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Cinquenta anos atrás, o homem na Lua. Pálida luz dos nossos sonhos. Artigo de Guy Consolmagno

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22 Julho 2019

"A empreitada de pousar na Lua vai além da ciência. Ao ir à Lua, pudemos olhar para trás de nós mesmos com uma nova perspectiva. De fato, as imagens mais importantes das missões lunares foram as fotografias da Terra, vistas como uma pequena bola de mármore com uma sutil atmosfera azul onde a vida, incluindo a vida humana, deve sobreviver. Aquelas imagens nos mostraram um mundo frágil, mas também um mundo sem fronteiras". 

O comentário é do irmão jesuíta Guy Consolmagno, diretor do Observatório do Vaticano, em artigo publicado por L'Osservatore Romano, 19 e 20-07-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

“Aqui, fala com vocês, astronautas, do observatório de Castel Gandolfo, perto de Roma, o Papa Paulo VI. Honras, saudação e bênção para vocês, conquistadores da Lua, pálida luz das nossas noites e dos nossos sonhos! Levem a ela, com sua presença viva, a voz do espírito, o hino a Deus, nosso Criador e nosso Pai. Estamos perto de vocês com nossos votos e nossas orações. O Papa Paulo VI cumprimenta vocês, junto com toda a Igreja Católica.”

Era uma noite de domingo, 20 de julho de 1969, quando São Paulo VI dirigiu estas palavras aos astronautas da Apollo 11. Uma televisão havia sido colocada na cúpula do telescópio vaticano Schmidt, o mais novo e maior dos quatro domos do telescópio usados pelo Observatório nos jardins papais de verão de Castel Gandolfo; para o Papa, foi uma pequena viagem de sua residência de verão no Palácio pontifício. De lá, ele olhou para a Lua através de um dos telescópios do Observatório e, em seguida, às 22h17min de Roma, viu os astronautas pousar e ouviu a famosa frase: "A Águia pousou". Depois disso, ele se juntou aos outros líderes mundiais conversando com os astronautas na lua.

Um dos atuais membros do Observatório estava presente naquele evento há cinquenta anos. O jesuíta Chris Corbally, que na época tinha 23 anos e ainda não era membro titular da equipe do Observatório; ele estava passando o verão ali enquanto estudava para sua graduação em astronomia.

"Eu me lembro distintamente", conta o Padre Corbally, que agora estuda espectroscopia estelar com o telescópio vaticano de última geração no Arizona. "Eu estava nos jardins de Castel Gandolfo, em pé no terraço entre as cúpulas do Observatório Vaticano Schmidt e os telescópios Carte du Ciel, cercado por técnicos de televisão Rai, e olhava um monitor com uma conexão especial dos EUA que acabava de transmitir o pouso do módulo lunar da Apolo 11. Na cúpula Schmidt estava o papa Paulo VI que assistia à mesma transmissão do pouso e cumprimentava os astronautas. Ele era assistido por Monsenhor Benelli (então Substituto da Secretaria de Estado) e pelo diretor do Observatório do Vaticano, Padre Daniel O'Connell. Que momento!”

Além de saudar os astronautas em inglês, São Paulo VI também leu uma bênção em italiano para a missão, relembrando as celebrações mundiais inspiradas no pouso na Lua e desejando honras especiais para todos aqueles que tornaram o pouso possível. Depois o papa cumprimentou as outras pessoas nas cúpulas do telescópio.

"O papa veio ao terraço para agradecer à equipe de televisão por tornar possível a transmissão terra-lua." O padre Corbally recorda: "todos os presentes formaram uma fila para cumprimentar o Papa e receber uma medalha de agradecimento. Naturalmente, juntei-me à fila e fui devidamente apresentado ao Papa pelo padre O'Connell. Ele explicou que eu era um jesuíta britânico, que eu estudava física na Universidade de Bristol e estava interessado em fazer parte da equipe do Observatório. Você pode imaginar como guardei como tesouro a medalha que recebi naquela ocasião" (ele confiou a custódia aos pais).

Desde aquela noite de cinquenta anos atrás, nossa compreensão da Lua e até mesmo do próprio Observatório vaticano mudaram consideravelmente. O palácio de verão do papa é agora um museu aberto ao público. O telescópio Schmidt foi fechado em 1982, vítima da poluição luminosa cada vez mais grave que impossibilitava observações astronômicas rigorosas. Mas o prédio que o abrigava se tornou um centro para visitantes, como o que estava próximo, o telescópio Carte du Ciel de 1891, agora completamente restaurado e funcional para observações ocasionais do céu noturno.

A própria sede do Observatório em 2009 deixou o Palácio Papal; a nossa nova sede, no fundo dos jardins, agora abriga um laboratório onde os meteoritos e as amostras lunares são estudados. O jesuíta Robert Macke, curador da coleção de meteoritos, visitou várias vezes o Centro Espacial Johnson, em Houston, para examinar as amostras da Apolo 11 ali armazenadas, incluindo rochas trazidas pelos astronautas. E outros astrônomos do Vaticano, como o padre Corbally, agora trabalham com um moderno telescópio no Arizona.

Da mesma forma, também pertence ao passado a "corrida espacial" da era da Guerra Fria. Hoje, os astronautas de muitas nações, incluindo os Estados Unidos, viajam para a Rússia para poder se dirigir à Estação Espacial Internacional. Cerca de vinte nações e empresas privadas estão aptas a lançar satélites na órbita da Terra. Japão, China e Índia lançaram sondas lunares; há rumores de que a China esteja preparando para um futuro não muito distante uma missão tripulada à Lua.

Mas, embora a política e a economia da exploração espacial tenham evoluído, a motivação subjacente pela qual, nós humanos, queremos ir à Lua continua fundamentalmente a mesma.

Quando o presidente Kennedy propôs pela primeira vez o programa Apolo em 1961, ele o incluiu no cenário de outras empreitadas humanas, como escalar as montanhas mais altas ou cruzar os mares mais extensos e disse as famosas palavras: "Decidimos ir à Lua nesta década e fazer outras coisas, não porque são fáceis, mas porque são difíceis. Porque este objetivo servirá para organizar e medir o melhor das nossas energias e capacidades, porque este desafio é um que estamos dispostos a aceitar, um que não estamos dispostos a adiar, e um que pretendemos vencer, assim como outros”.

A missão lunar é um reflexo de todas essas aventuras, sejam elas empreitadas de engenharia ou ciência, arte ou esporte. Essas coisas não colocam comida em nossas mesas, não nos mantêm aquecidos nem nos alimentam bem; ao contrário, são conquistas especificamente humanas que nos alimentam além das nossas barrigas. Tais atividades são, de fato, essenciais para nós seres humanos como criaturas animais, mas, contudo, mais que animais. Como as Escrituras nos lembram, não se vive só de pão. As missões Apolo foram alimento para as nossas almas.

Um parâmetro do sucesso da Apolo 11 é o progresso que produziu na compreensão científica do nosso sistema solar. Antes do projeto Apolo, sabíamos que algumas partes da Lua tinham mais crateras do que outras; mas as amostras da Apolo nos permitiram datar exatamente quando essas crateras foram formadas e como sua taxa de formação tenha mudado ao longo do tempo. O que se revelou um indício importante para a evolução do sistema solar. Sabíamos que as regiões de "mar" eram escuras e planas; agora conhecemos a idade e química das rochas dos mares e podemos identificá-las como mares gelados de lava. Sabíamos que a superfície da Lua era desprovida de ar e seca, muito diferente daquela da Terra; as amostras da Apolo nos surpreenderam mostrando-nos como, de outras maneiras importantes, a Lua esteja de fato intimamente ligada à Terra, e como esses dois corpos devem ter tido uma origem comum.

As rochas não são as únicas amostras de espaço conservadas em nossos laboratórios. Os meteoritos, como aqueles estudados pelo padre Macke no Observatório do Vaticano, chegam constantemente à Terra vindos do espaço e fornecem importantes indicações das condições que existiam no sistema solar quando ele se formou, cerca de 4,6 bilhões de anos atrás. Mas apenas graças as rochas da Apolo sabemos exatamente de onde provêm: de que planeta, de qual contexto geológico.

Além disso, os meteoritos chegam em nossos laboratórios somente depois de terem sido expulsos do corpo a que pertenciam, onde quer que esteja, e só depois de terem se fragmentado ainda mais ao entrarem em nossa atmosfera, ao atingirem a superfície da terrestre e começar a reagir com o ar e a água da terra. As rochas da Apolo foram coletadas sem terem sofrido tal trauma. E foram preservados desde a sua chegada à terra em um ambiente cuidadosamente controlado. Na verdade, este ano um determinado número de amostras nunca estudadas antes foi liberado pelos arquivos da Apolo para serem examinadas com equipamentos e técnicas desconhecidos cinquenta anos atrás ... para responder perguntas que na época nem sabíamos que precisávamos fazer.

Mas a empreitada de pousar na Lua vai além da ciência. Ao ir à Lua, pudemos olhar para trás de nós mesmos com uma nova perspectiva. De fato, as imagens mais importantes das missões lunares foram as fotografias da Terra, vistas como uma pequena bola de mármore com uma sutil atmosfera azul onde a vida, incluindo a vida humana, deve sobreviver. Aquelas imagens nos mostraram um mundo frágil, mas também um mundo sem fronteiras.

O pouso na Lua tornou-se uma metáfora do que os homens podem alcançar quando dedicam suas mentes e esforços a um objetivo, e uma crítica para todos os outros problemas que permanecem sem solução. Como se costuma dizer: "se podemos ir à lua, porque não podemos ..." reparar os buracos, controlar o clima, tratar o resfriado comum. Mas, além desses sentimentos, há um senso de esperança. Quando Kennedy propôs ir à lua, nenhum norte-americano jamais havia estado em órbita ao redor da Terra; foi menos de quatro anos após o primeiro satélite, e até mesmo os aviões supersônicos tinham pouco menos de quinze anos. Mas com a vontade política, o impossível foi realizado. Portanto, não devemos desistir de resolver os problemas "impossíveis" de hoje, sejam eles a pobreza ou a mudança climática ... quanto mais adiarmos sua solução, mais altos serão os custos e o esforço necessários.

Para as pessoas de fé, no entanto, há uma lição extra a ser aprendida. Três dias depois do pouso na lua, São Paulo VI, durante a audiência geral da quarta-feira, falou sobre o significado daquela missão. Ele citou a famosa frase das Confissões de Santo Agostinho: "Fizeste-nos para Ti e inquieto está nosso coração, enquanto não repousa em Ti". O que nos levou a ir à Lua foi, em última análise, a inquietude que nos faz buscar a Deus, mas Paulo VI também citou o Salmo 138, lembrando-nos que onde que nós formos, inclusive às fronteiras da Terra e além delas, encontramos o rosto de Deus. Quanto maior o campo de ação da atividade humana, maior se revela o campo de ação de Deus. Quanto mais aprendemos sobre a criação, mais apreciamos a grandeza de seu Criador.

Como Paulo VI disse aos astronautas da Apolo 11, a lua é "uma pálida luz das nossas noites e dos nossos sonhos". Os nossos sonhos motivaram as missões lunares. E ainda hoje, cinquenta anos depois, a Apolo 11 continua a inflamar a nossa inquieta imaginação.

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