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11 Dezembro 2015

Com uma bíblia numa mão e um punhado de fiéis a seu lado, o pastor Abelardo Lino Silva, de 38 anos, resolveu enfrentar a Deus é Amor, a sétima igreja pentecostal mais poderosa do Brasil. O alvo da disputa é um imóvel próximo à entrada da Rocinha, uma das favelas mais populosas da América Latina, onde, segundo dados não oficiais, convivem mais de 150.000 almas. A história começa cinco anos atrás, quando Abelardo, depois de duas décadas de serviço e vários périplos pela África como missionário da igreja, foi designado pastor para aquele imóvel que a congregação usava como templo havia mais de 20 anos. Mas sua missão de "ganhar almas para Deus" não superou os três meses. “Um dia, e eu ainda não sei qual é o motivo, a diretora, a filha do fundador, Débora Miranda, me ligou e me disse que não podia ser mais pastor da igreja. Desde então não retornaram mais minhas ligações”, lembra Abelardo.

A reportagem é de María Martín, publicada por El País, 10-12-2015.

No culto que se seguiu àquela ligação, Abelardo alçou os braços e contou aos fiéis que ia abandoná-los e aí começou uma pequena revolução. Cansados, dizem, de ver como o dízimo que entregavam religiosamente saía integralmente para a organização em São Paulo enquanto eles tinham que levar ao templo o papel higiênico de casa, os devotos encorajaram o pastor a resistir. “É muito dinheiro mas você não via que eles fizessem nada pela comunidade”, relata Abelardo, caçula de seis irmãos e criado em uma família humilde de Nova Iguaçu, no Rio.

Nesse tempo, o pastor fundou uma nova fé, a Igreja Pentecostal Missão de Resgatar Vidas, e usou o dízimo para levantar mais dois andares no imóvel original, montar uma creche gratuita para que as mães da comunidade possam trabalhar, oferecer auxílio aos dependentes de drogas e comprar a merenda a jovens na corda bamba da criminalidade e que só lhe escutam se estiverem de estômago cheio. Os fiéis relatam que quando têm problemas para pagar o aluguel, precisam comprar remédios, ir ao hospital ou resolver um conflito familiar a porta de Abelardo sempre se abre.

“É o único pastor presente. Daqui só saiu dinheiro por 20 anos. Tentaram nos tirar o único líder que fazia bem à comunidade, então resolvemos tirar a instituição e ficar com o líder. Tinha uma época que nem podíamos sentar nas cadeiras de tão quebradas que elas estavam. Fomos lesados e enganados, o certo seria que eles nos indenizassem agora”, relatam atropeladamente Luciana, Regina, Isaura, Maria da Penha, Nildete e Aureceia, que invadiram todas juntas o escritório do pastor durante a entrevista. A Igreja Pentecostal Deus é Amor foi fundada em 1967 pelo missionário Davi Miranda e na época batizada pela imprensa de seita. Hoje conta com mais de 22.000 templos espalhados pelo Brasil e em outros 136 países.

Abelardo, com seus sapatos de ponta de couro, que dificilmente sai de seu papel de obreiro de Jesus eternamente abençoado, afirma que a decisão da Igreja o entristeceu pois afirma ter dado muito por ela. “Quando voltei da África [ele mostra os selos no seu passaporte de Moçambique, África do Sul e Zimbawe] fiquei muito doente, um problema de estômago que eu sofro até hoje”.

A batalha entre devotos está prestes a se resolver e é possível que os rebeldes percam diante a Justiça terrena. A última sentença, de setembro deste ano, apoiava a causa de Deus é Amor e decretava a reintegração de posse do imóvel. O conflito ainda reside em apontar quem é realmente o proprietário do local. Enquanto a Igreja afirma à reportagem que tem a posse e que muitos dos seus fiéis cobram há anos a volta de Deus é Amor ao templo, os seguidores de Abelardo mostram os papéis que provariam que o templo foi cedido pela comunidade para a evangelização, mas não entregue. “Isto nunca foi deles, foi comprado com nosso dízimo. A gente não tinha um pastor e deixamos que eles [Deus é Amor] ocupassem. E agora eles querem tirar o que é nosso? Se for preciso a gente fecha a Niemeyer [principal avenida que une a favela com os bairros ricos da Zona Sul]!”, exclama Regina de Fátima Leandro, de 63 anos, uma das cerca de 140 obreiros da nova fé.

Abelardo, na sua última chance, recorreu à decisão da Justiça. “Se chegar a ordem judicial, tudo o que foi plantado vai sumir”, anuncia, para concluir com a passagem bíblica da perseguição de Saul contra o rei Davi, vencedor da mítica batalha contra Golias. O texto descreve um Saul possuído pela ira diante a admiração do povo e da própria família por Davi o que levou a Saul, predecessor de Davi como rei de Israel, a perder a razão. “Se te mostrares fraco no dia da peleja, tua força será pequena”, reza Abelardo. “Seja forte e corajoso que Deus estará contigo”.


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