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Família versus paz. O “estranho caso” do referendo na Colômbia

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19 Outubro 2016

Os bispos colombianos pedem ao governo e às FARC que “mantenham o cessar-fogo” e que criem um “projeto nacional” que seja fruto da “participação de todos”. O sábio conselho é o resultado mais palpável que nasceu da reunião extraordinária da Conferência Episcopal da Colômbia (entre 13 e 14 de outubro), que foi convocada com urgência para enfrentar o que aconteceu e decifrar os futuros e possíveis cenários do país, após o referendo com o qual os cidadãos rejeitaram o acordo de paz que pretendia encerrar 52 anos de conflito sangrento entre o Estado colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias. A cúpula da Igreja colombiana se sente fatalmente chamada em causa pelo resultado da votação. Inclusive porque o acordo de paz foi rejeitado por opositores organizados e animados por movimentos impensáveis: os que disseram NÃO ao texto do acordo com as FARC foram também milhões de batizados das comunidades evangélicas, mas também de comunidades católicas. E fizeram isto sob a bandeira da “defesa da família” e da oposição sem reservas contra a ideologia de gênero.

A reportagem é de Gianni Valente, publicada por Vatican Insider, 17-10-2016. A tradução é do Cepat.

O acordo de paz foi rejeitado por 50,28% dos 13 milhões de pessoas que votaram (37% do cadastro eleitoral), com uma diferença de 65.000 votos em relação ao SIM. O pastor Edgar Castaño, presidente da Confederação Evangélica da Colômbia, após o voto, fez referências em entrevistas aos meios de comunicação colombianos que dos dez milhões de fiéis das congregações evangélicas, ao menos quatro participaram do referendo. E seus votos foram em bloco para a frente do NÃO. Ao ver os resultados é fácil e legítimo que reivindique o peso determinante do papel que teve o voto dos cristãos evangélicos para fazer com que fracassasse o acordo. O papel dos cristãos no resultado do referendo é reconhecido também pelos que apoiavam o SIM, como o senador Roy Barreras, presidente da Comissão de Paz da Câmara do Congresso colombiano. Em sua opinião, ao menos dois dos 6 milhões e os votos do NÃO surgiram de “congregações cristãs, evangélicas e católicas”.

Se no restante das pessoas que votaram NÃO os motivos de sua escolha não eram principalmente políticas (em primeiro lugar, a oposição contra a “conversão” das FARC em força política legalizada), a galáxia dos evangelistas rejeitou o acordo principalmente porque foi convencida por suas pregações que o texto subscrito representava uma ameaça contra o instituto da família e um “cavalo de Troia” para difundir a chamada “ideologia de gênero” nos corações dos colombianos, com o pretexto da paz.

Durante a campanha eleitoral, as intervenções dos pregadores evangélicos denunciavam a intenção de fazer passar a legalização jurídica das instâncias expressas em nível global pelos movimentos LGBT, através do texto do acordo. Na realidade, as passagens do texto em que aparece a palavra “gênero” parecem se referir à necessidade de evitar disposições legais e práticas sociais discriminadoras para as mulheres. Um parágrafo, por exemplo, exige que “se promova a igualdade de gênero mediante a adoção de medidas específicas para garantir que homens e mulheres participem e obtenham os mesmos benefícios” com a execução deste acordo. Só em um dos parágrafos se fala sobre a necessidade de incluir a todos no processo de paz, inclusive “pessoas com orientação sexual e identidade de gênero diversas”.

Alguns analistas que eram a favor do SIM, após a derrota, sustentam que a propaganda a favor do NÃO contou com o apoio dos evangélicos de maneira enganosa, pois teriam apresentado como expressão da “ideologia de gênero” termos normalmente utilizados nos documentos dos organismos e das organizações internacionais, quando na realidade se queria enfatizar a necessidade de tomar decisões políticas sempre tendo em conta como vivem no contexto as diferenças de gênero (masculino e feminino), para evitar a discriminação das pessoas com base em sua identidade ou sua orientação sexual. Também o Papa Francisco, durante sua recente visita a Geórgia, falou sobre “teoria de gênero” e a definiu como “um grande inimigo do matrimônio”.

A Igreja católica da Colômbia fez repetidos chamados a favor da participação no referendo, mas sem dar indicações explícitas de voto a favor do SIM ou do NÃO. O cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, era um dos líderes mundiais que esteve presente durante o acordo de paz, que se realizou no último dia 27 de setembro em Cartagena. Nesse dia, na cidade colombiana, o cardeal italiano celebrou uma missa na igreja dedicada a São Pedro Claver. Durante a homilia, recordou “a proximidade do Papa Francisco ao querido povo colombiano e a suas autoridades, especialmente na presente circunstância da assinatura do Acordo Final entre o governo e as FARC”. E alguns analistas colombianos repetem que a campanha pelo NÃO em nome da defesa da família deixou marca entre as paróquias, organizações e movimentos católicos.

Inclusive as reações dos líderes políticos colombianos após a votação acreditaram o papel político que desempenharam no referendo grupos cristãos, sobretudo evangélicos. O ex-presidente Álvaro Uribe, líder da frente do NÃO, enfatizou depois da vitória a urgência de “estimular os valores da família, defendidos por nossos líderes religiosos e pastores morais”. O presidente Juan Manuel Santos, novo Prêmio Nobel da Paz, dois dias depois do referendo, se reuniu com 14 representantes das comunidades cristãs colombianas. Depois do encontro, alguns dos que participaram expressaram aos meios de comunicação a disponibilidade que haveria expressado o Presidente em mudar o texto do acordo em alguns pontos que foram alvo das campanhas contra a “ideologia de gênero”.

Assim, na forma das mobilizações em defesa da família e contra a ideologia de gênero, se volta a propor nos cenários latino-americanos o protagonismo político das congregações evangélicas e pentecostais que havia identificado o famoso relatório Rockefeller, em 1969. O mesmo que, após ter analisado a ação dos sacerdotes e fiéis dentro do contexto social desses anos, concluía dizendo que na América Latina “a Igreja deixou de ser uma aliada de confiança dos Estados Unidos, e já não é garantidora da estabilidade social do Continente”.

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