Moderna (laboratórios cujos produtos estão em fase final de testes), que usam uma tecnologia do século 21, incrível, manipulando a genética para inocular-nos contra o vírus. Houve muitos outros avanços científicos durante a pandemia, que serão positivos para a humanidade. Por isso, pode-se considerar que foi um ano muito interessante” – Jason Silva, filósofo, apresentador de "Jogos Mentais" e "Origins", no canal a cabo NatGeo – Zero Hora, 28-11-2020.
“O mundo está sendo transformado diariamente pela tecnologia. A tecnologia muda de maneira exponencial. O ser humano pensa de forma linear. Então, há uma dissonância. Os executivos estão pensando praticamente de maneira linear, enquanto a tecnologia digital continua mudando exponencialmente. Requer imaginação. O instinto do ser humano é pensar de forma linear. Então, fica para trás. Você necessita expandir a sua imaginação para entender porque as tecnologias estão mudando de forma exponencial para que você também entenda que qualquer plano prático que tenha seja igualmente exponencial” – Jason Silva, filósofo, apresentador de "Jogos Mentais" e "Origins", no canal a cabo NatGeo – Zero Hora, 28-11-2020.
“O naturalista Edward O. Wilson disse que temos cérebros paleolíticos, temos leis medievais e tecnologia de deuses. Aí está o problema” – Jason Silva, filósofo, apresentador de "Jogos Mentais" e "Origins", no canal a cabo NatGeo – Zero Hora, 28-11-2020.
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