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Católicos, conservadores, nacionalistas

Foto: Advencap | Flickr

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03 Mai 2019

"Desde a eleição de Francisco, em 13 de março de 2013, ficou claro que esse pontificado teria tornado o Atlântico mais amplo: o Vaticano e os EUA mais distantes entre si. Menos previsível era a involução ideológica e teológica do catolicismo conservador nos Estados Unidos, na esteira do fenômeno Trump. Essa ruptura dentro do catolicismo norte-americano e entre os EUA e o Vaticano tem grandes implicações teológicas e políticas."

A opinião é do historiador italiano Massimo Faggioli, em artigo publicado por la revista il Mulino, 30-04-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O etno-nacionalismo irrompe na cultura política dos católicos nos Estados Unidos. A linha divisória entre os "católicos brancos" e os outros católicos não brancos, já visível por ocasião das eleições de 2008 e de 2012, expandiu-se em 2016 com a eleição de Donald Trump. Essa diferenciação por linhas étnico-raciais se soma à linha de divisão mais importante dos anos 1970 até hoje, consequência da legalização do aborto em nível federal em 1973. Hoje, o efeito da presidência de Trump na cultura política do catolicismo norte-americano é evidente.

Se em 2015-2016 o catolicismo conservador norte-americano tinha votado em Trump tapando o nariz para evitar Hillary Clinton, de janeiro de 2017 até hoje o catolicismo conservador-tradicionalista nos Estados Unidos mostra um alinhamento crescente com o apelo da "America first".

A transição interna ao catolicismo norte-americano da cultura politicamente e teologicamente neoconservadora e pós-liberal dos anos 1980-90 para uma cultura politicamente e teologicamente tradicionalista iliberal e antiliberal já era visível há algum tempo. Se o neoconservadorismo tinha tirado vantagem do Pontificado de João Paulo II, o neotradicionalismo católico norte-americano de hoje deve ser visto como parte do entusiasmo local pela teologia política do pontificado de Bento XVI. Um dos fenômenos mais interessantes no catolicismo conservador e anti-bergogliano nos Estados Unidos de hoje é, de fato, a adesão entre uma visão teológica que já arquivou João Paulo II, refere-se abertamente a Joseph Ratzinger/Bento XVI e acolhe o apelo étnico-nacionalista do Partido Republicano conquistado por Donald Trump.

Um dos sinais veio de um manifesto publicado há algumas semanas pela revista-bandeira do projeto teológico e político antiliberal "First Things", assinado por um punhado de jornalistas e acadêmicos que representam uma minoria aguerrida e bem financiada. Tal manifesto anuncia o abraço do trumpismo por parte do conservadorismo cristão e católico nos EUA. A posição do catolicismo conservador contra o Partido Democrata na questão do aborto e das questões da vida não é nova. Nova é a crítica contra o capitalismo globalizado neoliberal, que se vincula ao etno-nacionalismo.

O manifesto declara a morte do antigo consenso político pós-1945, que levou à derrota do comunismo. Essas novas camadas do catolicismo norte-americano, que cresceram com a cultura neoconservadora que se propunha defender e impor uma determinada ordem nacional e internacional, até mesmo à força (por exemplo, a invasão do Iraque), agora defendem que um novo consenso deve se formar para superar o sistema liberal tanto em nível nacional como internacionalmente: "O avanço do bem comum exige estar com, ao invés de abandonar, os nossos compatriotas. Eles são nossos concidadãos, não unidades econômicas intercambiáveis. Como americanos, temos o dever de uma lealdade recíproca e devemos dar prioridade aos americanos".

A teologia política a serviço do nacionalismo norte-americano certamente não é nova na história do cristianismo protestante nos EUA, mas é nova no catolicismo. "Nós abraçamos o novo nacionalismo na medida em que ele se opõe ao ideal utópico de um mundo sem fronteiras que, na prática, conduz à tirania universal. Independente do que possa ser dito sobre isso, o fenômeno Trump abriu um espaço para propor novamente essas perguntas. Nós guardaremos zelosamente esse espaço. E nós respeitosamente nos recusamos a nos juntar àqueles que gostariam de ressuscitar um reaganismo requentado".

O texto publicado por "First Things" dá voz ao cristianismo conservador norte-americano em busca de uma nova encarnação política, que vê em Trump um elemento providencial para os EUA no mundo global pós-americano. Por "compatriotas" entendem os norte-americanos brancos, e é significativo o silêncio sobre as políticas e a mensagem política da administração Trump em relação às minorias dos cidadãos norte-americanos, não apenas para os imigrantes. Não é apenas nacionalismo, mas é nacionalismo branco católico. A ideologia da "supremacia branca" nasceu como parte da cultura protestante nos Estados Unidos do século XIX, mas no último século também chegou a tocar o catolicismo.

Não são apenas alguns intelectuais católicos que abraçam o trumpismo: basta olhar para a forma como a presidência de Trump foi celebrada há algumas semanas pelo "National Catholic Prayer Breakfast" - um dos eventos que reúne todos os anos em Washington as elites políticas e financeiras do catolicismo nos Estados Unidos.

O etno-nacionalismo que apoia o trumpismo é um problema teológico e religioso não apenas para os evangélicos brancos, que são o bloco eleitoral que apoia Trump aberta e oficialmente, mas agora também para os católicos. Isso abre cenários inéditos. Do ponto de vista interno, a liderança episcopal católica está paralisada por um vazio de autoridade criado também por causa da crise dos abusos sexuais. Diferente é a situação das relações internacionais entre o catolicismo norte-americano e o Vaticano.

Em maio de 2017, Donald Trump teve uma audiência com o Papa Francisco e, nesses dois últimos anos, não demorou a chegar a resposta de Roma sobre a trajetória do "America first".

Em julho de 2017, a "Civiltà Cattolica" (a revista dos jesuítas que é avaliada no Vaticano antes da publicação de cada edição) pronunciou-se com um artigo assinado em conjunto pelo diretor e íntimo do Papa Francisco, Padre Antonio Spadaro SJ, sobre o ecumenismo do ódio entre católicos e protestantes nos EUA. Um ano depois, em julho de 2018, com as mesmas assinaturas e na mesma revista, outro artigo apareceu criticando a "teologia da prosperidade" de origem norte-americana.

Na edição de abril de 2019, encontra-se um artigo de Jean-Claude Hollerich, jesuíta arcebispo de Luxemburgo e presidente das conferências episcopais europeias, que representa um dos mais fortes chamamentos na história do catolicismo recente à responsabilidade dos católicos sobre o futuro da Europa. em termos de rejeição ao etno-populismo cristão de origem norte-americana (Bannon) e russa (Dugin). Hollerich escreve: Um cristianismo autorreferencial corre o risco de ver pontos comuns emergirem com essa negação da realidade e corre o risco de criar dinâmicas que acabarão por devorar o próprio cristianismo.

Steve Bannon e Aleksandr Dugin são os sacerdotes de tais populismos que evocam uma falsa realidade pseudo-religiosa e pseudo-mística, que nega o centro da teologia ocidental, que é o amor de Deus e o amor ao próximo. Mas não é apenas a revista jesuíta a se manifestar.

A sessão plenária da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, a ser realizada em maio, tem como título "Nação, Estado, Estado Nacional": é também uma resposta ao projeto de Steve Bannon e seus (poucos) aliados na igreja na Itália e na Europa de produzir nas eleições europeias uma onda populista semelhante à da eleição de Donald Trump, bem como uma resposta ao governo etno-populista "liderado" pelo ministro do Interior, Matteo Salvini, na Itália. Desde a eleição de Francisco, em 13 de março de 2013, ficou claro que esse pontificado teria tornado o Atlântico mais amplo: o Vaticano e os EUA mais distantes entre si.

Menos previsível era a involução ideológica e teológica do catolicismo conservador nos Estados Unidos, na esteira do fenômeno Trump. Essa ruptura dentro do catolicismo norte-americano e entre os EUA e o Vaticano tem grandes implicações teológicas e políticas. É difícil encontrar um momento semelhante na história das relações entre o papado e os Estados Unidos. O futuro da Igreja e do papado (leia-se: o próximo conclave) será influenciado pela crise política, intelectual e moral da Igreja estadunidense, uma das maiores e mais poderosas do catolicismo global.

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