Petrobras finaliza simulado de vazamento de petróleo na Foz do Amazonas

Imagem de satélite da Foz do Amazonas. (Foto: NASA | Divulgação)

Mais Lidos

  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Abin aponta Terceiro Comando Puro, facção com símbolos evangélicos, como terceira força do crime no país

    LER MAIS
  • A farsa democrática. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

29 Agosto 2025

Com fim da APO no bloco 59, IBAMA iniciará análise dos resultados; relatório sobre simulado não tem data para ser concluído.

A reportagem é publicada por Climainfo, 29-08-2025.

A Petrobras e o IBAMA concluíram na última 4ª feira (27/8) a Avaliação Pré-Operacional (APO) no bloco FZA-M-59, na Foz do Amazonas. O simulado de vazamento de óleo e atendimento à fauna é parte do licenciamento do poço para explorar combustíveis fósseis que a petrolífera quer perfurar na área – e pode ser a última etapa para a empresa obter autorização para a perfuração.

Em nota repercutida pela Folha, a Petrobras disse esperar “a manifestação do IBAMA sobre os próximos passos”. Segundo uma fonte ouvida pel'O Globo, o teste foi bem-sucedido e motivo de comemoração pela estatal. A avaliação é que a empresa está bem perto de perfurar o poço exploratório no bloco 59.

Com o fim da APO, o IBAMA informou que desmobilizará a equipe participante do simulado, e iniciará a análise dos resultados dos diversos postos de observação, detalha a eixos. Mas, ao contrário da Petrobras, a autarquia não falou em prazos e nem indicou se a licença sairá.

“Somente após a conclusão dessa análise, será elaborado um relatório técnico sobre a exequibilidade (ou não) do Plano de Emergência Individual (PEI) proposto pela empresa empreendedora. Não há prazo previsto para a conclusão dessa etapa”, explicou o IBAMA, também em nota.

Em abril de 2023, técnicos do órgão ambiental negaram o pedido de licença da Petrobras para o poço no bloco 59. A petrolífera recorreu, e em outras duas ocasiões a análise técnica do IBAMA manteve a recomendação negativa – houve até mesmo a sugestão de se encerrar o processo de licenciamento.

Mas a pressão política só aumentou. Além da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o IBAMA passou a ser questionado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e pelo líder do governo na casa, Randolfe Rodrigues (PT-AP). Sem falar no presidente Lula ter acusado o órgão de “lenga-lenga”. Rodrigo Agostinho, presidente do órgão, não acatou as recomendações técnicas e autorizou o simulado no bloco 59.

Resultado: a Petrobras talvez esteja perfurando um poço na Amazônia ao mesmo tempo em que quase 200 países do mundo estarão discutindo soluções para a crise climática na COP30, em Belém – entre elas, a essencial eliminação dos combustíveis fósseis. Isso pode deixar uma mancha de petróleo na primeira conferência do clima realizada na região amazônica.

Leia mais