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“Ao mestre com carinho”. José Aldemir, em memória

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30 Novembro 2019

“José Aldemir recordava que 'na Amazônia ninguém migra de contente'. Muitas vezes utilizou esta frase para justificar a necessidade do que ele denominava de 'destaturalização das migrações na Amazônia'”, escreve Márcia Maria de Oliveira, professora na Universidade Federal de Roraima - UFRR e assessora da Repam.

Eis o artigo.

Ao mestre com carinho (To sir with love), é o título de um filme de 1966, em que alunos de um bairro operário de Londres, fazem uma homenagem ao professor Mark Thackeray agradecendo-lhe por os ter ensinado a ser responsáveis corajosos. Utilizo este título para agradecer ao professor doutor José Aldemir de Oliveira, que nos deixou no último dia 22 de novembro.

José Aldemir, deixa para trás um importante legado teórico-científico sobre a geopolítica da Amazônia com ênfase no estudo das cidades vinculado ao Núcleo de Estudos e Pesquisas das Cidades na Amazônia – NEPECAB da Universidade Federal do Amazonas, o qual coordenou por muitos anos com sua equipe de pesquisadores/as que envolvia colegas professores/as e alunos/as de doutorado, mestrado e graduação.

Neste artigo, gostaria de fazer memória e agradecer este colega recolhendo e compartilhando alguns fragmentos de seus 65 anos de vida vinculados direta ou indiretamente à Amazônia. Isso porque o amazonense em questão em algumas ocasiões se afastou da Amazônia para estudos, como ocorreu recentemente para realizar seu pós-doutorado na Universidade de Coimbra, em Portugal.

José Aldemir construiu um currículo acadêmico extenso. Foi professor da UFAM desde 1985 dedicando-se aos cursos de graduação em Geografia, de Pós-graduação Sociedade e Cultura na Amazônia e ao Mestrado em Geografia desenvolvendo estudos sobre as cidades e os rios na Amazônia, moradia, geohistória das cidades amazônicas e embrenhou-se até pela geografia da Saúde. Em 1994, concluiu seu doutorado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo e defendeu a tese intitulada Cidades na Selva: Urbanização das Amazonas. Em 2000 publicou a tese com o livro ‘Cidades na selva’, pela editora Valer.

De 2003 a 2013 conciliou o ofício acadêmico com atuação na gestão de Ciência e Tecnologia atuando como diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM. Na sequência assumiu a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Amazonas e a reitoria da Universidade do Estado do Amazonas.

Além da vida acadêmica e da atuação na gestão institucional, José Aldemir sempre esteve muito ligado às questões sociais e atuou ativamente na assessoria dos movimentos sociais, de maneira especial àqueles vinculados à Igreja Católica. Em janeiro de 2000, organizou e publicou uma coletânea de textos referentes ao Documento da Comissão Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB intitulado ‘A Igreja Arma sua tenda na Amazônia: 25 Anos do Encontro Pastoral de Santarém’. Essa publicação lhe rendeu muitas assessorias às comunidades de base, pastorais sociais, grupos de estudos.

Sempre se manteve fiel à contribuição na formação das pastorais sociais da Arquidiocese de Manaus. De modo especial, atuou por décadas na formação dos novos missionários/as no Curso Realidade Amazônica vinculado ao Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino Superior da Amazônia - ITEPES.

Em 2004, juntamente com os jesuítas Cláudio Perani (falecido em 2008) e Roberto Jaramillo, com a professora Ivânia Vieira, integrou a equipe (da qual tenho grande orgulho de também ter participado) de organização do processo de fundação do Serviço de Ação, Reflexão e Educação Social – SARES, ao qual dedicou-se por muitos anos contribuindo com a formação das lideranças populares.

Em 2014 tive a graça de contar com sua participação na minha banca de defesa da tese de doutorado. Na ocasião, o professor José Aldemir recordava que “na Amazônia ninguém migra de contente”. Muitas vezes utilizou esta frase para justificar a necessidade do que ele denominava de “destaturalização das migrações na Amazônia”. Durante sua arguição dizia: “Eu ainda vejo no texto desta tese o vocábulo fenômeno migratório. Ora, o fenômeno é da natureza. Migração não é da natureza. A tese fala de deslocamentos humanos e não de borboletas ou passarinhos. Dessa forma, é preciso revisitar os conceitos à luz dos estudos migratórios e conceituar novamente as migrações no campo ao qual elas pertencem”. E concluía afirmando com admirável segurança teórica: “na Amazônia, migração é tudo, político, econômico, cultural e até religioso, menos um fenômeno natural”.

Essas arguições e todo o volume de sua obra muito contribuíram para o aprofundamento da questão migratória na Amazônia. Não somente na minha trajetória, mas, pela quantidade de citações dos seus trabalhos publicados em livros e nas mais variadas revistas científicas, percebe-se que ele influenciou na formação de muita gente, não somente na Amazônia. Seus textos são conhecidos em muitas regiões do Brasil e mundo afora.

Para concluir, compartilho alguns fragmentos do artigo ‘a invenção geográfica da Amazônia’ que José Aldemir publicou em. Na parte final do texto ele afirmava “na Amazônia, é preciso compreender que as espacialidades pretéritas e presentes resultam das duras condições de vida, mas também da resistência, da força inquebrantável para a construção de uma nova vida que não é necessariamente melhor ou pior, mas é uma outra vida. Estas ações que se concretizam e se objetivam no espaço social (aqui contraposto ao espaço abstrato) quase sempre são desconsideradas, pois estão eivadas de coisas simples, transmutadas numa sensação de extrema obviedade pela frequência do estar sempre por aí e porque quase sempre a nossa preocupação é com as carências e com as perdas. Para superar essa visão, que de certo modo predomina nas análises sobre a Amazônia, deve-se analisar além das macroestruturas, as coisas simples e a vivência do dia-a-dia”. Referência: OLIVEIRA, José Aldemir de (1954-2019). A invenção geográfica da Amazônia. Fortaleza: GeoUECE, v.3, n.5, Jul/Dez 2014.

Por fim, uma certeza: o legado de José Aldemir continuará muito vivo e presente na formação teórico-acadêmica das gerações atuais e futuras. A Amazônia agradece sua vida semeada e germinada nas ruas das grandes e pequenas cidades, nas margens dos rios e florestas, nas rodas de conversa nas comunidades das periferias, nos variados espaços de reflexão geopolítica e nos mais altos acentos da academia.

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