20 Dezembro 2013
Calcula-se que a responsabilidade dos voos aéreos sobre as mudanças climáticas esteja entre 4% e 9%. Com o aumento do número de pessoas que utilizam o avião, esse tipo de transporte está destinado a se tornar a maior causa mundial dos danos ambientais e do aquecimento global. Consciente do fato de que a missão da Companhia de Jesus leva muitos coirmãos a voar muitas vezes para trabalhar juntos por uma maior justiça social no mundo, a Conferência Jesuíta da Ásia-Pacífico preparou o seu próprio projeto de compensação das emissões de carbono, Flights for Forests [Voos por Florestas].
A nota é do sítio Gesuiti News, 13-12-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
É uma forma de reconhecer o impacto que as viagens e o trabalho dos jesuítas têm sobre o meio ambiente e de ajudar as comunidades rurais que são as mais atingidas pelas mudanças climáticas e pela economia global. E assim todos os jesuítas e os seus parceiros dentro da Conferência são convidados a participar desse projeto, contribuindo com cinco dólares por cada voo realizado.
As contribuições será destinadas a um fundo que será utilizado para realizar atividades de conservação das florestas por parte de grupos de jovens em zonas rurais do Camboja, Indonésia e Filipinas.
Eis o projeto.
Flights for Forests
Projeto de compensação de carbono da Conferência Jesuíta da Ásia-Pacífico
Introdução
A aviação é responsável por 4% a 9% do impacto das mudanças climáticas da atividade humana. Com mais e mais pessoas voando, o transporte aéreo é um dos principais contribuintes para os danos ambientais e o aquecimento global no mundo.
Nós figuramos entre essas pessoas, já que a missão jesuíta requer que muitos de nós voemos com frequência à medida que trabalhamos juntos. No entanto, por termos nos comprometido com a Reconciliação com a Criação, buscamos mitigar de alguma forma o dano que as nossas viagens estão causando ao meio ambiente.
O Flights for Forests é um projeto de compensação de carbono que a Conferência Jesuíta da Ásia-Pacífico está propondo como nossa forma de reconhecer o impacto das nossas viagens sobre o meio ambiente de uma forma que ajude comunidades rurais que são afetados por mudanças econômicas e climáticas globais.
Veja o Anexo 1 [abaixo] para o cálculo da compensação de carbono.
Como vai funcionar
O Flights for Forests é um projeto voluntário aberto a todas as Províncias, instituições e indivíduos dentro da Conferência. Cada um será convidado a se inscrever por um período inicial até o fim de 2012. Uma contribuição de US$ 5 é solicitada por cada voo feito. As contribuições irão para um fundo que será usado para as atividades de renovação florestal realizadas por grupos de jovens indígenas em zonas rurais do Camboja, Indonésia e Filipinas.
Pedro Walpole, SJ é o líder do projeto, e o Institute for Environmental Science for Social Change (ESSC) vai gerir o fundo, em conjunto com a Conferência Jesuíta da Ásia-Pacífico.
As comunidades apoiadas pelo fundo fornecerão à Conferência um relatório sobre o uso da nossa contribuição a cada seis meses.
Comunidades que apoiaremos
Propomo-nos a começar apoiando grupos de jovens indígenas nas zonas rurais do Camboja, Indonésia e Filipinas.
Camboja: Paróquia de Battambang
Voluntários da Paróquia de Battambang estão gerando uma nova vida a áreas desmatadas e reduzindo o seu impacto sobre o meio ambiente,
• Criando e cuidando de um viveiro de mudas de árvores locais;
• Gerenciando o processo de segregação e compostagem de resíduos em dormitórios para estudantes dirigidos pela Igreja;
• Coletando e vendendo itens recicláveis de diversas casas no complexo da Igreja;
• Plantando e gerenciando árvores nas propriedades da Igreja, isto é, no sopé das zonas de montanha desmatadas em Pailin.
O apoio do Flights for Forests irá ajudar a sustentar esses esforços de um grupo de 10 voluntários que trabalham com um escolástico jesuíta. Ele também permitirá que o grupo compre suprimentos e ferramentas básicos para o viveiro e construa um sistema simples de polias, cordas e baldes para sustentar a fonte de água para as mudas.
Filipinas: Comunidade indígena de Pulangiyen
A comunidade indígena de Pulangiyen, em Bendum, Mindanao, pratica o agroflorestamento e auxilia na regeneração natural das florestas ao longo da Faixa de Pantadon. Os jovens de Bendum fazem a sua parte removendo as pressões externas, ou seja, ervas daninhas e interferência biótica, aplicando distúrbios controlados para provocar a germinação de espécies nativas e preparando o local de germinação.
Com o apoio do Flights for Forests, os jovens poderão realizar oficinas in loco para compartilhar suas práticas de regeneração natural assistida com os jovens de outras aldeias de Pulangiyen ao longo da bacia hidrográfica do Alto Pulangi. A comunidade também poderá montar viveiros de árvores.
Indonésia
Comunidade a ser definida.
O que será exigido dos participantes
• Ao se inscrever no Flight for Forests, as Províncias, instituições e indivíduos serão convidados a fornecer o número de voos que tenham feito a cada seis meses.
• As contribuições deverão ser enviadas a cada seis meses (de preferência através do tesoureiro da Província) à conta dedicada que será gerida pelo ESSC.
• As datas provisórias para contribuições a serem encaminhadas são janeiro de 2012, julho de 2012 e janeiro de 2013.
Anexo 1
Amostra de cálculo da compensação de carbono para voos diretos anuais
Os cálculos reais variam de acordo com a distância percorrida, mas, para os efeitos desta proposta, usamos um cálculo geral, com base em uma distância média percorrida. Estimado aproximadamente, quatro árvores compensam uma tonelada de carbono. As árvores com as quais estamos começando são mudas que devem ser cuidadas para que amadureçam e absorvam o carbono. Isso leva décadas.
Essa abordagem não se limita a "pagar" pelos nossos problemas. Ela visa a promover o desenvolvimento social em valores, trabalhando com jovens em benefício das futuras gerações. Se começarmos a levar a sério os nossos atuais problemas ambientais, começaremos a abordar a sustentabilidade necessária e a cura do nosso mundo ferido.
As emissões de gases do efeito estufa desses voos produzem cerca de 24,14 toneladas de carbono, cuja compensação demandaria 94 árvores maduras [faça o mesmo cálculo para trechos brasileiros aqui].
Para mais informações, entre em contato com a Sra. Cherielee Domer, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Obrigado pelo seu cuidado com o meio ambiente!
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Projeto compensa o impacto ambiental das viagens aéreas dos jesuítas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU