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Como ordens religiosas envelhecidas podem olhar para o futuro com esperança. Entrevista com Franziska Mitterer e Rafael Rieger

Foto: Wikimedia Commons

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06 Novembro 2025

Como as comunidades religiosas devem lidar com o fato de que estão cada vez menores e seus membros cada vez mais velhos? Os canonistas e religiosos Franziska Mitterer e Rafael Rieger propõem uma mudança de perspectiva.

O número de religiosos diminui, sua idade aumenta: cerca de 82% das religiosas têm mais de 65 anos; entre os homens, o número é de 49%. Das 9.467 religiosas, mais da metade já não exerce atividades. Isso tem impactos profundos nas comunidades: muitas se veem diante do fim de sua história.

Como lidar com isso? No Dia do Direito Canônico das Ordens Religiosas, realizado em meados de outubro na Universidade Católica de Eichstätt-Ingolstadt, os canonistas e religiosos irmã Franziska Mitterer e padre Rafael Rieger defenderam um novo olhar: em vez de falar de comunidades envelhecidas ou moribundas, eles propõem chamá-las de “comunidades em plenitude”. Em entrevista ao portal katholisch.de, explicam o que isso significa na prática.

A entrevista é de Felix Neumann publicada por katolisch.de, 05-11-2025. 

Eis a entrevista. 

Vocês não falam de comunidades moribundas, mas de “comunidades em plenitude”. Por quê?

Irmã Franziska: Toda comunidade tem uma missão. E uma missão também pode chegar ao fim — pode se completar. Isso é muito diferente de falar em morte. Como cristãos, acreditamos que na morte começa uma nova vida, mas a palavra “morte” tem uma conotação negativa em nossa sociedade.

Pe. Rafael: O mesmo acontece com as ordens religiosas: elas nascem, vivem um tempo e caminham para a plenitude. São fundadas com um objetivo e motivação específicos. Há fases de auge, de grande fecundidade — mas também chega o momento em que a missão se cumpre.

Mesmo com essa visão, o fim de uma comunidade é algo existencial para seus membros, não?

Pe. Rafael: A expressão “comunidades em plenitude” não é um eufemismo. Não negamos a dimensão existencial desses processos, mas os colocamos sob a luz da esperança cristã. O fim de uma comunidade não torna sua história sem sentido. Pelo contrário, permite olhar com gratidão para o passado e esperança para o futuro.

Quando se pode dizer que uma comunidade chegou à plenitude? Há critérios objetivos?

Irmã Franziska: Para mosteiros contemplativos femininos, a instrução Cor orans estabelece critérios claros. Embora se aplique apenas a esses, podemos derivar princípios para outras comunidades: é preciso viver o carisma, garantir a liderança e a formação, manter a vida litúrgica e comunitária, e assegurar o sustento e a administração do convento.

Na Holanda, por exemplo, pede-se que as comunidades projetem sua situação doze anos à frente: ainda haverá membros capazes de liderar? Hoje uma irmã de 70 anos pode estar ativa, mas e daqui a doze anos? Para as ordens contemplativas, o mínimo são cinco membros, um deles com menos de 70 anos. Mas a idade não basta: é preciso disposição e capacidade para assumir responsabilidades.

Pe. Rafael: O ideal é a autonomia. Uma comunidade deve poder cuidar de si e de sua missão. No fim, precisamos nos perguntar: nossa comunidade ainda é realmente autônoma?

Como fazer as comunidades assumirem essa reflexão de modo coletivo?

Pe. Rafael: Essa é uma questão mais humana do que jurídica. Estabelecer critérios é fácil; aplicá-los a si mesmo é difícil. É um processo espiritual e psicológico. Assim como o envelhecimento pessoal exige aceitação, as comunidades também precisam reconhecer seus limites.

Irmã Franziska: Muitas comunidades evitam olhar o futuro de forma realista. Nossa intenção, com o encontro, foi incentivar a reflexão antecipada e criativa — sem medo de questões complexas. Os aspectos jurídicos e econômicos podem ser assessorados externamente, mas o discernimento precisa nascer de dentro.

Que opções existem?

Irmã Franziska: Pode-se pensar em fusões ou cooperação entre comunidades. Na Suíça, por exemplo, três comunidades beneditinas se uniram num único mosteiro, após perceberem que suas casas eram grandes demais. Foi um processo exigente, mas hoje vivem felizes juntas.

Pe. Rafael: O importante é não adiar as decisões, mas agir de forma proativa, sem esperar intervenção externa. A própria comunidade deve discernir se e com quem se unirá, como viverá, e o que fará com seus bens.

O direito da Igreja oferece instrumentos suficientes para isso?

Irmã Franziska: Sim, o CIC (Código de Direito Canônico) dá ampla liberdade. Ele define apenas diretrizes gerais, e cada comunidade pode elaborar suas constituições e estatutos de modo criativo e flexível.

Pe. Rafael: Percebo também que o Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada em Roma busca ouvir as comunidades e incentivar soluções próprias. Valoriza-se a criatividade e a autonomia, não um modelo único imposto de cima.

Diante da multiplicidade de ordens, não seria preciso uma reorganização mais ampla?

Pe. Rafael: É o velho dito: “nem Deus sabe quantas congregações franciscanas existem”. Isso se deve à história: as ordens nasceram de contextos locais e se desenvolveram organicamente. Leão XIII, no fim do século XIX, já unificou os vários ramos masculinos franciscanos em três. Apenas o Papa pode impor tal medida, mas o ideal é que o impulso venha de dentro, por cooperação entre comunidades afins.

Irmã Franziska: Há casos de intervenções externas, como o das Irmãs Vicentinas, obrigadas a fundir seus governos gerais — o que gerou protestos, pois culturas e estruturas diferem. Medidas impostas de fora sempre correm o risco de resistência.

E os casos recentes de ordens femininas sob intervenção de comissários homens?

Irmã Franziska: O exemplo das Cônegas Agostinianas de Goldenstein mostra a dificuldade: três irmãs idosas, acostumadas à liderança, agora supervisionadas por um homem designado. É compreensível o desconforto, mas também compreensível a preocupação do superior com seu bem-estar.

Pe. Rafael: Esses casos alimentam o estereótipo de que “homens oprimem mulheres na Igreja”, mas a realidade é mais complexa. Também há monges idosos que resistem a conselhos externos.

Ainda assim, não é problemático impor um superior homem a comunidades femininas?

Pe. Rafael: É preferível que as comunidades femininas sejam lideradas por mulheres. Modelos de dependência direta de mosteiros masculinos estão ultrapassados. As diretrizes holandesas preveem que, onde não houver superioras, outras religiosas assumam a liderança. Mas isso exige disponibilidade — algo nem sempre possível.

Que conselho dariam às comunidades que se aproximam da plenitude?

Irmã Franziska: É preciso quebrar o tabu. Quase todas as comunidades enfrentam um processo de “subjuvenescimento” — o oposto do envelhecimento. Nomear isso com realismo permite agir.

Pe. Rafael: O essencial é não fechar os olhos à realidade e, ao mesmo tempo, caminhar com esperança cristã. Deus está presente em todos esses processos de transformação.

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