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“O subsolo é tão selvagem e diversificado como a mata tropical”. Entrevista com Will Hunt

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15 Mai 2020

Há mais de uma década Will Hunt, jornalista independente e professor de escrita criativa na Universidade Columbia, explora o subsolo. “Sinto-me privilegiado por ter visto muitos espaços extraordinários, cavernas sagradas, lugares secretos e túneis perdidos, onde poucas pessoas podem ir”. Subterráneo (Crítica) é a história dessa busca, um livro fascinante de aventuras intraterrestres. Fala-nos de homens-toupeira, de uma mulher chamada Brooklyn, que há 30 anos vive nos esgotos de Nova York, de elegantes festas à luz de velas nas catacumbas de Paris, de sua expedição com uma equipe de microbiologistas da NASA, em busca das origens da vida, de quando desceu em minas de 35.000 anos, na Austrália, com uma família aborígene, de nossos cultos... O subsolo nos recorda quem somos, como humanos, e o que compartilhamos.

A entrevista é de Ima Sanchís, publicada por La Vanguardia, 13-05-2020. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Conte-me sobre o seu amor pelo subsolo...

É a paisagem mais abstrata do planeta, metade das cavernas ainda não foi descoberta, existem bunkers secretos, fósseis pré-históricos e é povoado por visionários e excêntricos. Os cientistas chamam aos espaços subterrâneos de A Zona Escura.

Todo um mundo sob nossos pés.

O subsolo é o nosso túmulo, mas também uma matriz. É um lugar de medo e refúgio. Um aterro depósito de resíduos e de tesouros. Contém nossos mistérios mais desorientadores e nossas mais brilhantes revelações. Desde que existimos, contamos histórias de mundos subterrâneos.

Como começou seu próprio fascínio?

Aos dezesseis anos, descobri um túnel de trem abandonado debaixo de minha casa, um grande espaço proibido com estalactites que desciam do teto. A primeira vez que entrei, fiquei aterrorizado. Mas algo mexeu comigo, assim começou uma obsessão: a exploração subterrânea, que persigo por mais de 20 países.

Leve-me com você...

Em uma de minhas primeiras expedições em Nova York, um amigo explorador urbano e eu abrimos um bueiro no Brooklyn e entramos em uma tubulação de esgoto.

Nossa!

Inicialmente, recuei. O ar estava quente, meus óculos embaçaram. Havia longas e pegajosas cadeias de bactérias penduradas no teto e rangidos. Mas na medida em que caminhávamos pela escuridão, as coisas mudaram.

Conte, conte...

O cheiro era terroso, como o de uma velha granja. A água que fluía ao redor de nossos pés era, na realidade, uma corrente antiga que há muito tempo corria na superfície. Foi uma experiência íntima em um mundo desconhecido.

Fale-me das pessoas do subsolo.

Conheci tribos americanas que afirmam que seus antepassados tiveram origem no subsolo, artistas que passaram suas vidas pintando em lugares profundos e escuros, onde ninguém podia ver seu trabalho, monges budistas que meditam em buracos escuros. A relação da humanidade com estes espaços é tão antiga, tão enraizada e primitiva, que ativam algo sub-racional.

Que experiência lhe provocou mudança?

O lugar mais especial que visitei, talvez, tenha sido uma mina sagrada, Wilgie Mia, no interior da Austrália. Contém ocre, o vermelho mais profundo, puro e aveludado já visto, é como o lugar onde nasceu o vermelho.

Os aborígenes acreditam que é o sangue de seus antepassados. Na medida em que descíamos, a luz do sol entrava e as paredes, que absorviam o som, pareciam palpitar, era como se nos movimentássemos dentro de um sonho.

Como é o mundo subterrâneo de Paris?

Eu o percorri de sul a norte, durante três dias, dormindo no subsolo. Nas catacumbas (mais de 300 km), um grupo de cataphiles me mostrou moradias secretas de pedra repletas de belas pinturas e câmaras gigantes, com móveis talhados em pedra. Inclusive, em uma sala tinham montado um cinema com bancos de pedra.

E seus habitantes?

Um de meus primeiros amores subterrâneos foi um homem de Londres que se dispôs a cavar um porão debaixo de sua casa e descobriu que não conseguia parar de cavar. Desbloqueou algum tipo de compulsão. Cavou por quarenta anos.

Singular.

O que eu descobri é que ele não estava só. Em todo o mundo, havia homens-toupeira. Todo um grupo de indivíduos, mais do que possa imaginar, que são escavadores compulsivos.

Há vida nas profundezas.

O subsolo é tão selvagem e diversificado como uma mata tropical. Pequenas criaturas que vivem em temperaturas fervendo, as mais resistentes do mundo. Alguns microbiologistas suspeitam que, em peso, pode haver mais vida sob a Terra do que na superfície. Pense: os habitantes da superfície podem ser minoria!

A vida começou aí?

Há evidências que sugerem que, há 4 bilhões de anos, as primeiras criaturas emergiram da terra e colonizaram a superfície.

Tememos, mas a escuridão nos fascina.

Caso observe os estudos antropológicos, verá uma prática universal de xamãs, profetas, videntes, oráculos fechados em cavernas por períodos prolongados para obter a sabedoria sagrada. Existe uma sabedoria antiga que nos diz que o caminho para a luz é para baixo.

A dimensão espiritual do inframundo.

Visitei uma caverna de 14.000 anos, no sudoeste da França. Havia duas esculturas de argila de bisontes, a seu redor, centenas de pegadas paleolíticas que os arqueólogos acreditam que são os restos de uma dança ritual. No fundo de meu coração, podia sentir uma espécie de comunhão. Agachando-me na escuridão, diante do bisonte, descobri que me escorriam lágrimas.

Até mesmo o ateu mais recalcitrante diminui a voz em uma caverna, porque em algum lugar de seu inconsciente reconhece esse lugar como sagrado.

Qual é a lição do subsolo?

Recorda-nos que a realidade é mais profunda do que vemos. Que o mundo sempre é maior, estranho e misterioso.

 

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