Cardeal Sarah adverte que ordenar homens casados “terá sérias consequências”

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25 Mai 2018

A ordenação de viri probati teria “sérias consequências”, como “romper definitivamente com a Tradição Apostólica”. Embora esteja na agenda do Sínodo dos Bispos Pan-Amazônicos de 2019, o cardeal Robert Sarah manifestou-se contra a possibilidade de homens casados se tornarem presbíteros e advertiu que, ao introduzi-lo, a Igreja “estaria criando um sacerdócio de acordo com a nossa dimensão humana”.

A reportagem é de Cameron Doody, publicada por Religión Digital, 24-05-2018. A tradução é de André Langer.

Em homilia feita no final de uma peregrinação a Chartres, o prefeito para a Congregação do Culto Divino partiu do princípio de que o celibato clerical é de suma importância, porque proclama ao mundo o que significa “estar com Cristo na Cruz”. Daí as “sérias consequências” do plano de “alguns” de “separar o celibato do sacerdócio ao conferir a Ordem a homens casados”. Não há “razões ou necessidades pastorais” para isso, disse o cardeal guineense, já que a inovação teria o efeito desastroso de acabar com o sacerdócio assim como foi instituído por Jesus Cristo.

“Estaríamos criando um sacerdócio de acordo com a nossa dimensão humana”, explicou Sarah, “sem perpetuar, sem estender o sacerdócio de Cristo, obediente, pobre e casto”. A razão? Os homens casados não podem atuar como ipse Christus, como o “próprio Cristo”, que é a verdadeira identidade do sacerdote, além de ser alter Christus, “outro Cristo”. Cristo nunca se casou e, portanto, a tradição mais venerável da Igreja, segundo o cardeal, é que os sacerdotes também não podem casar.

As declarações de Sarah colidem com as afirmações de prelados de todas as partes do mundo, que disseram que a ordenação de homens casados é uma possibilidade real. Por exemplo, as do prefeito da Congregação para o Clero, cardeal Beniamino Stella, que disse que a ordenação de viri probati “recuperaria a estrutura existente na Igreja primitiva”. Ou as do bispo do Xingu, Erwin Kraütler, que vê na ordenação de homens casados – e de mulheres diaconisas – a única solução possível para a “horrenda” falta de padres na Amazônia.

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