Operação fecha garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Apyterewa (PA), uma das mais invadidas do país

Mais Lidos

  • O Papa Francisco desafiou os teólogos. Mas somos ousados o suficiente para responder? Artigo de Agbonkhianmeghe Emmanuel Orobator

    LER MAIS
  • Por um novo humanismo planetário. Artigo de Edgar Morin

    LER MAIS
  • A denúncia da ONU: “Os palestinos em Gaza vivem em total horror”

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

30 Outubro 2019

Agentes da PF, Ibama, PM e MPF encontraram cerca de 1 milhão de metros quadrados sendo explorados por máquinas pesadas e contaminados por mercúrio.

A reportagem é publicada por Ministério Público Federal no Pará, 28-10-2019. 

Uma área de cerca de um milhão de metros quadrados, dentro da Terra Indígena Apyterewa, estava tomada por garimpeiros ilegais trabalhando com maquinário pesado e material tóxico para retirar ouro. A descoberta foi feita em operação que reuniu agentes da Polícia Federal (PF), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), da Polícia Militar (PM) e do Ministério Público Federal (MPF). A terra indígena do povo Parakanã, entre os municípios de São Félix do Xingu e Altamira, no Pará, é hoje uma das mais invadidas do país.

(Créditos: MPF e PF)

Conhecido como “Pista Dois”, o garimpo ilegal teve as atividades paralisadas pela operação. Foram encontradas sete pás carregadeiras, um trator e dez conjuntos de motores-bombas, todos instrumentos para escavar o solo da floresta em busca de ouro. Também foram encontradas armas, munição e mercúrio, o produto extremamente tóxico que é usado para separar o ouro nas atividades de mineração ilegal.

O maquinário de grande porte foi inutilizado durante a operação, como prevê a legislação ambiental para equipamentos usados em crimes ambientais, quando a fiscalização não tem meios para apreender e guardar o material. A PF estima que as máquinas encontradas valiam pelo menos R$ 2 milhões, o que indica pessoas de grande poder econômico por trás da operação do garimpo. Os garimpeiros que estavam no local fugiram para a floresta ao verem a aproximação dos agentes públicos e por esse motivo não foram efetuadas prisões, mas foram encontrados documentos que permitem a identificação dos donos do garimpo ilegal.

O MPF acompanhou a operação e agora, com o fechamento do garimpo, o trabalho dos investigadores será para identificar todos os envolvidos no crime e responsabilizá-los perante a Justiça pelos crimes e também pelos danos provocados pela atividade ilegal. Pelas leis brasileiras, responsáveis por crimes ambientais são obrigados a financiar a recuperação da área que degradaram.

Terra Indígena Apyterewa, entre os municípios de São Félix do Xingu e Altamira, no Pará. (Reprodução: Google Maps)

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Operação fecha garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Apyterewa (PA), uma das mais invadidas do país - Instituto Humanitas Unisinos - IHU