17 Julho 2020
“Deus é amor” não é uma “marca” que pode ser registrada como exclusiva de uma igreja. Foi o que decidiu o juiz Rodrigo Carlos Alves de Melo, da 1ª Vara de Brotas, no interior de São Paulo, num processo movido pela Igreja Pentecostal Deus é Amor contra denominação fundada por pastor dissidente.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
O pastor dissidente, Reginaldo Gaudêncio, abriu em 2019 a Igreja Pentecostal Deus é Amor Renovada, Ministério de São Paulo. Líderes da denominação fundada por Davi Miranda (falecido em 2015) ingressaram na Justiça para impedir que a nova denominação usasse o nome “Deus é Amor”, sob a alegação de que a concorrente teve por objetivo confundir os fiéis, atraindo-os para a entidade.
Além da marca, que foi registrada no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual em 2002, a igreja de Davi Miranda exigia uma indenização de 50 mil reais, informou o colunista Rogério Gentile, da Folha de S. Paulo.
A defesa da Igreja Deus é Amor Renovada argumentou que a expressão é bíblica e não concerne, pois, uso exclusivo por uma denominação. Ainda cabe recurso.
A Deus é Amor fundada por Davi Miranda em 1962, tem mais de 22 mil templos espalhados pelo Brasil e filiais em 136 países. Ela congrega em torno de 1,1 milhão de fiéis.
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Igrejas disputam na Justiça uso de termo bíblico - Instituto Humanitas Unisinos - IHU