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“Ser uma Igreja que permanece junto ao seu povo, que necessita se reconciliar, participar da Eucaristia e ser ungido”, afirma Dom Sérgio Castriani

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21 Junho 2019

Deus sempre se fez presente na vida de seu povo, “o Senhor livrou o povo da opressão do Egito”, afirmava Dom Sérgio Castriani, na homilia da festa de Corpus Christi. Esse é uma realidade que pode ser renovada, para isso se faz necessário que o povo “ouça a voz do Senhor e ande em seus caminhos”, segundo o arcebispo de Manaus.

A reportagem é de Luis Miguel Modino. 

Dentro do processo do Sínodo para a Amazônia, o arcebispo quis relacionar a solenidade Corpus Christi com o kairós sinodal, que na última segunda-feira dava um passo a mais com a apresentação do Instrumentum Laboris. Em suas palavras lembrava o convite do Papa Francisco “para escutar a voz de Deus que fala hoje”, colocando os exemplos “os povos indígenas esquecidos ou não levados a sério”, os “ribeirinhos vistos como remanescentes de um passado que é preciso superar”, a juventude que sonha com “um mundo mais justo e mais fraterno”, as comunidades que fazem “seu itinerário de fé, comprometidas com a vida”. Mas também outros atores da sociedade civil.

Imagens da celebração de Corpus Christi (Fotos: Arquidiocese de Manaus)

O arcebispo quis marcar distância daqueles “que só visam o lucro imediato e não se importam em destruir, sem nenhum respeito pelos seres humanos do passado, do presente e do futuro”. Essa realidade “nos deve preocupar a todos”, pois dá a impressão que “as forças da morte parecem estar vencendo”, algo que acontece “quando entra em campo o grande capital”, que faz com que não exista mais controle. Segundo o arcebispo, “até o que foi conquistado nos últimos tempos em favor de uma ecologia integral parece estar retrocedendo”, o que mostra a realidade atual da Amazônia brasileira, cada vez mais ameaçada pelas políticas predatórias do atual governo.

Mesmo assim, movidos pela esperança, “somos convocados a continuar acreditando num destino comum para a humanidade e a necessidade de preservar a casa comum”, segundo Dom Sérgio, que em suas palavras recolhe as ideias do Papa Francisco.

Na grande festa eucarística, o arcebispo de Manaus quis refletir sobre as exigências atuais para a presidência da Eucaristia, um elemento presente no Instrumentum Laboris e que tem provocado polêmica desde sua publicação. Dado que se exige que “o presidente da celebração seja ordenado”, ele refletia sobre a realidade da Amazônia, “onde os ordenados são poucos e as comunidades vivem distantes umas das outras ou nas periferias das grandes cidades onde o número de comunidades supera e muito o dos sacerdotes ordenados”, o que provoca que “boa parte dos católicos não tem acesso à Eucaristia dominical”.

 

Em suas palavras, Dom Sérgio Castriani tem destacado que “sacerdotes missionários heroicamente visitam rios e igarapés, paranás e lagos onde vivia e vive ainda um povo que apesar de tudo guarda a fé da Igreja, e se não tem Eucaristia, tem fé eucarística”. Isso se expressa “numa contínua ação de graça, reconhecendo em tudo a ação de Deus. Vivem o serviço na doação da própria vida, cuidando dos filhos, dos familiares próximos e, quantas vezes, dedicando-se aos serviços comunitários”. Tem seguido a ordem de Jesus: “Dá-lhes vos mesmos de comer”, recordava o arcebispo, o que “motivou tantos sacerdotes a dar a vida para que as comunidades tivessem a Eucaristia ao menos uma vez ao ano”.

Dom Sérgio, missionário por muitos anos em diferentes regiões da Amazônia, conhece a realidade da região. Por isso, em sua homilia tem falado sobre os ministros da Palavra, e reconhecia um dos desafios que aparecem no Instrumento de Trabalho, “ser uma Igreja que visita”. Seguindo o que afirma o documento recentemente publicado, o arcebispo fez um chamado a “ser uma Igreja que permanece junto ao seu povo que necessita não só batizar e casar, mas sobretudo se reconciliar, participar da Eucaristia e, quando chegar a hora final, ser ungido para o grande encontro”.

 

Aos presentes na celebração, acostumados a ter “acesso à Eucaristia com tanta facilidade”, os pedia “sentir o drama dos que não a tem”. Diante dessa realidade pedia “sacerdotes que se disponham a ir até as comunidades distantes e as comunidades das periferias, as comunidade pobres”, e ao Sínodo “que surja uma nova solução eclesial madura, consciente, para a falta de sacerdotes”. Junto com isso, “que as comunidades centrais compreendam quando o seu padre vai atender comunidades sem padre”.

Tudo numa perspectiva que faz que “caminhemos juntos numa Igreja sinodal, onde quem tem partilha e seja enriquecido pelo ser do irmão que lhe dá a alegria de viver”.

 

Eis a íntegra da homilia.

Senhores bispos e padres, que presidis a Eucaristia,

Povo de Deus que sois presença de Jesus como seu corpo na celebração eucarística,

O Senhor alimentou o seu povo com a flor do trigo e com o mel do rochedo o saciou. O Salmo do qual este versículo é tirado e serve como antífona de entrada da missa de hoje, recorda o Êxodo, quando o Senhor livrou o povo da opressão do Egito. Deus pode renovar as maravilhas que operou outrora com a seguinte condição, que ouça a voz do Senhor e ande em seus caminhos.

A Igreja que está na Amazônia foi convocada pelo Papa Francisco para escutar a voz de Deus que fala hoje pela voz dos povos indígenas esquecidos ou não levados a sério, dos ribeirinhos vistos como remanescentes de um passado que é preciso superar, da juventude que representa os sonhos de um mundo mais justo e mais fraterno, das nossas comunidades que com teimosia continuam a fazer seu itinerário de fé, comprometidas com a vida. Mas também ouvimos os cientistas, os ambientalistas, os responsáveis pela segurança. Não interessa ouvir aqueles que só visam o lucro imediato e não se importam em destruir, sem nenhum respeito pelos seres humanos do passado, do presente e do futuro.

 

E o que ouvimos nos deve preocupar a todos. As forças da morte parecem estar vencendo. Quando entra em campo o grande capital, não existe mais controle. Até o que foi conquistado nos últimos tempos em favor de uma ecologia integral parece estar retrocedendo. Somos convocados a continuar acreditando num destino comum para a humanidade e a necessidade de preservar a casa comum.

Hoje temos gente que, como em Melquisedec, abençoa-nos bendizendo o Deus criador de todas as coisas. Mas o sacrifício oferecido por Jesus na Cruz supera todas as bênçãos. Por isto, ele deixou um memorial que deve ser celebrado pelos seus discípulos até a sua volta. A Eucaristia se torna a fonte da vida cristã e a Igreja vive da Eucaristia e por causa Dela. As comunidades cristãs se reúnem aos domingos para fazer memória da Páscoa. Ela é tão importante para a vida e a unidade da Igreja que para ser válida tem que ser celebrada com as palavras e os rituais aprovados pela Igreja.

Uma das exigências é que o presidente da celebração seja ordenado para tanto. Em regiões como a nossa, onde os ordenados são poucos e as comunidades vivem distantes umas das outras ou nas periferias das grandes cidades onde o número de comunidades supera e muito o dos sacerdotes ordenados, boa parte dos católicos não tem acesso à Eucaristia dominical. Desde sempre, sacerdotes missionários heroicamente visitam rios e igarapés, paranás e lagos onde vivia e vive ainda um povo que apesar de tudo guarda a fé da Igreja, e se não tem Eucaristia, tem fé eucarística.

 

Vive numa contínua ação de graça, reconhecendo em tudo a ação de Deus. Vivem o serviço na doação da própria vida, cuidando dos filhos, dos familiares próximos e, quantas vezes, dedicando-se aos serviços comunitários.

Dá-lhes vos mesmos de comer. Esta ordem de Jesus motivou tantos sacerdotes a dar a vida para que as comunidades tivessem a Eucaristia ao menos uma vez ao ano.

A Igreja formou celebrantes para garantir que a palavra seja anunciada. Mas continuamos, em muitos lugares, a ser uma Igreja que visita. Devemos ser uma Igreja que permanece junto ao seu povo que necessita não só batizar e casar, mas sobretudo se reconciliar, participar da Eucaristia e, quando chegar a hora final, ser ungido para o grande encontro.

O fato de termos acesso à Eucaristia com tanta facilidade e nos acostumarmos a ter missas em todas as ocasiões não nos ajuda a sentir o drama dos que não a tem. Peçamos a Deus que envie sacerdotes que se disponham a ir até as comunidades distantes e as comunidades das periferias, as comunidade pobres. Peçamos a Ele que surja uma nova solução eclesial madura, consciente, para a falta de sacerdotes. Que as comunidades centrais compreendam quando o seu padre vai atender comunidades sem padre.

Que a flor do trigo, o pão consagrado, seja alimento para todos nós na caminhada da vida e que o mel do rochedo, que é a doutrina de Jesus e sua palavra no Evangelho, dê sabor e força ao peregrino. Caminhemos juntos numa Igreja sinodal, onde quem tem partilha e seja enriquecido pelo ser do irmão que lhe dá a alegria de viver.

Dom Sérgio Eduardo Castriani, servo da Eucaristia.

 

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