16 Julho 2013
Uma breve visita a Castel Gandolfo na manhã desse domingo, outra em meados de agosto. Com exceção da viagem ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, até o fim de julho, o verão de Francisco será inteiramente de trabalho. Uma escolha alinhada com o clima generalizado de austeridade: muitos fiéis não sairão de férias, e nem mesmo o papa vai sair do seu quarto na residência Santa Marta. Ele prosseguirá os encontros e continuará projetando a radical reforma da Cúria Romana que, no início, virá à tona no conselho dos oito cardeais conselheiros.
A reportagem é de Giacomo Galeazzi, publicada no jornal La Stampa, 15-07-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
No entanto, na paróquia de São Tomás de Villanova, ainda esperam algumas "blitzes" fora do programa. "Nós o esperamos, sentimo-lo como um membro da família, um amigo que esperamos rever em breve", explica o pároco de Castel Gandolfo, padre Pietro Diletti.
Depois do encontro no dia de 23 de março com Bento XVI, no domingo passado a segunda visita de Francisco a Castel Gandolfo, a segunda pública, se transformou em um banho de multidão. Ele pregou e recebeu o abraço de 20 mil pessoas, depois almoçou com os jesuítas-cientistas da Specola Vaticana, o observatório astronômico da Santa Sé, e voltou imediatamente para Santa Marta.
O pontífice, que não vai passar as férias no "Castelo", mas permanecerá durante todo o verão no Vaticano, vai voltar a Castel Gandolfo no dia 15 de agosto para celebrar a festa da Assunção e celebrará a missa. Além disso, "como arcebispo de Buenos Aires ele não tirava férias", informam na Cúria.
A sua primeira Jornada Mundial da Juventude vai dizer muito sobre a relação com as gerações jovens, desafio e esperança do catolicismo na globalização e nas sociedades descristianizadas. As JMJs, invenção de Wojtyla, são mais semelhantes às agregações em grandes eventos promovidas na América Latina pelos grupos protestantes e pentecostais, do que àquela missão na vida cotidiana buscada com sucesso pelo prelado argentino agora sucessor de Pedro. Por isso, os dias no Brasil, de 22 a 28 de julho, anunciam-se como de grande interesse para interpretar as diretrizes do pontificado.
Nesse domingo, Francisco se referiu à JMJ durante o Ângelus na cidadezinha do Lazio, no Lago Albano, onde os papas saíam de férias. A poucos dias do grande evento agendado por Bento XVI, Bergoglio indicou alguns elementos da próxima JMJ, que levará à América Latina o primeiro papa latino-americano da história da Igreja, para a sua primeira viagem internacional.
A missão é um tema caro a Francisco, a ser proposto aos jovens de todo o mundo (esperam-se 2 milhões no Rio), enquanto Nossa Senhora de Aparecida, citada nesse domingo e venerada no segundo santuário mais frequentado da América Latina depois de Guadalupe, evoca a última assembleia geral do episcopado latino-americano, realizada lá em 2007, e cujo documento final traz a marca de Bergoglio: "Vamos encontrar as pessoas, sem ficar sentados na Cúria ou na casa paroquial esperando que as pessoas venham até nós".
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Francisco renuncia a Castel Gandolfo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU