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Livro sobre guerras culturais cristãs e pagãs leva suas metáforas longe demais

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28 Setembro 2019

"Será que a adesão a uma visão moral cristã ou bíblica necessariamente coloca alguém exclusivamente de um lado particular das guerras culturais? Opiniões diferentes produziriam um alinhamento diferente? Realmente, existe só uma visão?", questiona Michael Sean Winters, em artigo publicado por National Catholic Reporter, 25-09-2019. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Essa é a segunda parte de uma análise do mais recente livro de Steven Smith.

Acesse aqui a primeira parte da análise.

Pagans & Christians in the City: Culture Wars
from the Tiber to the Potomac
Autor: Steven D. Smith
Editora: Wm. B. Eerdmans Publishing Company
Ano: 2018, 408 páginas, US$ 48,00

Eis o artigo.

Há poucos dias, comecei a minha resenha do livro Pagans and Christians in the City: Culture Wars from the Tiber to the Potomac, de Steven Smith, e concluí em um ponto onde Smith, tendo pesquisado o paganismo antigo, volta a sua atenção para o cristianismo e onde reflete por que esta religião não poderia ser assimilada ao panteão romano como as demais religiões.

Smith sustenta que a “diferença crucial” não era o monoteísmo versus politeísmo, mas “a relação daquelas deidades [pagãs] com o mundo e até, podemos dizer, com o status metafísico delas. (...) A religião pagã situa o sagrado dentro deste mundo. Nesse sentido, o paganismo pode consagrar o mundo a partir de dentro; religiosamente ele se relaciona a um sagrado imanente. O judaísmo e o cristianismo, diferentemente, refletem uma religiosidade transcendente; põem o sagrado, em última instância, fora do mundo: ‘além do espaço e do tempo’”.

Deixando de lado o fato de que os antigos tinham deuses que, por exemplo, influíam no amor, na guerra e nas marés, tentando fazer sentido do mistério da pessoa humana e da por vezes hostil natureza – espécie de transcendência de voo baixo –, será que Smith considerou a doutrina cristã da encarnação?

Podemos errar ao dizer que o gênio do cristianismo e do judaísmo é que eles reconhecem a necessidade de um Deus que é tanto presente quanto evasivo. Gênio é um atributo humano, e este insight para com o divino nos foi relevado primeiro em uma sarça ardente e, depois, em uma estribaria em Belém. Mas faz parte do gênio da tradição intelectual do catolicismo tender no sentido do “tanto um quanto o outro” em vez de “ou um, ou outro”. Raramente Smith adverte o leitor de que as suas categorias binárias são porosas. Tal não iria ajudar este guerreiro cultural a aborrecer as tropas.

Esta incompreensão da própria essência do judaísmo e do cristianismo não seria um problema se Smith não fizesse da distinção entre uma religião imanente e uma religião transcendente um quadro central para tudo o que vem depois. Um enquadramento confuso como esse de sua tese central não deve surpreender que outros problemas mais se sigam.

Smith nota que “os cristãos (e também os judeus) desfizeram efetivamente a sacralização pagã do mundo e, em seu lugar, efetuaram uma ‘dessantificação da natureza’ como explicou [o Rabino] Heschel”.

Mesmo assim, fazemos uso do pão, da água e do óleo em nossos sacramentos, e a Páscoa é comemorada com ervas amargas. Não me inicie nos poços sagrados da Irlanda, ou nas seitas de alguns santos! Para ser justo, o autor mais adiante observa que “muitas noções e práticas pagãs conseguiram ser batizadas, por assim dizer”, mas sem deixar esta observação ruir sua tese. Os muitos exemplos de imanentismo cristão recebem apenas alguns poucos parágrafos.

Depois de citar o pedido de Tertuliano para que os cristãos fossem tratados como bons sujeitos, como eram os que aderiam às demais religiões, Smith escreve: “Fosse presciente de um modo sobrenatural, Tertuliano poderia ter formulado a sua proposta em termos rawlsianos”. Isso ultrapassa o limite de uma observação transcultural interessante alcançando o pântano de um anacronismo histórico sem sentido.

A falta de fluência histórica de Smith em breve chega a proporções ridículas.

“O cristianismo tem os seus próprios e diferentes recursos para permitir ou acomodar várias crenças e religiosidades, mas, de novo, há limites (como ficaria aparente depois que o cristianismo passou a ser a religião preferida do Império)”, escreve ele. “No longo prazo, o dualismo cristão – ou o seu compromisso com duas cidades, cada uma com a sua própria jurisdição – evoluiria para uma aceitação de uma ‘separação da Igreja e do Estado’ que funcionou para permitir a existência, mais ou menos pacífica, de uma ampla diversidade de fés e antifés. Mas levaria séculos para que esse tipo de separação se desenvolvesse. E se poderá sobreviver ao apagamento ou à rejeição de seus fundamentos cristãos permanece incerto”.

Ó, foi assim que aconteceu? Smith erra sobre o cristianismo primitivo assim erra sobre o cristianismo moderno. Junto de cada impulso dualista nas epístolas paulinas e nos padres da Igreja, existem vários exemplos em contrário. Consideremos Colossenses 1,16 (“porque nele foram criadas todas as coisas”) ou João 1,3 (“Tudo foi feito por meio dela [a Palavra]”), e os padres da Igreja oriental para os quais o dualismo era um anátema e cujo sentido de maravilhamento diante da autorrevelação graciosa de Deus encontrar-se-ia no centro da renovação da teologia do ressourcement do século XX.

Li muitos livros que se me apresentam como bobos. Na página 244 e seguintes, Smith move-se do bobo para algo mais lamentável. Só alguém cegado pelos próprios preconceitos, ou simplesmente desonesto, escreveria isto:

“Nesse sentido, então, o paganismo moderno não difere tanto do paganismo antigo das classes com formação, que, pelo contrário, consideravam os mitos como ‘fábulas mentirosas’ e frequentemente viam os deuses como símbolos de uma realidade espiritual. Primeiramente, o ‘paganismo moderno’ seria uma variação moderna do tipo de religiosidade imanente ou do ‘paganismo filosófico’ exposto pelo personagem Balbo no diálogo de Cícero sobre os deuses (e pelo próprio Cícero, pelo menos de acordo com a sua própria profissão)”.

A reiteração contemporânea óbvia de que deveríamos sustentar a ideia de deuses, muito embora achemos que eles sejam fábulas, não é o mundo de Barbara Ehrenreichs e Richard Dworkins, como dá a entender Smith. Esse tipo de hipocrisia grosseira fica mais óbvio nos fiéis que procuram fazer com que a Bíblia seja ensinada nas escolas públicas por causa de sua significação histórica, ou que estão dispostos a rodear o menino Jesus com o Papai Noel e seus duendes para que haja uma estrebaria em local público. Concordo que é impossível entender a história ocidental se se ignora a Bíblia, mas as crianças de terceira série do ensino fundamental não têm ainda aulas de historiografia, e ter uma consciência histórica não é o verdadeiro objetivo do “temos que ter de volta a Bíblia nas escolas públicas”, defendida por uns.

Smith observa que “para alguém como Barbara Ehrenreich, o Outro ou a Presença brilha pelo mundo em ‘todas as suas incontáveis manifestações’”. Uma anotação que fiz à margem assim diz: “Ou para de Lubac ou Levinas, não?” O autor continua: “Parece ser uma variação moderna da declaração de Balbo de que o ‘universo é deus’”. Talvez seja somente um reconhecimento, comum na pós-modernidade, que os deuses da razão pura foram considerados insuficientes e que o secularismo passou a entender que existe um mistério a respeito da vida e do cosmos, muito embora não divinize, em nenhum sentido significativo, este cosmos.

No fim, a cegueira de Smith, intencional ou não, faz parte da típica qualidade de “o copo está sempre meio vazio” para os argumentos dos guerreiros culturais conservadores. O enquadramento binário que faz de questões culturais complexas é material para frases de caminhão, aquelas que ilustram as suas carrocerias, ou de adesivos de carros em suas traseiras: “De um lado da divisão, os proponentes favorecem uma concepção de moralidade sexual que se alinha, de modo discernível, com as compreensões cristãs ou, de maneira mais geral, bíblicas”.

Será que a adesão a uma visão moral cristã ou bíblica necessariamente coloca alguém exclusivamente de um lado particular das guerras culturais? Opiniões diferentes produziriam um alinhamento diferente? Realmente, existe só uma visão? Perguntas assim assombram a última parte do livro. Esta obra, tão promissora em seu começo, acabou por ser mais uma arenga em que as metáforas, rasteiras e simplistas, escurecem as questões em jogo ao invés de iluminá-las.

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