11 Fevereiro 2019
Falamos por aqui na quarta passada sobre a nota técnica do Ministério da Saúde que 'enterra' a reforma psiquiátrica. Uma das partes que mais chama atenção do documento é o respaldo ao uso da eletroconvulsoterapia, o famigerado eletrochoque. A Folha explica que o procedimento é regulado desde 2002 pelo Conselho Federal de Medicina. Segundo o jornal, apesar do “preconceito” e do “estigma” em torno da técnica, “os aparelhos evoluíram nas últimas décadas e os cuidados para que o paciente não sinta dor ou desconforto também”.
A reportagem é de Outra Saúde, 11-02-2019.
A longa matéria traz um quadro com prós e contras do uso da eletroconvulsoterapia. Alguns dos contras: muitos pacientes têm comprometimento da memória; a técnica pode ser usada como forma de ganhar dinheiro; planos de saúde gastam menos com poucas sessões de eletroconvulsoterapia do que com psicoterapia por um longo período. Apesar disso, estudos nacionais e internacionais apontam a eficácia no tratamento da esquizofrenia, depressão profunda e transtornos bipolares e pesquisadores da USP e da Unifesp se debruçam sobre esses efeitos “há anos”, diz a reportagem.
Na já longínqua quinta-feira, o Estadão ouviu o ministro Luiz Henrique Mandetta sobre a nota técnica. Na ocasião, ele disse desconhecer o texto e depois de ouvir as medidas ali elencadas, disparou: "Sem dúvida são polêmicas".
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Eletrochoque - Instituto Humanitas Unisinos - IHU