01 Fevereiro 2017
Basta ser constante e ter o olhar fixo em Cristo, e nos damos conta de que Ele vê cada um de nós com amor infinito. A afirmação é do Papa Francisco, feita durante a homilia deste dia 31 de janeiro de 2017, pela manhã, na missa que celebrou na Capela da Casa Santa Marta. O Pontífice, segundo indicou a Rádio Vaticano, destacou que Jesus sempre está no meio das pessoas, mas não para obter popularidade. Não é a fama que lhe interessa, mas o bem das almas.
A reportagem é de Domenico Agasso Jr, publicada por Vatican Insider, 31-01-2017. A tradução é de André Langer.
No Evangelho lê-se que é o Filho do Senhor que vê cada ser humano. Ele está perto das pessoas, afirmou o Papa Bergoglio. “Ele sempre está no meio da multidão”, mas não está “com guardas que fazem escolta, para que ninguém o toque. Não, não! Ele fica ali, apertado entre as pessoas. E toda vez que Jesus saía, tinha uma multidão esperando por ele”. E o Papa acrescenta: “Os especialistas de estatísticas poderiam até ter noticiado: ‘Cai a popularidade do Rabi Jesus’… Mas Ele procurava outra coisa: procurava as pessoas. E as pessoas o procuravam. O povo tinha os olhos fixos Nele e Ele tinha os olhos fixos nas pessoas. ‘Sim, sim, no povo, na multidão’, ‘Não, não, em cada um!’ É esta a peculiaridade do olhar de Jesus. Jesus não massifica as pessoas; Ele vê cada um”.
O Evangelho do dia, do evangelista Marcos, narra dois milagres de Jesus: a cura de uma mulher que tem hemorragias há 12 anos e que, no meio da multidão, consegue tocar o seu manto; embora esteja rodeado por uma multidão de pessoas que o aclamam, Jesus consegue sentir esse pequeno contato. Na sequência, a ressurreição da filha de 12 anos de Jairo, um dos chefes da sinagoga. O Filho do Senhor observa que a menina está faminta e diz aos pais que lhe deem de comer.
“O olhar de Jesus passa do grande ao pequeno. Assim olha Jesus: olha para nós, todos, mas vê cada um de nós. Olha os nossos grandes problemas, percebe as nossas grandes alegrias e vê também as nossas pequenas coisas… porque está perto. Jesus não se assusta com as grandes coisas e leva em conta também as pequenas. Assim nos olha Jesus”.
Então, se caminhamos “com perseverança, mantendo fixo o olhar em Jesus”, acontecerá conosco o que aconteceu com as pessoas depois da ressurreição da filha de Jairo: seremos tomados por um “grande estupor”.
Francisco insistiu: “Eu vou, vejo Jesus, sigo em frente, fixo o olhar em Jesus, e o que vejo? Que Ele tem o olhar fixo em mim! E isto me faz sentir um grande estupor: é a surpresa do encontro com Jesus. Mas – exortou – não tenhamos medo! Não tenhamos medo, assim como não teve medo aquela senhora que foi tocar o manto de Jesus. Não tenhamos medo! Corramos neste caminho, com o olhar sempre fixo em Jesus. E teremos esta bela surpresa, que nos encherá de estupor”, porque “o próprio Jesus – concluiu – tem os olhos fixos em mim”.
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“Jesus não tem escolta que o proteja das pessoas” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU