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13 Abril 2018

"Quanto à possibilidade de traduzir a relação com Cristo na forma de amizade vale a pena recordar que o padre Dupuis afirma claramente a distinção entre a ação divina do Verbo eterno (como a criação e conservação) e a ação salvífica de Jesus (que é histórica e temporal)", escreve Carlo Molari, teólogo e ex-professor das universidades Urbaniana e Gregoriana de Roma, em artigo publicado por Rocca, n. 8, 15-04-2018. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Segundo ele, "a primeira de fato não pode implicar o envolvimento da natureza humana. O que permite supor que mesmo na atividade o Verbo eterno mantenha a própria autonomia e possa operar sem envolver sempre a natureza humana. A atribuição a Cristo da criação só acontece pela comunicação dos idiomas, que é um artifício literário específico admissível no plano simbólico e não em sentido real".

Eis o artigo. 

O idoso jesuíta Roger Lenaers (Ostend, 1925) em seu interessante livro Gesù di Nazaret, un’uomo come noi? (Jesus de Nazaré, um homem como nós?, Gabrielli ed. dezembro 2017) confessa a sua fé em Jesus como Messias, mas nega que seja possível viver uma forma de amizade com o Ressuscitado.

Ele afirma claramente: "Jesus é um inigualável caminho de salvação, um caminho que, se percorrido, garantirá receber tudo. Evidentemente, é uma crença impossível de ser demonstrada. Mas, podem ser apresentados argumentos, comparando, por exemplo, o poder humanizador da fé no Jesus Messias com aquele emanado por outras crenças, sem negligenciar os cuidados que os cristãos dedicam aos fracos e a quem na sociedade não tem direitos. Também pode ser enfatizada a harmonia entre inspiração e racionalidade que caracteriza tal fé, desconhecida em muitas outras religiões ... algo que naturalmente deixa vastos espaços abertos de subjetividade. Mas para um cristão isso é suficiente para escolher com total confiança Jesus e segui-lo em seu caminho" (pp. 139-140).

No entanto Lenaers conclui uma reflexão sobre o Evangelho de Marcos com estas palavras: "A pessoa de Jesus de Nazaré permanece envolta em névoas. A literatura espiritual muitas vezes fala da amizade com Jesus, mas é essa mesma névoa que torna a questão controversa. A amizade, aliás, exige reciprocidade, que as partes se encontram no mesmo nível. Mas Jesus alcançou a perfeição e por isso deixou a dimensão imperfeita que nos pertence. Portanto, não é mais possível estreitar uma amizade com ele, da mesma forma como isso não pode ser feito com qualquer falecido. Podemos transformá-lo em memória, como acontece na Eucaristia; podemos admirá-lo, adorá-lo, amá-lo, e ele pode servir como nossa inspiração, nos atrair perto dele, nos instar a segui-lo. É assim que o crente se relaciona com o Jesus de Nazaré glorificado; não com amizade" (p. 138).

Acho que seria oportuno aprofundar essas propostas a partir da experiência histórica de Jesus e do desenvolvimento da espiritualidade cristã, na qual é frequente falar de amizade com Jesus. Em que sentido é possível falar sobre isso?

Jesus constrói uma rede de amigos, é certo que Jesus começa sua missão tecendo uma rede de amizade. Sua primeira decisão é uma convocação de amigos. Ele os tinha conhecido no séquito de João Batista e em relação àquela experiência passa agora a associá-los a sua missão: "Passando ao longo do mar da Galileia, viu Simão e André, irmão de Simão lançando uma rede ao mar; pois eram pescadores. Jesus disse-lhes: 'Sigam-me, eu farei de vocês pescadores de homens’. E imediatamente eles abandonaram as suas redes e o seguiram".

A decisão repentina permite não só pressupor um conhecimento prévio, mas também uma familiaridade amadurecida ao longo do tempo. Eles não eram de Nazaré, mas tinham estado junto aos discípulos de João Batista. O passo seguinte é a confirmação: "Uns poucos passos mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam numa barca, consertando as redes. E chamou-os logo. Eles deixaram na barca seu pai Zebedeu com os empregados e o seguiram "(Marcos 1: 10- 26). Lucas acrescenta o detalhe que "Tiago e João, filhos de Zebedeu, eram parceiros de Simão" (Lc 05:10 koinonoi).

Eram todos galileus, mas tinham estabelecido uma relação desde a Judeia, onde, juntos, tinham ouvido João e tinha seguido como mestre. Jesus, como mestre, cuidou muito das relações entre seus seguidores e não deixou de dedicar tempo para a sua educação. Acredito que sobre esse ponto os evangelistas foram parcos em referências.

Não era fácil para eles falar sobre seus defeitos e sobre as instruções específicas dadas a eles por Jesus. Acredito que tenham sido mais numerosas do que transparece a partir dos relatos dos Evangelhos. Os acenos rápidos sobre suas disputas são indicativos. "Surgiu ... uma discussão entre eles, sobre quem fosse o maior" (Lc 9,46). Lucas relata que, inclusive para a refeição da Páscoa "surgiu também entre eles uma discussão, acerca de qual deles era considerado o maior" (Lc 22,24).

Como corretivo Jesus recorre à presença de uma criança ( "porque aquele que entre vós todos for o menor, esse mesmo será grande" Lc 9,48) e seu próprio exemplo (" Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve" Lc 22, 27). Após o episódio da lavagem dos pés, ele acrescenta: "Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz" (João 13:15).

A intensa oração antes de escolher os doze indica a importância conferida à constituição de um grupo de amigos: "Naqueles dias, Jesus subiu a um monte para orar e passou lá a noite em oração. Quando já era dia, reuniu os seus discípulos e escolheu doze, a quem chamou apóstolos. "(Lc 6, 12 seg.).

No Evangelho de João, o tema da amizade é desenvolvido extensivamente especialmente com a imagem da videira e seus ramos e o chamado à alegria. "Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa. O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei.

Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido. Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome. Este é o meu mandamento: amem-se uns aos outros". (João 15, 11- 17).

È especial a relação que Jesus tece com a família de Marta, Maria e Lázaro. Pequenos toques literários são reveladores "Lázaro, nosso amigo, adormeceu; mas vou até lá para despertá-lo" (João 11, 11); "Jesus chorou. Disseram, pois os judeus: 'Vede como o amava!'" (João 11,35-36).

O próprio Jesus indicou a amizade como uma característica de seus discípulos: "Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros". (João 13: 33-35).

Tomo como ponto de referência imediata a aventura do padre jesuíta belga Jacques Dupuis (1923-2004) não tanto por causa do aspecto teológico, mas pelo espiritual. Dupuis nos dois capítulos publicados postumamente pelo amigo William R. Burrows (J. Dupuis, Perchè non sono un eretico (‘Porque eu não sou um herege, em tradução livre), Emi, 2014 pp. 31-58) repreende que o documento Dominus Jesus da Congregação para a Doutrina da Fé justamente negligencia a dimensão do amor: "Dominus Jesus parece pensar que a salvação consista principalmente no conhecimento da verdade. 'A salvação é encontrada na verdade', afirma o último parágrafo do DJ 22. De fato o documento, em toda parte, trata quase exclusivamente de verdade, fé e crença. Um dos grandes ausentes é o amor, a ágape. No entanto, de acordo com Jesus e do Novo Testamento, o que é importante é amar: 'Deus é amor; quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele '(1 João 4, 16). O amor a Deus e o amor dos outros são inseparáveis: "Quem não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê? (1 João 4, 20). E é pelo amor que elas demonstrarem aos outros ou não, que as pessoas serão julgados no último dia (Mt 25: 31-46)" (ivi p. 114).

Quanto à possibilidade de traduzir a relação com Cristo na forma de amizade vale a pena recordar que o padre Dupuis afirma claramente a distinção entre a ação divina do Verbo eterno (como a criação e conservação) e a ação salvífica de Jesus (que é histórica e temporal).

A primeira de fato não pode implicar o envolvimento da natureza humana. O que permite supor que mesmo na atividade o Verbo eterno mantenha a própria autonomia e possa operar sem envolver sempre a natureza humana. A atribuição a Cristo da criação só acontece pela comunicação dos idiomas, que é um artifício literário específico admissível no plano simbólico e não em sentido real.

Como quando se atribui a Maria o título de Mãe de Deus (Theotokos).

O desenvolvimento da fé e as atitudes de confiança na amizade, por outro lado, não exigem o mesmo nível pessoal. Aliás, o desnível pode promover um desenvolvimento especial de relações fraternas com Cristo nos confrontos de Deus como filhos no Filho.

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