“Ser sacerdote no México é um risco”, afirma Solalinde Guerra

Ao centro, Solalinde Guerra (Foto: Religión Digital)

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25 Abril 2018

O sacerdote e defensor dos direitos humanos, Alejandro Solalinde Guerra, manifestou-se contra os assassinatos de sacerdotes no país, ocorridos nos últimos dias, afirmando que ser “sacerdote” no México é um risco.

A reportagem é publicada por Istmo Press, 23-04-2018. A tradução é do Cepat.

Solalinde Guerra disse que em 5 anos foram assassinados 24 líderes católicos no México e o que se está vivendo, nestes últimos dias, é a resposta de um governo falido no tema da segurança.

Entrevistado via telefone, explicou que o governo de Enrique Peña Nieto não tem se responsabilizado com os mexicanos, porque as mulheres, jornalistas, defensores humanos e agora os sacerdotes são os que vivem uma situação de “emergência” neste país.

Com 44 anos de religioso e 14 como defensor dos direitos dos migrantes, Solalinde Guerra apregoou que foram rompidos os códigos de segurança no México, o que significa que as autoridades abandonaram sua gente.

“O estado e o governo de Enrique Peña Nieto é irresponsável, ausente no cuidado e proteção aos mexicanos que vivem grave insegurança, porque este governo não administra para os mexicanos, mas, sim, para outros interesses”, destacou.

O padre explicou que toda esta situação grave de insegurança é provocada pelo próprio Estado para meter “medo”, razão pela qual recomendou que os cidadãos não temam, pois é o momento de defender a “justiça”.

“É o momento de mudança. Estes acontecimentos contra os sacerdotes, defensores, mulheres e jornalistas não é por acaso e pela proximidade do dia 1º de julho, convido os cidadãos a não ter medo porque é tempo de mudança, uma mudança real e verdadeira”, disse.

O defensor dos direitos dos migrantes e responsável pelo abrigo “Irmãos no caminho”, em Ciudad Ixtepec, confirmou que é o sacerdote que mais convive com ameaças no país e que muitos gostariam de vê-lo morto, mas certamente não farão isto antes do dia 1º de julho, pois isso, sim, seria grave.

“Eu convido vocês para que, juntos, enfrentemos esta violência, somos mais que a violência, não tenhamos medo e saiamos no dia 1º de julho, estamos perto de conseguir uma mudança. O México necessita, o México já não quer viver com violência”, concluiu.

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