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“Deus, Pátria, Família”: Brasil que se vê no espelho tende ao fascismo? Artigo de Vinícius Borges Gomes

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23 Agosto 2025

Pesquisa revelou opiniões dos brasileiros em diferentes temas e sugere uma forte aderência da população ao lema mais famoso da extrema-direita na contemporaneidade.

O artigo é de Vinícius Borges Gomes, enviado ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

Vinícius Borges Gomes é doutor e mestre em Comunicação, jornalista e professor universitário. É um dos autores do livro Influenciadores digitais católicos: efeitos e perspectivas, finalista do Prêmio Jabuti Acadêmico 2025.

Eis o artigo.

Uma pesquisa encomendada pela TV Globo ao Instituto Quaest revelou que a maioria dos brasileiros concorda que a família é uma das coisas mais importantes da vida. O mesmo vale para a percepção da centralidade de “Deus”, independentemente da religião. O orgulho de ser brasileiro também é alto (64%), muito embora a percepção sobre a própria nação esbarre em visões mais conservadoras. Deus, Pátria e Família – o mantra da extrema-direita brasileira nos últimos anos – é, portanto, um retrato daquilo que permeia o imaginário do brasileiro comum.

Os resultados, ainda que enviesados por afirmações mostradas aos entrevistados a partir de um recorte intencional que sempre será limitado, revelam que alguns valores que atravessam o pensamento majoritário dos brasileiros compõem um tecido ideológico bastante repetido e apropriado por determinados grupos nos últimos anos. Jair Bolsonaro (PL) reciclou o lema “Deus, Pátria, Família” do Integralismo brasileiro da década de 1930. O movimento, conhecido como fascismo brasileiro, utilizava a expressão como bandeira de reconhecimento e construção identitária.

A afirmação “Deus está no comando da sua vida” tem a concordância de 96% dos respondentes do questionário da Quaest. O mesmo número corresponde à afirmação “Você tem fé em Deus e, por isso, acredita que tudo vai dar certo”. Importante destacar que, em dados recentes do IBGE, o número de pessoas “sem religião” chegou a 9,3% da população. O censo não especifica o número de ateus, englobando-os junto de agnósticos e pessoas em transição religiosa. É possível perceber, no entanto, que há uma concordância quase unânime sobre a importância simbólica de Deus, ainda que isso esteja para além da pertença religiosa ou possa ser compreendido de forma multifacetada.

Enquanto Deus ocupa lugar de centralidade na memória dos brasileiros, a família aparece como ponto de confiança, segurança e base social. Ela só perde para “saúde e bem-estar” (28%) quando a pergunta é “O que é mais importante para você?”, alcançando 27%. Contudo, 96% concordam com a frase “Família é a coisa mais importante da vida”. Outros 91% concordam que “Um dos principais objetivos na vida deve ser dar orgulho aos pais” e 89% que “As decisões que você toma são pensadas, antes de tudo, na sua família”.

Embora o Brasil seja marcado por uma série de pensamentos conservadores, os dados mostram que 90% dos entrevistados concordam que “O que define se é família ou não é o amor, não importa qual seja o modelo familiar”. Embora o estudo não pergunte diretamente qual a opinião dos respondentes, como qual seria a visão deles diante de famílias homoafetivas – sempre alvo de líderes e políticos conservadores –, é possível inferir que a diversidade da composição dos lares brasileiros (21% deles com pais ausentes) reforça a prevalência da realidade diante da idealização manca.

Quando instados a responder quais as vantagens de morar no Brasil, os entrevistados elegeram “paz/sem guerras/tranquilidade” como principais dádivas nacionais (15%). Salta aos olhos, contudo, que 26% tenham preferido não responder ou não sabiam o que dizer, ainda que a pergunta fosse aberta. Outros 5% disseram não ver nenhuma vantagem. O patriotismo, neste caso, não se expressa num conhecimento imediato de valores que tragam orgulho em ser brasileiro. No dia a dia, ele é verbalizado de forma até estridente. Mas de que patriotismo se fala nos palanques e púlpitos?

A mesma pergunta vale para “Deus” e “Família”, os outros componentes da tríade reciclada e vitaminada da extrema-direita brasileira. O Deus dos brasileiros pode transitar desde o modelo misericordioso e acolhedor de movimentos humanistas cristãos até o punitivista de conservadores fundamentados no Antigo Testamento. Pode ser um Deus de prática cultural enraizada, presente no cotidiano simples dos afetos, ou simbolizar uma fidelidade religiosa devotiva e dedicada. A família pode representar um porto firme em uma sociedade cansada e ameaçada pela insegurança, ou pode ser uma visão ideológica da mesma como alicerce da ordem social, negando qualquer outra possibilidade coletivista mais ampla que contraponha a lógica econômica atomizada do capital.

É certo, contudo, que os significantes elaborados pelos discursos da extrema-direita têm, em alguma medida, grande penetração no imaginário popular. Como criticar o uso instrumentalizado de “Deus” sem correr o risco de parecer intolerante? Como explicar que a ideia patriarcal de “família” pode parecer excludente sem ferir o afeto que a grande maioria sente por aquele que talvez seja um dos últimos refúgios de um mundo fragmentado? Como relacionar a ideia de “Pátria” a um nacionalismo vazio sem incorrer em uma quase enfadonha tarefa de explicar a complexidade de um país como o Brasil?

O caminho curto da tríade basilar, fundamentada em petrificada memória discursiva, é mais simples e de forte apelo. Não significa, contudo, reduzir o povo brasileiro ao arquitetado projeto integralista que segue mais vivo que nunca, embora com outro nome. É certo que o Brasil que se vê no espelho enxerga nuances estranhas, imagens embaçadas e tristes realidades. Recrudesce um sentimento fascistoide que se esmera em integrar outras formulações lexicais perigosas. Uma delas ganhou forma a partir de seu vocalizador mais famoso: “Deus acima de tudo, Brasil acima de todos”.

Lema eleitoral de Bolsonaro, o advérbio “acima”, contido na frase com marcada intensidade hierárquica, pressupõe que há um modelo de Deus e de Pátria que se sobrepõe. É totalitário. Ignora qualquer horizontalidade. A frase traça um paralelo entre o discurso fascista histórico e a utilização de discursos religiosos contemporâneos, que compartilham uma estrutura autoritária e dogmática, impondo uma ordem unilateral.

Desconstruir esses apelos é tarefa árdua para qualquer grupo, liderança ou cidadão que se enquadre em uma veia democrática. É tarefa urgente, inclusive, dos líderes religiosos que entendem Deus sob outro ponto de vista. O que parece unir os brasileiros, como sugere a pesquisa, esconde recortes que fazem o país muito mais diverso do que se pensa. Há uma disputa de sentido em jogo. Por enquanto, a extrema-direita conquista-a de forma mais sagaz e entranhada. No front de sua linha de ataque estão palavras sacralizadas e unânimes no imaginário brasileiro – incluindo aqueles que discordam do discurso autoritário.

Dizer que o Brasil é fascista seria exagero. Não é nenhuma insanidade dizer, entretanto, que há um forte sentimento fascistoide presente em boa parte da sociedade. Entender as duas afirmações é fundamental para abrir frentes de diálogo e compreender a complexidade de um país que, potencializado pela algoritmização, passou a abraçar paixões de ideários vazios em detrimento da realidade tácita.

O Brasil que se vê no espelho enxerga muitos brasis. Poucos conhecem todas as suas nuanças.

Leia mais

  • Como “Deus, Pátria e Família” entrou na política do Brasil
  • “Deus, Pátria, Família!” Esse slogan é uma blasfêmia
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  • A salvação da pátria amada: religião e extrema direita no Brasil. Artigo de Eliseu Wisniewski
  • O fascismo integralista brasileiro, a filosofia e a anta messiânica. Artigo de William Costa Filho
  • “Há uma nova direita global que está voando muito perto do fascismo”. Entrevista com Federico Finchelstein
  • Psicologia do fascismo brasileiro
  • “A direita tradicional está morrendo e pode ser substituída pelo fascismo.” Entrevista com Sabrina Fernandes
  • Cristoneofascismo, teísmo político e o Deus sacrificial de Bolsonaro
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  • “A extrema-direita reivindica o realismo da ‘crueldade’ do mundo”. Entrevista especial com Moysés Pinto Neto

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