23 Setembro 2020
O ator Michael Lonsdale, de 89 anos, morreu no início da tarde de segunda-feira [21 de setembro] em sua casa em Paris.
A reportagem é publicada por Le Progrès, 22-09-2020. A tradução é de André Langer.
Nascido em 1931 de uma relação entre um oficial inglês e uma francesa, Michael foi criado em Londres e depois no Marrocos. Retornando a Paris em 1947, sem certificado de estudos ou bacharelado, terá encontros decisivos que lhe permitirão subir ao palco, trabalhando, de modo especial, com a atriz Delphine Seyrig ou com o diretor Samuel Beckett.
Em seus 60 anos de carreira, encarnou mais de 200 papéis no cinema, dividindo-se entre filmes experimentais e populares, o teatro ou mesmo a televisão. Ele aparece especialmente em filmes de Michel Deville, Gérard Oury, Jean-Pierre Mocky ou mesmo François Truffaut.
Ele também foi premiado em 2011 com o César de melhor ator coadjuvante por seu papel de Irmão Luc, monge livre e heroico assassinado em Tibhirine, em “Homens e Deuses”, de Xavier Beauvois (Grande Prêmio de Cannes em 2010).
Ele apareceu novamente em 2015 em um filme de Bouli Lanners, “Primeiros e últimos”, e, finalmente, no ano passado, no curta-metragem para a Ópera de Paris “Degas et Moi”, de Arnaud des Pallières.
Reação do cardeal Barbarin
Uma longa carreira, que vai de “Beijos Proibidos” a “007 contra o Foguete da Morte”.
Sua longa carreira o viu também atuar sob a direção de François Truffaut em “Beijos Proibidos” em 1968, assim como interpretar o vilão em “007 contra o Foguete da Morte”, um James Bond de 1979.
Michael Lonsdale s’en est allé !
— Cardinal Barbarin (@CardBarbarin) September 21, 2020
Hier, j’ai eu la grâce de lui donner le sacrement des malades, un vrai réconfort dans sa souffrance. Il en était vraiment heureux !
Merci en particulier de nous avoir si bien « donné » la figure du frère Luc de Tibhirine ! +PB pic.twitter.com/BAlGfdO8Sb
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