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90 mil mulheres negras disputam as eleições municipais, 23% a mais que em 2016

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01 Novembro 2020

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que 90.753 mulheres negras lançaram candidaturas nas eleições municipais deste ano. O número é 23% maior que as 73 mil candidaturas registradas em 2016. O levantamento envolve candidatas autodeclaradas pretas e pardas.

A reportagem é de Thais Rodrigues, publicada por Congresso em Foco, 30-10-2020.

A taxa de crescimento de candidaturas de mulheres negras é maior que o aumento global das candidaturas, que ficaram em 12%. Pela primeira vez, o número de candidatos negros é superior ao de brancos. No total, considerando homens e mulheres, são mais de 277 mil candidaturas negras em 2020, quase 10 mil a mais do que a de brancos. Mesmo com o aumento neste índice, os postulantes negros e negras ainda seguem sendo sub-representados.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 54% da população do país se autodeclara preta ou parda. No último Censo (2010), 49,7% das mulheres se autodeclararam negras.

(Foto: Instagram/Arquivo Pessoal)

Em se tratando de qualificação, cerca de 40% das mulheres negras candidatas em 2020 têm o Ensino Médio completo; 20% delas têm formação superior, um número maior que a taxa geral de mulheres negras com ensino superior. A pesquisa “Estatísticas de gênero”, divulgada pelo IBGE em 2018, mostra que o percentual de mulheres negras com o ensino superior completo é de 10,4%, valor 2,3 vezes menor que a de mulheres brancas (23,5%) e, mesmo trabalhando mais, as mulheres negras seguem ganhando expressivamente menos.

Antirracismo na prática

A assistente social Lauana Nara, 36, é mãe de dois filhos e tem origem em um bairro periférico de Belo Horizonte (MG). Ela tem trajetória semelhante às muitas mulheres negras que, para perseguir seus sonhos, precisam abdicar de sua vida familiar ou social. “Para fazer a campanha eu deixo meus filhos com meus familiares”, diz.

Atualmente, ela compõe a candidatura conjunta Mulheres Negras Sim (Psol-MG) com sua colega Tainá Rosa e pretendem ocupar cadeiras na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte. A Câmara da capital mineira não tem representação de mulheres negras. “Se você coloca nas redes que ‘vidas negras importam’ essa é a hora de colocar em prática votando em pessoas negras, dando voto de confiança nas nossas propostas, estando ao lado de quem pensa igual a você”, afirma Lauana.

No Norte do país, candidaturas como a de Nazaré Cruz (PT-PA), candidata a vereadora de Belém (PA), também marcam os novos rumos que a política tem tomado. Uma mulher negra comum, nascida e criada em uma família pobre, periférica e trabalhadora. “Sou o que se chama de ‘arrimo de família’, ou seja, eu mesma sou a responsável pela minha casa, onde moro com meu filho de nove anos”, conta. Se eleita, ela pretende pautar a economia solidária, criar espaços para produção de arte, cultura e lazer e discutir o direito à moradia.

Trajetória

Para a cientista política e mestra em direitos humanos, democracia, construção de identidades e movimentos sociais, Nailah Neves Veleci, a candidatura das mulheres negras enfrenta dois obstáculos: o racismo estrutural e o patriarcalismo. Ela explica que o ultimo é uma imposição de uma estrutura de poder a povos que não eram patriarcais. Como indígenas e africanos, que eram matriarcais. “Alguns povos até tinham outras formas de poder, como a senioridade”, afirma.

Veleci explica que uma das primeiras ações afirmativas que existiram foi a inclusão da história negra nas escolas. "Depois temos as cotas raciais nas universidades, o que faz com que mais pessoas negras possam acessar o ensino superior. Assim, como consequência tem-se médicas negras, advogadas negras, filósofas negras, que passam a questionar ainda mais as estruturas do governo e as políticas públicas. Entramos nestas eleições com este cenário, para pautar o racismo em diversas áreas”, explica.

Divisão proporcional dos fundos de campanha

Em agosto, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou que o dinheiro do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral seja destinado de forma proporcional às campanhas de candidatas e candidatos negros. Apesar da decisão motivar autodeclarações que antes não existiam, essa foi uma conquista do movimento negro no ambiente político e não ofusca as discussões essenciais.

“O que nós queremos é mais direito, que tenhamos condições dignas de trabalho e de atuação política dentro de nossas comunidades”, diz Lindinalva de Paula, candidata a vereadora de Salvador (BA).

Movimentos como o Mulheres Negras Decidem, e institutos como o Marielle Franco e o UpDate são algumas das iniciativas criadas para auxiliar na visibilidade de mulheres negras que querem mudar a política nacional. Todas estas ações contam com pesquisas, tratamento de dados e estudos sociológicos para oferecer material formativo para as mulheres darem início e seguimento às suas campanhas. Em uma pesquisa chamada Eleitas- mulheres na política, o Instituto UpDate, de São Paulo, percorre diversos países com realidades distintas para falar sobre a inovação política das mulheres eleitas na América Latina. Já em um projeto denominado Im.pulsa, foi construída uma plataforma digital gratuita com formação política e consultorias para mulheres negras que desejam ser candidatas e não têm verba para se qualificar.

Fabiana Pinto, articuladora política do movimento Mulheres Negras Decidem e pesquisadora do Instituto Marielle Franco, ressalta a importância dessas organizações para narrar e documentar quais os projetos políticos que essas mulheres querem para o Brasil. “Fomentar a candidatura de mulheres negras é fundamental para o processo de país que todas nós queremos. A gente precisa transformar esse boom de candidaturas de pessoas negras em maior número de pessoas negras eleitas de fato”.

 

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