01 Março 2020
Que o Deus Trinitário, exemplo de vida em comunhão, ajude-nos a sonhar com uma Igreja sinodal, onde saibamos descobrir os sinais dos tempos e a presença de um Deus encarnado de diferentes maneiras, em diferentes lugares. Um Deus que nos ajude a discernir sua presença e anunciá-lo em todos os cantos, também entre os que vivem mais distantes; ser uma Igreja em saída, que vai ao encontro, que escuta e dialoga com todos. Que procuremos o bem para todos aqueles com quem nos encontramos todos os dias e saibamos como trazer de volta para a Amazônia e para todos os lugares onde estamos tudo o que vivimos no processo sinodal, fazendo realidade o que Deus espera por nós.
Medite por alguns instantes esta petição inicial, buscar a calma interior para entrar neste momento de conversão da Amazônia pelas águas da sinodalidade, a serviço do Povo de Deus e seus povos e comunidades, e escutar o chamado de Deus através da sua Palavra Viva.
(Cada um é convidado a aprofundar as leituras completas de acordo com sua própria necessidade e critérios)
Jesus foi conduzido ao deserto pelo Espírito, para ser posto à prova pelo diabo. Ele jejuou durante quarenta dias e quarenta noites. Depois, teve fome. O tentador aproximou-se e disse-lhe: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães!” Ele respondeu: “Está escrito: ‘Não se vive somente de pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus’”. Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o no ponto mais alto do templo e disse-lhe: “Se és Filho de Deus, joga-te daqui abaixo! Pois está escrito: ‘Ele dará ordens a seus anjos a teu respeito, e eles te carregarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra'”. Jesus lhe respondeu : “Também está escrito: ‘Não porás à prova o Senhor teu Deus’!” O diabo o levou ainda para uma montanha muito alta. Mostrou-lhe todos os reinos do mundo e sua riqueza, e lhe disse: “Eu te darei tudo isso, se caíres de joelhos para me adorar”. Jesus lhe disse: “Vai embora, Satanás, pois está escrito: ‘Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele prestarás culto’”. Por fim, o diabo o deixou, e os anjos se aproximaram para servi-lo. (Mateus 4,1-11).
Não nos deixe cair em tentação. Todos os dias pedimos a Deus, pois sabemos que somos limitados, somos conscientes de que esse perigo está presente na vida de todos e todas. O desejo de dominação está instalado no subconsciente humano desde o início da humanidade, mas, em vez de ir deixando de lado essa tentação, está cada vez mais presente nas decisões pessoais, sociais, econômicas e políticas.
Acima do ter deve estar o bem viver, que busca a realização não apenas pessoal, mas, principalmente, comunitária. Esse Deus que quer cuidar de todos, também nos adverte que se jogar no penhasco significa colocar em risco não apenas nossas vidas, mas a da humanidade e da Casa Comum como um todo. Em uma sociedade que adora as riquezas e aqueles que as possuem, somos desafiados, como discípulos e discípulas, como homens e mulheres de boa vontade a construir um mundo melhor para todos e todas, a tornar realidade o Reino de Deus.
Vamos contemplar a imagem deste dia e dedicar um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e ao serviço da Amazônia para pedir luz nesta Palavra de Deus e, assim, trazer de volta tudo o que a gente já viveu. Escreva seus pedidos particulares e permaneça neles durante esse dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito suscitar em nós como preparação interior para assimilar melhor o processo sinodal.
“É importante que sejamos conscientes da força do neocolonialismo que está presente em nossas decisões cotidianas e no modelo de desenvolvimento predominante, expresso no crescente modelo agrícola de monocultura, em nossos modos de transporte e no imaginário do bem-estar a partir do consumo que vivemos na sociedade, que tem implicações diretas e indiretas na Amazônia”.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Querida Amazônia: 40 dias navegando rumo à conversão - 5º Dia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU