Querida Amazônia: 40 dias navegando rumo à conversão - 17º Dia

Saber cuidar da vinha do Senhor e não pensar que tudo é exclusivamente nosso

Foto: Unsplash

13 Março 2020

 

Dia 17 de Navegação - 13 de março - sexta-feira da 2a. Semana da Quaresma

 

Saber cuidar da vinha do Senhor e não pensar que tudo é exclusivamente nosso

 

Petição permanente para a conversão sinodal no início de cada dia

Que o Deus Trinitário, exemplo de vida em comunhão, ajude-nos a sonhar com uma Igreja sinodal, onde saibamos descobrir os sinais dos tempos e a presença de um Deus encarnado de diferentes maneiras, em diferentes lugares. Um Deus que nos ajude a discernir sua presença e anunciá-lo em todos os cantos, também entre os que vivem mais distantes; ser uma Igreja em saída, que vai ao encontro, que escuta e dialoga com todos. Que procuremos o bem para todos aqueles com quem nos encontramos todos os dias e saibamos como trazer de volta para a Amazônia e para todos os lugares onde estamos tudo o que vivimos no processo sinodal, fazendo realidade o que Deus espera por nós.

Medite por alguns instantes esta petição inicial, buscar a calma interior para entrar neste momento de conversão da Amazônia pelas águas da sinodalidade, a serviço do Povo de Deus e seus povos e comunidades, e escutar o chamado de Deus através da sua Palavra Viva. 

 

Fragmento de uma Leitura do Dia

(Cada um é convidado a aprofundar as leituras completas de acordo com sua própria necessidade e critérios)

Jesus disse aos sumos sacerdotes e anciãos do povo: “Escutai esta outra parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, cavou nela um lagar para pisar as uvas e construiu uma torre de guarda. Ele a alugou a uns agricultores e viajou para o estrangeiro. Quando chegou o tempo da colheita, ele mandou os seus servos aos agricultores para receber seus frutos. Os agricultores, porém, agarraram os servos, espancaram a um, mataram a outro, e a outro apedrejaram. Por fim, enviou-lhes o próprio filho, pensando: ‘A meu filho respeitarão’. Os agricultores, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e tomemos posse de sua herança!’. Então agarraram-no, lançaram-no fora da vinha e o mataram. (…) Por isso vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e entregue a um povo que produza frutos” (Mt 21,33-46).

 

Reflexão na Perspectiva do Processo Sinodal Amazônico

Saber cuidar da vinha do Senhor e não pensar que tudo é exclusivamente nosso. Não somos donos, apenas inquilinos; não podemos querer tudo só para nós mesmos, sem pensar que Deus quer uma parte, não para Ele e sim para aqueles que são seus favoritos, os pequenos e os pobres.

Quantos defensores e defensoras da Casa Comum, da Amazônia, são espancados, mortos, apedrejados, quanto sofrimento para aqueles que vieram lembrar aos vinhateiros de que a vinha não é deles, que já tinham o suficiente com a sua parte e não que poderiam ficar com a vinha para sempre. Somos chamados a uma mudança de vida, que nos ajude a entender que o cuidado é a base de nossas relações, que não podemos ter atitudes que acabem com a vida de ninguém e de nada. Deus continua enviando seus servos para receber seus frutos, vamos continuar matando-os?

 

Contemplação

Vamos contemplar a imagem deste dia e dedicar um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e no serviço à Amazônia para pedir luz nesta Palavra de Deus e, assim, trazer de volta tudo o que vivemos. Escreva seus pedidos particulares e permaneça neles durante esse dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito lhe provoca como uma preparação interna para assimilar melhor o processo sinodal.

 

Meditação Final (Querida Amazônia, 48)

“O equilíbrio da terra depende também da saúde da Amazônia. (…) Quando se elimina a floresta, ela não é substituída, ficando um terreno com poucos nutrientes que se transforma em um território desértico ou pobre em vegetação. Isso é grave, porque, nas entranhas da floresta amazônica, subsistem inúmeros recursos que poderiam ser indispensáveis para a cura de doenças. (…) O grito da Amazônia chega a todos, porque a “conquista e exploração de recursos (...) hoje chega a ameaçar a própria capacidade acolhedora do ambiente: o ambiente como ‘recurso’ corre o perigo de ameaçar o ambiente como ‘casa’”. O interesse de algumas empresas poderosas não deveria ser colocado acima do bem da Amazônia e da humanidade inteira.”.

 

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