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“No society”, defesa da sociedade ocidental, de Christophe Guilluy

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18 Fevereiro 2020

No society. El fin de la clase media occidental (Taurus, 2019), o ensaio do geógrafo francês Christophe Guilluy é um livro que, sem dúvida, merece ser debatido. Não tem a intenção de defender nenhuma ideologia, mas de expor alguns fatos aos quais os europeus estão irremediavelmente expostos”, escreve Enrique García-Máiquez, formado em direito pela Universidade de Navarra, em artigo publicado por Nueva Revista, 13-02-2020. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Deve seu título a uma frase de Margaret Thatcher. Em sua defesa do liberalismo econômico e da eficácia da administração, a primeira-ministra inglesa disse que “não havia sociedade”. Isso já despertou os alarmes do recentemente falecido Sir Roger Scruton. Este atribuiria a expressão, mais que a um individualismo radical de Thatcher, à falta - também preocupante - de uma filosofia com a qual articular esse ideal comunitário e patriótico que, sem dúvida, ela sentia, mas que era incapaz de defender pelo desdém ou a ignorância das ferramentas intelectuais.

O desaparecimento da classe média ocidental não se mede apenas por indicadores econômicos e sociais, mas também e sobretudo pela perda de um status, de uma referência cultural – Christophe Guilluy, citado por Enrique García-Máiquez

A importância dessa bagagem de pensamento está comprovada agora. Sua ausência nos levou à situação atual, na qual, como uma profecia que se autorrealizou, não há sociedade. Christophe Guilluy expõe com sistematicidade científica como a classe média ocidental enfrenta o desafio premente de sua sobrevivência.

Acrescenta análises qualitativas: “O desaparecimento da classe média ocidental não se mede apenas por indicadores econômicos e sociais, mas também e sobretudo pela perda de um status, de uma referência cultural”. Veja o desejo dos políticos atuais de representar as minorias, as identidades alternativas e as margens sociais.

Diante do tópico que fala da classe média como “os perdedores da globalização” e contra o triunfalismo de um Warren Buffett, que presumiu: “Há uma luta de classes, é um fato. Mas é a minha classe, a classe dos ricos, que está travando esta guerra e está vencendo”. Guilluy considera que ainda há muito o que jogar. O contra-ataque da classe média está desconcertando aos prematuramente proclamados vencedores da globalização.

Se o mundo de cima não é mais capaz de se responsabilizar pelos interesses do mundo de baixo, a própria sociedade chega a seu fim - Christophe Guilluy, citado por Enrique García-Máiquez

No society detecta “a grande secessão: a do mundo de cima que, abandonando o interesse comum, mergulha os países ocidentais no caos da sociedade relativa”. É evidente que “em nenhum país há classes dominantes que tenham subtraído tanto como as nossas de sua história, de sua cultura, de seu marco nacional”. As elites ocidentais aspiram a uma existência “sem laços nacionais, tributários, sociais, culturais... nem, talvez, amanhã, biológicos”.

Explica Guilluy: “Hoje ‘a nobreza já não obriga’. Tendo rompido o elo entre o mundo de cima e o de baixo, que constitui a própria existência da sociedade, as classes dominantes e superiores já não buscam mais formar sociedade, mas, sim, a secessão […] Pois bem, se o mundo de cima não é mais capaz de se responsabilizar pelos interesses do mundo de baixo, a própria sociedade chega a seu fim”.

O ensaio revela que essas atitudes acarretam a fuga. O poder atual “tenta a fuga de Varennes”, sugere, lembrando Maria Antonieta ultrapassada pela Revolução Francesa, tentando ignorar a realidade. Cada vez mais histriônicos louvores à globalização nada mais são do que a máscara da secessão das burguesias que tentam sair dos marcos nacionais (onde se deve exercer a solidariedade) e se juntar aos marcos supranacionais (onde as leis de mercado governam).

A classe dominante, a mesma que hoje chora lágrimas de crocodilo pela ineficiência de seu modelo [migratório], facilitou a explosão pelos ares dos modelos de integração - Christophe Guilluy, citado por Enrique García-Máiquez

O abandono se reflete na renúncia em solucionar os problemas reais, além de alguns retoques cosméticos e demagógicos. “Pantomimas”, as chama Guilluy. Por exemplo, lamentar uma taxa de crescimento demográfica muito baixa e, ao mesmo tempo, recusar implementar políticas para incentivar a natalidade. “O crescimento exponencial do endividamento é um bom indicador da irresponsabilidade das classes dominantes” e o fato de que, para exibir a todo custo crescimento positivo, tenham incorporado ao PIB a prostituição e o tráfico de drogas. Essa hipocrisia aparece em toda parte: “A classe dominante, a mesma que hoje chora lágrimas de crocodilo pela ineficiência de seu modelo [migratório], facilitou a explosão pelos ares dos modelos de integração”, expõe.

Antes dos líderes

O vazio deixado pelo abandono do bem comum não encontra substitutos que funcionem. As elites assumem, consciente ou inconscientemente, sua impotência. Portanto, “a realidade é que hoje a classe dominante busca menos preservar a sociedade do que ganhar tempo, inclusive rejeitando ou freando a aplicação dos resultados das urnas do referendo europeu de 2005 às eleições italianas de 2018”.

Segundo Guilluy, “é o mundo de cima que está perdendo sua hegemonia cultural. O soft power invisível do mundo de baixo é o convidado inesperado à globalização”. Embora, mais que perder a hegemonia cultural, a classe de cima, apesar de decisiva, não consegue penetrar nas amplas camadas da sociedade. Deparou-se com o instinto de sobrevivência da classe média. As classes dominantes criaram “um muro de contenção popular ligado ao bem comum”, e justamente “quando seu modelo político está exausto”.

Como reação, segundo nosso autor, “o mundo de cima se tranquiliza superestimando o papel de alguns políticos e intelectuais”. Mas essas figuras famosas da direita alternativa “não influenciam em nada a opinião pública, muito pelo contrário: se alimentam dela [...] Essas questões não ressurgem como consequência da propaganda e das fake news de alguns populistas malucos, mas, sim, do diagnóstico do mundo daqueles de baixo”.

Se a ideologia dominante está se afundando, não é porque tenha perdido uma guerra de propaganda, mas porque nenhum modelo que entre em contradição com os interesses da maioria pode durar - Christophe Guilluy, citado por Enrique García-Máiquez

Isso tem uma dupla transcendência, teórica e prática. Primeiro, porque implica um relativo fracasso gramsciano. Dominar a cultura e os meios de comunicação não está dando os resultados desejados: “Se a ideologia dominante está se afundando, não é porque tenha perdido uma guerra de propaganda, mas porque nenhum modelo que entre em contradição com os interesses da maioria pode durar”, diz Guilluy.

A consequência prática é que os líderes nada mais são do que a ponta do iceberg. Analisar e atacar esses fenômenos segundo a categoria e o perfil de seus cartéis políticos é ignorar a imensa massa de realidade submersa.

Para além dos líderes

Essa nova situação pode frustrar a fuga das elites que precisam de uma retaguarda segura e credível. Consequentemente, estão reagindo e tentando novas estratégias. Detecta o autor de No society que “como a arma do antifascismo é cada vez menos eficaz, agora a classe dominante usa uma técnica de confusão mais sutil para se proteger: a desculpa de que tudo ‘é muito mais complicado do que isso’”.

No Ocidente, a técnica da demonização de opiniões é, acima de tudo, uma advertência a qualquer intelectual, universitário ou responsável econômico que pretenda estender as mãos para as classes populares - Christophe Guilluy, citado por Enrique García-Máiquez

Guilluy, que não faz juízos de valor nem opções políticas, alerta que “o populismo não é um acesso de febre irracional, mas a expressão política de um processo econômico, social e cultural de fundo. [...] a vontade dos mais modestos de preservar o essencial, seu capital social e cultural. Apresentado pelas classes dominantes como populista (entenda-se fascista), esse movimento é, na realidade, profundamente democrático”. Consequentemente, “como o antifascismo de opereta, ‘é muito mais complicado do que isso’ revela o empobrecimento do pensamento de cima”.

A complexidade é o último refúgio dos não solidários, que querem escapar do conceito-chave que articula a recuperação da sociedade: o bem comum. Os vasos comunicantes entre o bem comum e o senso comum relacionam este livro com La filosofía se ha vuelto loca, de Jean-François Braunstein. É uma sinergia essencial: Guilluy argumenta que a rebelião das classes médias precisará de apoio intelectual para arbitrar e enraizar suas propostas, desejos e necessidades.

De fato, considera que “a demonização não aponta tanto para os partidos populistas ou seu eleitorado (definitivamente perdido aos olhos da classe dominante) como para o segmento das classes superiores e intelectuais que poderia se sentir tentado por essa solidariedade de classe e, assim, criar as condições de mudança. No Ocidente, a técnica da demonização de opiniões é, acima de tudo, uma advertência a qualquer intelectual, universitário ou responsável econômico que pretenda estender as mãos para as classes populares”.

É o acerto que Christophe Guilluy ainda reconhece nas elites atuais: seu bloqueio ao necessário apoio intelectual, cultural e criativo que a classe média precisa, para além de seus eventuais líderes políticos. Sem esse arcabouço teórico (e este livro contribui para ele), a sociedade dissolvida não poderá se reconstruir.

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