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21 Mai 2019

A rede controla nossas vidas e é a última forma assumida pelo poder. É por isso que precisamos saber tudo sobre o caso Huawei. 

O comentário é de Slavoj Žižek, filósofo e crítico cultural esloveno, em artigo publicado por La Repubblica, 16-05-2019.  A tradução é de Luisa Rabolini. 

A mídia está nos bombardeando com notícias sobre ameaças à nossa segurança: a China invadirá Taiwan em retaliação à guerra comercial de Trump? Os Estados Unidos atacarão o Irã? Será que a União Europeia despencará no caos por causa da confusão do Brexit? Para mim, porém, existe um tema que ofusca todos os demais, pelo menos numa perspectiva de longo prazo: os esforços dos Estados Unidos para conter a expansão da Huawei. Por quê?

A rede digital atual controla e regula as nossas vidas: a maior parte das nossas atividades (e passividades) hoje são registradas em alguma nuvem digital empenhada em nos avaliar constantemente, monitorando não apenas nossas ações, mas também nossos estados emocionais. Quando experimentamos, em um nível pessoal, a liberdade em sua máxima expressão (navegando na web, onde tudo é acessível), somos totalmente "externalizados" e sutilmente manipulados. A rede digital dá um novo significado ao velho slogan "o pessoal é político". E não há apenas o controle da nossa vida íntima em jogo: hoje tudo é regulado por alguma rede digital, dos transportes à saúde, da eletricidade à água. É por isso que hoje a web representa o nosso bem comum mais importante, e a luta por seu controle é a luta dos nossos dias.

O inimigo é a combinação de espaços comuns privatizados e controlados pelo Estado, grandes empresas (Google, Facebook) e agências de segurança pública (a NSA). Esse fato por si só, torna insuficiente o tradicional conceito liberal de poder representativo: os cidadãos transferem parte de seu poder para o Estado, mas de acordo com acordos definidos. O Estado, com seu poder, é o sócio minoritário de um contrato que o sócio majoritário (o povo) pode revogar ou modificar a qualquer momento.

A rede digital que regula o funcionamento de nossas sociedades, bem como seus mecanismos de controle, é a forma última da rede técnica que sustenta o poder hoje. Shoshana Zuboff batizou esta nova fase do capitalismo como "capitalismo da vigilância". Nós não somos apenas materiais, também somos explorados, envolvidos em uma troca iníqua, e é a razão pela qual o termo "excedente comportamental" (que desempenha o papel de mais-valia) é plenamente justificado neste caso: quando navegamos, compramos, assistimos TV etc., conseguimos o que queremos, mas damos em retorno muito mais; nós nos desnudamos, deixamos os detalhes de nossa vida e dos nossos hábitos transparentes para o Grande Outro digital. O paradoxo, é claro, é que vivemos essa troca iníqua, a atividade que realmente nos escraviza, como o mais alto exercício de liberdade: o que há de mais livre do que navegar na internet livremente? Somente exercendo essa nossa liberdade geramos o "excedente" de que se apodera o Grande Outro Digital que coleta dados...

E isso nos leva à Huawei: a batalha em torno da gigante da telefonia chinesa é a batalha para decidir quem controlará o mecanismo que controla as nossas vidas. Talvez seja A luta para o poder mais crucial que estamos testemunhando. A Huawei não é apenas uma empresa privada, está intimamente ligada às forças de segurança chinesas; e não devemos esquecer que sua ascensão foi financiada em grande parte e dirigida pelo Estado.

Esta é a realidade política da expansão da Huawei. Então, sim, a Huawei representa uma ameaça à segurança de todos nós: mas o que devemos ter em mente é que as autoridades chinesas estão fazendo apenas mais abertamente o que nossas autoridades "democráticas" fazem de maneira mais sutil, ocultando-o dos olhos dos cidadãos. Da nova lei na Rússia que restringe o acesso à Internet até as recentes regulamentações da web pela UE, estamos testemunhando os mesmos esforços para limitar e controlar o nosso acesso aos bens comuns digitais.

Pode-se afirmar que hoje a rede digital é a principal forma do que Marx chamava de "bens comuns", o espaço social compartilhado que constitui a base das nossas interações. A batalha pela liberdade, em última análise, é a batalha pelo controle dos bens comuns, e hoje isso significa: a batalha por quem irá controlar o espaço digital que regula as nossas vidas. Há um nome que simboliza essa luta pelos bens comuns: Assange. É muito fácil, portanto, apontar o dedo para a China: e aqueles que não querem defender Assange deveriam também silenciar sobre os abusos do controle digital por parte das autoridades de Pequim.

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