10 Julho 2020
A organização de ajuda humanitária ACT Aliança, vinculada ao Conselho Mundial de Igrejas (CMI), adquiriu, através da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese), sua parceira no Brasil, 3.269 cestas básicas que foram distribuídas para 41 comunidades indígenas do Amazonas, Acre, Maranhão, Rondônia, Pará, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
Alimentos, produtos de higiene e álcool em gel são itens que integram as cestas básicas. Outras 900 cestas ainda serão adquiridas e distribuídas. Vulnerabilidades sociais e econômicas e a histórica violação do direito às terras ancestrais colocam povos indígenas na mira do covid-19, denuncia o portal da Cese.
Dados oficiais da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, registravam, em 4 de julho, a morte de 171 indígenas e 7.598 infectados pelo coronavírus. Já o Comitê Nacional pela Vida e Memória Indígena contabilizou, no dia 5 julho, outros números: 426 mortes e 11.385 contaminações, atingindo 124 povos.
A nota da Cese assinala que “um dos grandes fatores para a contaminação é o contato criminoso crescente com não indígenas (como garimpeiros), que invadem as terras dos povos originários”. Lembra, também, que o desmatamento da Amazônia em abril foi o maior dos últimos dez anos, com um aumento de 171% em relação ao mês de abril de 2019.
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Comunidades indígenas recebem cestas básicas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU