A Igreja argentina cria comissão para prevenir pedofilia no clero

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09 Mai 2017

Após uma série de casos de abusos sexuais cometidos por sacerdotes no país, a Igreja argentina decidiu criar uma comissão para a prevenção da pedofilia no clero, que se ocupará da capacitação dos bispos e da elaboração de um guia para abordar esta problemática com sacerdotes e seminaristas. Além disso, procederá ao afastamento dos padres com processos judiciais (civis ou eclesiásticos) que já foram punidos pelos tribunais ou pela Igreja desde 2001.

A reportagem é de Sergio Rubin e publicada por Clarín, 06-05-2017. A tradução é de André Langer.

A criação da comissão – que se chamará “Conselho pastoral para a proteção de menores e adultos vulneráveis” – atende à decisão, tomada em março pela cúpula do Episcopado, de “exigir a obrigatoriedade dos sacerdotes e religiosas de contar com uma declaração de que não há impedimentos para trabalhar com menores e adultos vulneráveis, a ser expedido pelo superior competente para cada novo destino pastoral ou transferência”.

Também se soma ao protocolo que os bispos elaboraram há alguns anos sobre os passos que o bispo deve seguir quando um sacerdote de sua diocese é denunciado. A rigor, trata-se de uma adaptação para o país das normas do Vaticano após os casos que eclodiram em vários países em 2002, que incluem centralmente a denúncia à Justiça e a colaboração com ela, a suspensão e o processo eclesiástico do acusado e a atenção à vítima.

Na Argentina, houve vários casos nos últimos anos. Em alguns já se chegou à instância final do processo eclesiástico, com a expulsão do acusado do exercício do ministério sacerdotal. O caso recente com maior repercussão foi o do Instituto Próvolo, de Mendonça, onde dois sacerdotes, uma irmã e um leigo, são acusados de terem abusado de vários menores hipoacúsicos [surdos]. Este caso foi particularmente grave, porque um dos sacerdotes, de nacionalidade italiana, tinha sido acusado por abusos na sede de Verona, na Itália. Isso precipitou a exigência de pedir antecedentes aos padres vindos de outras dioceses. Além disso, após a condenação firme após a sentença da Corte ao padre Julio César Grassi, a Igreja dispôs destravar seu julgamento eclesiástico que pode desembocar em sua expulsão do exercício do ministério.

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